Economia & Finanças
Ministério da Economia avalia política do seguro defeso
Publicado
06/08/2019 - 12:06Em análise, Secap destaca distorções e propõe medidas de reformulação que garantam maior efetividade à política
Falta de produção de dados sobre pesca há mais de dez anos, fiscalização da atividade sem articulação entre União e estados, períodos de proibição de pesca sem revisão e indícios de pagamento do benefício a indivíduos não elegíveis. O quadro faz parte dos resultados encontrados pela avaliação executiva sobre o Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA), o seguro defeso, produzido e divulgado nesta terça-feira (6/8) pela Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia (Secap/ME), por meio do Caderno de avaliação de gastos diretos: avaliação executiva do seguro defeso.
O documento é a primeira avaliação executiva de políticas públicas financiadas por gastos diretos, que servirá como proposta de formato para as futuras avaliações do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP). A íntegra do Caderno de Avaliação é apresentada no Relatório de Avaliação do Gasto Direto do Seguro Defeso.
O que é o seguro defeso
O benefício do Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal consiste no pagamento de um salário mínimo por mês durante o período de proibição da atividade de pesca – o chamado período de defeso – quando o pescador precisa interromper a atividade pesqueira. Ele é pago para aqueles que exercem profissionalmente a atividade na condição de pescador artesanal de maneira contínua, individualmente ou em regime de economia familiar, e foi criado como instrumento de proteção ambiental e de garantia da sustentabilidade econômica do pescador artesanal.
Distorções
Na análise, a Secap destaca as fragilidades e distorções da política, entre as quais o fato de que, desde 2008, não se coletarem dados sobre pesca no Brasil. Além disso, evidencia o forte crescimento dos beneficiários no período de 1998 a 2018 – em torno de 16% ao ano – o que fez com que despesa da política saltasse de R$ 13 milhões para R$ 2,54 bilhões no período, um aumento de 29% por ano em média. Para a secretaria, os números são resultado da flexibilização dos requisitos de elegibilidade ao benefício, considerados pela avaliação como de fácil acesso e de difícil verificação.
Como exemplo, a avaliação aponta para a forte discrepância entre os inscritos no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) na condição de pescador artesanal, os pescadores artesanais identificados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad e Pnad Contínua) do IBGE e os beneficiários do seguro defeso. Em 2018, por exemplo, o número de beneficiários do seguro defeso foi mais do que o dobro dos pescadores artesanais identificados pelo IBGE no país.
Além disso, segundo dados da Controladoria-Geral da União (CGU), mais da metade dos beneficiários fiscalizados não obtêm renda exclusivamente da pesca, um dos requisitos para recebimento do benefício.
Medidas propostas
A publicação propõe medidas de reformulação e aprimoramento, de modo a garantir maior efetividade à política e o alcance efetivo do público para o qual foi criada. Dentre elas estão: o redesenho do Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA), por meio da recomendação da mudança da natureza jurídica do benefício, de trabalhista para transferência direta de renda – condicionando o recebimento do benefício a determinado limite de renda familiar per capita e à realização de serviço ambiental. Além disso, propõe a retomada das estatísticas de pesca no país e a alteração dos sistemas de informação, de modo a aprimorar a confiabilidade dos dados e possibilitar a integração entre fiscalização federal e dos estados.
É o que destaca o secretário de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, Alexandre Manoel. “Com a divulgação desse relatório, estamos dando mais um passo rumo à institucionalização da avaliação de políticas públicas no Governo Federal. Esperamos que seu formato inspire futuras avaliações que serão analisadas pelo CMAP”.
Já no plano da governança, o estudo propõe a criação do Comitê Gestor do SDPA para acompanhamento e implementação da política como um todo, propondo mudanças de desenho, execução e de aperfeiçoamento da política, bem como a centralização das ações de monitoramento e combate a fraudes.
Caderno de avaliação de gastos diretos: avaliação executiva do seguro defeso
Primeiro caderno de avaliação de políticas públicas financiadas por gastos diretos, sem periodicidade definida. Traz proposta de formato para as futuras avaliações executivas a serem apresentadas ao recentemente instituído no Comitê de Monitoramento e Avaliação do Gasto Direto (CMAG), no âmbito do Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP).
Relatório de avaliação de gastos diretos: avaliação executiva do seguro defeso
Relatório traz avaliação de políticas públicas financiadas por gastos diretos. Nesta primeira edição, é analisado o benefício Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA), o como seguro defeso.

Economia & Finanças
Estados e municípios poderão pegar mais R$ 20 bilhões em empréstimos
Publicado
26/02/2021 - 14:52Limite de crédito foi autorizado pelo Conselho Monetário Nacional
Estados e municípios poderão contrair R$ 20 bilhões em empréstimos no sistema financeiro. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje (26) o limite de crédito dos governos locais para 2021. O limite é o mesmo que vigorou no ano passado.
Por Wellton Máximo – O teto das operações com garantia da União, quando o Tesouro Nacional cobre eventuais inadimplências, corresponderá a R$ 9 bilhões, o mesmo valor em vigor no ano passado. O limite das operações sem garantia do governo federal foi mantido em R$ 11 bilhões.
A União tem um limite de contratação de crédito de R$ 500 milhões, valor R$ 100 milhões maior que o de 2020. Dessa forma, o teto total de operações de crédito pelos três níveis de governo – federal, estadual e municipal – subiu de R$ 20,4 bilhões em 2020 para R$ 20,5 bilhões em 2021.
A medida não tem impacto fiscal para a União, porque os limites valem para os entes públicos locais. Todo ano, o CMN fixa valores máximos que a União, os estados e os municípios podem pegar emprestado no sistema financeiro. A utilização desse limite poderá ser acompanhada pelas instituições que integram o sistema financeiro e pela sociedade, por meio do site do Banco Central.
Edição: Maria Claudia
Economia & Finanças
IBGE: Taxa de desocupação é de 13,9% e taxa de subutilização é de 28,7% no trimestre encerrado em dezembro
Publicado
26/02/2021 - 08:48A taxa de desocupação (13,9%) no trimestre de outubro a dezembro de 2020 caiu 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre de julho a setembro de 2020 (14,6%) e cresceu 3,0 pontos percentuais frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2019 (11,0%). Já a taxa média anual aumentou de 11,9%, em 2019, para 13,5%, em 2020, a maior da série iniciada em 2012.
Indicador / Período | Out-nov-dez 2020 |
Jul-ago-set 2020 |
Out-nov-dez 2019 |
MÉDIA 2020 |
---|---|---|---|---|
Taxa de desocupação | 13,9% | 14,6% | 11,0% | 13,5% |
Taxa de subutilização | 28,7% | 30,3% | 23,0% | 28,1% |
Rendimento real habitual | R$2.507 | R$2.616 | R$2.440 | R$2.543 |
A população desocupada (13,9 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre móvel anterior (14,1 milhões de pessoas) e cresceu 19,7% (2,3 milhões de pessoas a mais) em relação ao mesmo trimestre de 2019 (11,6 milhões). A média anual de desocupados ficou em 13,4 milhões, a maior da série anual, e aumentou 6,7% (mais 840 mil pessoas) em relação a 2019.
A população ocupada (86,2 milhões) aumentou 4,5% (mais 3,7 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior e caiu 8,9% (menos 8,4 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019. Na média anual, a população ocupada chegou a 86,1 milhões, o menor contingente da série anual, e ficou 7,9% abaixo (menos 7,3 milhões de pessoas) da média de 2019.
No trimestre de outubro a dezembro de 2020, havia 32 milhões de pessoas subutilizadas no Brasil. Esse contingente recuou 3,5% (menos 1,1 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior. Já em relação ao mesmo trimestre de 2019, houve aumento de 22,5% nesse contingente (ou mais 5,9 milhões de pessoas subutilizadas). Na média anual, esse contingente chegou a 31,2 milhões, o maior da série anual, com alta de 13,1% (ou mais 3,6 milhões de pessoas subutilizadas) em relação a 2019.
A taxa composta de subutilização (28,7%) caiu 1,6 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (30,3%) e aumentou 5,8 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2019 (23,0%). A taxa média de subutilização ficou em 28,1%, a maior da série anual, com crescimento de 3,9 p.p. em relação à de 2019 (24,2%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 29,9 milhões de pessoas, cresceu 1,8% (mais de 519 mil pessoas) frente ao trimestre anterior. Já no confronto com o trimestre de outubro a dezembro de 2019, o contingente caiu 11,2% (menos 3,8 milhões de pessoas). A média anual ficou em 30,6 milhões de pessoas, menor contingente da série anual, e recuou 7,8% (menos 2,6 milhões) em relação a 2019.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (10,0 milhões de pessoas) subiu 10,8% (mais 973 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e recuou 15,8% (menos 1,9 milhão) ante o mesmo trimestre de 2019. A média anual foi de 9,7 milhões de pessoas, menor contingente da série anual, e caiu 16,5% (menos 1,9 milhão) em relação a 2019.
O número de trabalhadores por conta própria (23,3 milhões de pessoas) subiu 6,8% (mais 1,5 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior. Já em relação ao mesmo período de 2019, houve uma redução de 5,2% (menos 1,3 milhão de pessoas). A média anual chegou a 22,7 milhões e caiu 6,2% (menos 1,5 milhão de pessoas) em relação a 2019.
A taxa de informalidade chegou a 39,5% da população ocupada (ou 34,0 milhões de trabalhadores informais). No trimestre anterior, a taxa foi 38,4% e, no mesmo trimestre de 2019, 41,0%. A taxa média de informalidade passou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020.
O rendimento médio real habitual (R$ 2.507) no trimestre terminado em dezembro caiu 4,2% frente ao trimestre anterior e cresceu 2,8% em relação ao mesmo trimestre de 2019. A média anual ficou em R$ 2.543, com crescimento de 4,7% em relação a 2019.
A massa de rendimento real habitual (R$ 210,7 bilhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 6,5% (menos R$ 14,8 bilhões) contra o mesmo trimestre de 2019. A média anual (R$ 213,4 bilhões) caiu 3,6% em relação a 2019.
Taxa de desocupação – Brasil – 2012-2020 (%)
O número de empregadores (3,9 milhões de pessoas) ficou estável em comparação ao trimestre móvel anterior. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, houve redução de 11,7% (menos 521 mil pessoas). A média anual (4,0 milhões) recuou 8,5% frente a 2019.
O número de trabalhadores domésticos (4,9 milhões) aumentou 6,3% no confronto com o trimestre móvel anterior e caiu 22,9% frente ao mesmo período do ano anterior (menos 1,5 milhão de pessoas). A média anual (5,1 milhões) caiu 19,2% em relação a 2019, sendo a maior retração dessa população na série histórica.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 48,9% no trimestre de outubro a dezembro de 2019, com alta de 1,8 ponto percentual frente ao trimestre de julho a setembro de 2020 (47,1%). Em relação a igual trimestre de 2019, houve queda de 6,2 pontos percentuais. Nas médias anuais, o nível da ocupação chegou a 49,4% em 2020, abaixo de 2019 (54,6%) e de 2014 (56,9%), sendo o menor da série anual.
O contingente na força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de outubro a dezembro de 2020, foi estimado em 100,1 milhões de pessoas e aumentou 3,7% (mais 3,5 milhões de pessoas) comparado ao trimestre de julho a setembro de 2020. Frente ao mesmo trimestre de 2019, houve queda de 5,7% (menos 6,1 milhões). Na média anual, o contingente foi estimado em 99,5 milhões, com queda de 6,1% (menos 6,5 milhões de pessoas) em relação a 2019.
O contingente fora da força de trabalho (76,3 milhões de pessoas) caiu 2,9% (menos 2,3 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior. Frente ao mesmo trimestre de 2019, houve expansão de 16,5% (mais 10,8 milhões de pessoas). Na média anual, esse contingente chegou a 75,0 milhões, com alta de 15,2% em relação a 2019.
A força de trabalho potencial, no trimestre de outubro a dezembro de 2020, foi estimada em 11,3 milhões de pessoas. Houve queda de 12,1% (menos 1,6 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e expansão de 46,3% (mais 3,6 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2019. Na média anual, esse contingente chegou a 11,5 milhões, com alta de 43,5% em relação a 2019.
O contingente de pessoas desalentadas foi estimado em 5,8 milhões no trimestre de outubro a dezembro de 2020. Houve estabilidade na comparação com o trimestre móvel anterior. Já em relação ao mesmo trimestre de 2019, houve expansão de 25,3%. À época, havia no Brasil 4,6 milhões de pessoas desalentadas. Na média anual, esse contingente chegou a 5,5 milhões e cresceu 16,1% em relação a 2019.
O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada foi de 5,5% no trimestre móvel terminado em dezembro e variou -0,3 ponto percentual em relação ao trimestre móvel anterior (5,7%). Na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (4,2%), houve aumento de 1,3 ponto percentual. Na média anual, esse percentual foi de 5,3%, variando 1,0 ponto percentual em relação a 2019.
Rendimento médio mensal real, habitualmente recebido no mês de referência,
de todos os trabalhos das pessoas ocupadas – Brasil – 2012/2020 – (R$)
A análise do rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo os grupamentos de atividade, do trimestre móvel de outubro a dezembro de 2020 em relação ao trimestre móvel anterior, mostrou que não houve crescimento em qualquer categoria. Houve redução nos seguintes grupamentos: Indústria geral (6,4%, ou menos R$ 173), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,5%, ou menos R$ 113) e Serviços domésticos (4,3%, ou menos R$ 40). Também não houve crescimento na comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2019, havendo redução nos seguintes grupamentos: Transporte, armazenagem e correio (7,5%, ou menos R$ 175) e Serviços domésticos (4,9%, ou menos R$ 46).
A análise do rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal, segundo a posição na ocupação, do trimestre móvel de outubro a dezembro de 2020, em relação ao trimestre móvel anterior, mostrou que também não houve crescimento em qualquer categoria. Houve redução nas seguintes categorias: Empregado sem carteira de trabalho assinada (7,0%, ou menos R$ 120), Trabalhador doméstico (4,3%, ou menos R$ 40) e Empregador (10,9%, ou menos R$ 754). A comparação com o trimestre de outubro a dezembro de 2019 indicou que não houve crescimento em qualquer categoria.
Grupamentos de atividade – trimestre out-nov-dezembro de 2020
A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade, em relação ao trimestre de julho a setembro de 2020, mostrou aumento nos grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,4%, ou mais 280 mil pessoas), Indústria Geral (3,1%, ou mais 333 mil pessoas), Construção (5,2%, ou mais 296 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (5,2%, ou mais 792 mil pessoas), Alojamento e alimentação (6,5%, ou mais 249 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,8%, ou mais 573 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,9%, ou mais 468 mil pessoas), Outros serviços (5,9%, ou mais 234 mil pessoas) e Serviços domésticos (6,7%, ou mais 314 mil pessoas). Apenas o grupamento Transporte, armazenagem e correio apresentou estabilidade estatística.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2019, não houve crescimento em qualquer grupamento. Houve redução nos seguintes grupamentos: Indústria Geral (10,3%, ou menos 1,3 milhão de pessoas), Construção (11,8%, ou menos 803 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (10,9%, ou menos 2,0 milhões de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (12,8%, ou menos 627 mil pessoas), Alojamento e alimentação (27,7%, ou menos 1,6 milhão de pessoas), Outros serviços (18,5%, ou menos 955 mil pessoas) e Serviços domésticos (22,3%, ou menos 1,4 milhão de pessoas).
Grupamentos de atividade – média 2020
No cenário de perdas generalizadas na ocupação em 2020, a Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi a atividade com menor percentual (2,5%) de redução da população ocupada e passou a registrar 8,3 milhões de trabalhadores. Esse contingente é o menor de toda série dessa atividade, porém vale ressaltar que a perda de ocupação precede a crise de 2020, na medida em que esse grupamento registra retração desde 2012. No primeiro ano da série, essa atividade contava com 10,3 milhões de pessoas.
O grupamento formado pelas atividades da Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, também teve uma das menores perdas em 2020, de 2,6%, e com isso, o contingente ficou em 10,3 milhões de trabalhadores. O ano de 2020 interrompeu a sequência de três anos de crescimento da ocupação.
Embora tenha registrado uma melhora no segundo semestre do ano, a Construção fechou 2020 com perda de 12,5% e a população ocupada nessa atividade baixou para 5,9 milhões de pessoas. A perda de trabalhadores na construção vem ocorrendo desde 2014, quando havia 7,8 milhões de trabalhadores. Frente a 2012, a atividade acumula perda de 21,3%, a maior em oito anos de série da Pesquisa.
A Indústria geral no Brasil registrou no ano de 2020 cerca de 11,0 milhões de trabalhadores, correspondendo a perda de 8,0% (menos 952 mil pessoas) em relação a 2019. Essa retração contribuiu para aprofundar as perdas que já vinham ocorrendo em anos anteriores, sendo em 2016 a principal queda (10,1%) dessa atividade. Dessa forma, de 2014 para 2020, a indústria geral teve perda de 2,2 milhões de trabalhadores.
Mesmo com expressivo crescimento sazonal no último trimestre de 2020, o Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas acumulou perda de 9,6% nesse ano e sua população ocupada foi estimada em 16,0 milhões de pessoas. Em relação a 2019, a retração foi de 1,7 milhão de pessoas, o que fez com que essa atividade tivesse a maior redução anual em termos de contingente de trabalhadores em 2020.
A exemplo do comércio, as atividades dos serviços foram as mais afetadas durante a pandemia da Covid-19 no ano de 2020. Dentre os grupamentos dos serviços, destacou-se o de Alojamento e alimentação, que teve a maior queda (estimada em 21,3% no confronto com 2019 ou 1,2 milhão de pessoas a menos) e passou a ter 4,3 milhões de pessoas. Antes da pandemia essa atividade tinha crescimento médio anual de 5,3% e respondia por parte importante da ocupação entre os trabalhadores informais no segmento de serviços de alimentação. Mesmo com a queda recorde em 2020, o crescimento nos anos anteriores permitiu que a ocupação nessa atividade mantivesse saldo positivo (13,0%) frente a 2012.
Dentre as atividades de serviços, os Serviços domésticos tiveram a segunda maior queda (19,0%) em 2020, perdendo apenas para o grupamento de Alojamento e alimentação. A atividade passou a contar com 5,1 milhões de trabalhadores em 2020, o que representa redução de 1,2 milhão de pessoas em relação a 2019.
O grupamento do Transporte, armazenagem e correio, em 2020, contava com de 4,4 milhões de trabalhadores, representando queda de 9,4% em relação a 2019. Frente a 2012, essa atividade ainda mantém saldo positivo de 7,3% na comparação com 2012. Este grupamento tem apresentado elevação em seu contingente nos últimos anos, devido, principalmente, à expansão do transporte terrestre de passageiros.
Nos Outros serviços estavam inseridos, em 2020, cerca de 4,3 milhões de trabalhadores, contingente 13,8% inferior ao de 2019 (5,0 milhões de pessoas). Essa atividade não registrava queda desde 2016, o que permitiu saldo positivo (12,8%) na comparação com o início da série (2012).
Na Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais, havia 16,5 milhões de trabalhadores em 2020, apontando crescimento de 1% (mais 172 mil pessoas) em relação a 2019. A leve expansão em 2020 foi impulsionada pelos segmentos de educação e saúde. Frente a 2012, a atividade acumula crescimento de 14,4%.

Diagnóstico precoce de doenças raras pode evitar progressão e sequelas, alerta especialista do MT Saúde

“Investimentos em tecnologia e equipamentos melhoram atuação e garantem credibilidade à Polícia Civil”, afirma diretor-geral

Kalil propõe força tarefa e vai adotar medidas mais restritivas e seletivas

Sábado (27): Mato Grosso registra 250.526 casos e 5.786 óbitos

Pinheiro encaminha Projeto de Lei para endurecer a fiscalização e aguarda Justiça para definir toque de recolher
Segurança


Novo comandante do 7º Batalhão da PM em Rosário Oeste assume nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira (25.02), as 16h, o tenente-coronel Rodrigo Eduardo Costa, de 45 anos, assume o comando do 7º Batalhão de...


Reeducandos de Mato Grosso fazem prova do Enem
Em todo o estado, 1.665 reeducandos farão a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso a...


Homem é preso por ameaçar desafeto com revólver na porta de delegacia em Alto Garças
Policiais do 1º Pelotão de Alto Garças (a 357 km de Cuiabá) prenderam na madrugada desta quarta-feira (24.02), um homem...
MT


Diagnóstico precoce de doenças raras pode evitar progressão e sequelas, alerta especialista do MT Saúde
Identificar precocemente uma doença rara pode fazer diferença na qualidade e no tempo de vida de muitos pacientes. A pediatra...


“Investimentos em tecnologia e equipamentos melhoram atuação e garantem credibilidade à Polícia Civil”, afirma diretor-geral
A Polícia Judiciária Civil tem investido em tecnologia de ponta, reforma de unidades e criação de delegacias especializadas, ações realizadas...


Sábado (27): Mato Grosso registra 250.526 casos e 5.786 óbitos
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde deste sábado (27.02), 250.526 casos confirmados da Covid-19 em...
Brasil


Tecnologia 5G estará disponível em todas as capitais até julho de 2022
Aprovado pela Anatel, edital para o leilão será analisado pelo TCU A tecnologia do 5G estará disponível em todas capitais...


Bolsonaro: auxílio deve voltar em março, com parcelas de R$ 250
Benefício, segundo o presidente, deve ser pago por quatro meses O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (25), durante sua live semanal...


Câmara dos Deputados aprova admissibilidade de PEC sobre imunidade parlamentar
Votação do mérito da proposta vai ocorrer em sessão marcada para esta quinta-feira, às 15 horas A Câmara dos Deputados...
Economia & Finanças
Mais Lidas da Semana
-
MT28/02/2021 - 09:19
Diagnóstico precoce de doenças raras pode evitar progressão e sequelas, alerta especialista do MT Saúde
-
MT28/02/2021 - 09:19
“Investimentos em tecnologia e equipamentos melhoram atuação e garantem credibilidade à Polícia Civil”, afirma diretor-geral
-
Várzea Grande27/02/2021 - 18:15
Kalil propõe força tarefa e vai adotar medidas mais restritivas e seletivas
-
MT27/02/2021 - 16:45
Sábado (27): Mato Grosso registra 250.526 casos e 5.786 óbitos
-
Cuiabá27/02/2021 - 15:46
Pinheiro encaminha Projeto de Lei para endurecer a fiscalização e aguarda Justiça para definir toque de recolher
-
CIDADES27/02/2021 - 15:21
Presidente da AMM participará da reunião com os poderes para discutir a situação dos municípios
-
MT27/02/2021 - 15:21
Curta “Grãos” convida população para participar de produção que conta a históia da soja em MT
-
MT27/02/2021 - 15:21
Ação integrada leva informações e amparo a mulheres que tiveram medidas protetivas descumpridas