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ARTIGOS & OPINIÕES

A comunicação e a fisiognomia: da técnica à alma

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Por *Sonia Mazetto*

Sim, eu conheço a comunicação do ponto de vista técnico: linguagem verbal, não verbal, factual, não factual. Estudei os conceitos clássicos, as teorias, os elementos que a vasta literatura apresenta sobre o tema. No entanto, algo mudou em mim a partir do momento em que passei a estudar a fisiognomia com mais profundidade, com o apoio da mentoria da fisiognomista Fátima Vieira, uma das maiores estudiosas do tema no país.

A fisiognomia, prática milenar que estuda os traços do rosto, cabelo, expressões, revelou-se inseparável da comunicação. A forma como alguém se apresenta fisicamente também comunica, e muito. Revela aquilo que a pessoa comunica da forma mais profunda, vai além da fala. É a linguagem da alma. E a alma, por sua natureza, não julga. É uma linguagem neutra, que nos convida a observar o outro com empatia, buscando entender como podemos contribuir com seu desenvolvimento.

A partir dessa compreensão, ficou claro que minha abordagem de comunicação não poderia mais se limitar à oratória. A oratória ainda é parte, mas não o todo. O que proponho agora é algo mais completo, algo que eu tenho chamado de “comunicação 3D” — uma comunicação para a vida, e não apenas para momentos pontuais.

Em uma palestra destinada a corretores, por exemplo, o foco foi a comunicação efetiva no ambiente profissional. Mas o que os participantes levaram, além das técnicas, foi a reflexão: “Quem sou eu como comunicador na minha vida cotidiana?”. Porque não se trata apenas de falar muito ou pouco, mas da postura diante da vida. O que eu comunico para o mundo? E para as pessoas ao meu redor?

Essa comunicação é ampla e se dá em diferentes dimensões. Ela se expressa de forma horizontal, entre nossos pares, com quem convivemos no mesmo nível. Mas também se manifesta de forma vertical: com os que estão acima de nós em hierarquia (os uplines), e com os que estão abaixo (os downlines). Entender isso muda tudo! Porque a comunicação com os uplines deve nos posicionar como pessoas capazes de estar no mesmo patamar. E com os downlines, nossa comunicação deve inspirar e impulsionar o crescimento dos outros.

Por isso digo: a comunicação vai muito além de “falar bem”. É sobre ler o ambiente, prever possibilidades, e se preparar. Porque quando a gente se comunica bem com a gente mesmo, quando há um diálogo interno efetivo, não somos pegos de surpresa. Temos clareza emocional, estratégica e comportamental.

Como dizia Freud, o inconsciente de um ser se comunica com o inconsciente de outro, sem passar pelo consciente. Ou seja, mesmo que não percebamos, estamos em constante comunicação e o que sentimos no encontro com o outro, muitas vezes, vem dessa troca invisível, profunda, silenciosa. Quando alguém sente constrangimento ou desconforto, por exemplo, isso pode ter vindo daquilo que o inconsciente do outro estava nutrindo e nosso próprio inconsciente captou.

Por isso, uma comunicação integral, de 360 graus, que envolve o profissional, o pessoal, o íntimo e o coletivo, nos torna pessoas mais preparadas para a vida. O nosso mapa neural cria os cenários e estratégias e nos mostra caminhos e possibilidades. Estar preparado para o inesperado não é pessimismo, é inteligência emocional. Quem se prepara para uma guerra difícil e encontra um cenário mais leve, sai fortalecido. Enquanto, quem acredita que tudo será fácil e se depara com desafios, pode perder o equilíbrio.

Essa nova proposta de comunicação é integral: conecta o mundo interior com o exterior, o pessoal com o profissional. Vai além da oratória! É uma comunicação com consciência, com alma e propósito.

 

*Sonia Mazetto – Gestora de Potencial Humano, Terapeuta Integrativa, Fonoaudióloga e Palestrante

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O caminho até a cidadania portuguesa: uma jornada pela descendência sefardita

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Processo exige documentação extensa e apoio jurídico especializado

Fortes Máximo, 69 anos, vive no estado do Rio de Janeiro e sempre soube de suas raízes familiares, mas não imaginava que sua ancestralidade o levaria a buscar a nacionalidade portuguesa. Seu antepassado do século XV serviu à coroa espanhola em um período marcado pela Inquisição, que resultou na expulsão de judeus sefarditas da Península Ibérica.

Desde 2015, Portugal permite que descendentes de judeus sefarditas solicitem a nacionalidade portuguesa, reconhecendo a herança histórica dessas comunidades. No entanto, o processo é complexo e exige comprovação documental detalhada da linhagem familiar. Máximo iniciou sua jornada com o auxílio de um genealogista, mas enfrentou dificuldades quando a Comunidade Israelita de Lisboa, responsável por certificar a ascendência sefardita, não aceitou a documentação apresentada. Sem essa certificação, o pedido de nacionalidade não poderia prosseguir.

Diante deste obstáculo, ele decidiu aprofundar seus próprios estudos genealógicos, consultando arquivos históricos e corrigindo inconsistências em registros antigos. Após reunir as evidências necessárias, ainda enfrentava um desafio: o tempo. Com problemas de saúde, precisava que seu pedido fosse analisado com urgência. Foi então que procurou a assessoria jurídica da Martins Castro, especializada em processos de nacionalidade portuguesa. “Se tivesse desde o início uma assessoria jurídica que entende a complexidade, sabe quais passos são necessários para que o processo todo seja bem sucedido e agilizado, talvez já estivesse com a minha nacionalidade concluída”, afirma Máximo.

A equipe jurídica, liderada por Isabel Comte, jurista que atuou por 16 anos como conservadora dos registros na Conservatória dos Registos Centrais de Lisboa, entrou com um pedido especial para acelerar o trâmite. A experiência no setor fez diferença: o caso de Máximo avançou. Hoje, ele aguarda os últimos passos para concluir sua nacionalidade.

Nos últimos anos, o processo de nacionalidade portuguesa por descendência sefardita tem passado por mudanças significativas. A Lei Orgânica n.º 1/2024, de 5 de março, introduziu a exigência de residência legal em Portugal por pelo menos três anos para os candidatos, tornando o procedimento ainda mais complexo. Além disso, o aumento no número de solicitações resultou em atrasos consideráveis na análise dos pedidos, com médias de espera entre dois a três anos para processos de descendentes de judeus sefarditas.

A experiência de Fortes Máximo evidencia a importância de uma assessoria jurídica qualificada para navegar pelas complexidades do processo de nacionalidade portuguesa por via sefardita. A comprovação documental minuciosa e as constantes alterações legislativas tornam o acompanhamento profissional não apenas recomendável, mas essencial para o sucesso da solicitação.

Sobre a Martins Castro

Com sede em Lisboa, Portugal, Martins Castro foi fundada pelo brasileiro Renato Martins e presta consultoria jurídica especializada em mobilidade internacional para indivíduos e empresas interessados em estabelecer-se na Europa.

Entre os serviços oferecidos estão processos de nacionalidade portuguesa por via sefardita, reconhecimento de nacionalidade para descendentes de cidadãos portugueses, nacionalidade espanhola, obtenção de vistos e autorizações de residência, abertura de negócios, consultoria empresarial, investimentos e habilitação profissional.

A Martins Castro mantém operações em Lisboa e unidades no Brasil, México, Colômbia, Estados Unidos e Israel, viabilizadas por uma rede internacional de conexões.

 

Por Adriana – Agência EmeDois

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Terapias Naturais para baixar o colesterol funcionam?

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Por Max Lima*
Você já ouviu dizer que óleo de coco faz bem para o coração? Ou que tomar cápsulas de alho ou berberina pode reduzir o colesterol? Apesar de muitas opções naturais serem divulgadas como milagrosas, nem todas são eficazes — e algumas até podem fazer mal.
O colesterol alto, especialmente o LDL (conhecido como “colesterol ruim”), aumenta o risco de infarto e AVC. A boa notícia é que algumas mudanças no estilo de vida e suplementos realmente ajudam, enquanto outros são apenas mitos. Vamos esclarecer o que funciona e o que não tem comprovação científica.

O que realmente funciona para reduzir o colesterol?  
Dieta mediterrânea – Rica em azeite de oliva, peixes, legumes e grãos integrais, essa alimentação é uma das melhores para a saúde do coração.
Troque gorduras ruins por boas – Evite manteiga e carnes gordurosas; prefira azeite, castanhas, abacate e peixes como salmão e sardinha.
Fibras solúveis – Presentes em aveia, maçã, feijão e legumes, elas ajudam a reduzir a absorção de colesterol no intestino.
Exercícios físicos e controle do peso – Atividades regulares, como caminhadas, ajudam a aumentar o HDL (“colesterol bom”) e diminuir o LDL.
Alimentos com estanóis e esteróis vegetais – Encontrados em algumas margarinas especiais, eles bloqueiam parcialmente a absorção do colesterol.
Suplementos como psyllium e soja – Podem ser aliados quando combinados com uma dieta equilibrada.

O que pode ajudar, mas exige cuidado ?
Dietas vegetarianas bem planejadas – Podem ser benéficas, mas é preciso garantir o equilíbrio de nutrientes para não faltar proteínas e vitaminas essenciais.
Ômega-3 (EPA e DHA) – Em alguns casos, suplementos de óleo de peixe ajudam, mas o efeito no colesterol é limitado.
Levedura vermelha de arroz– Pode ter efeito semelhante a algumas medicações, mas deve ser usada com orientação médica, pois pode causar efeitos colaterais e interagir com outros remédios.

Mitos perigosos que você deve evitar:  
Óleo de coco faz bem para o coração – Na verdade, ele aumenta o colesterol LDL e não deve ser usado como alternativa saudável.
Alho, berberina, niacina e policosanol baixam o colesterol– Não há evidências científicas suficientes, e alguns podem causar efeitos adversos.

Conclusão: Natural nem sempre significa seguro!
Antes de experimentar qualquer terapia natural ou suplemento, consulte um médico ou cardiologista. O que funciona para uma pessoa pode não ser eficaz — ou até prejudicial — para outra. A melhor estratégia para controlar o colesterol combina alimentação saudável, exercícios e, quando necessário, medicação prescrita por um especialista.
Cuide do seu coração com informações confiáveis e escolhas conscientes!

*Max Lima é Especialista em Clínica Médica pelo Instituto dos servidores do Estado de São Paulo (HSPE-FMO ), Especialista em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese, Especialista em Terapia Intensiva pela AMIB, Fellow pela Sociedade Europeia de Cardiologia,  Ex Conselheiro Federal de Medicina (2019-2024), Presidente da SBC MT – biênio 2016-2017.

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