Brasil
Ação mira bancos nos EUA que financiaram barragens de risco da Vale
Publicado em
04/11/2023por
Da RedaçãoA prefeitura de Ouro Preto (MG) deu entrada nos Estados Unidos em uma ação judicial, em seu nome e em nome de outros seis municípios mineiros. Os alvos são os bancos Merril Lynch, Barclays Capital, Citibank e JP Morgan. Eles são apontados como financiadores de empreendimentos de risco da Vale, mineradora envolvida nas tragédias ocorridas em Brumadinho (MG) no dia 25 de janeiro de 2019, e em Mariana (MG) no dia 5 de novembro de 2015. Foi anexado um levantamento que aponta para empréstimos realizados desde 2011, somando um total de US$ 17,2 bilhões.
A tragédia de Mariana completa oito anos neste domingo (5) e a Agência Brasil irá publicar uma série de reportagens sobre o tema.
As instituições financeiras são acusadas de lucrarem com as operações da mineradora e não se preocuparem com os prejuízos causados às comunidades. “A Vale não tinha recursos financeiros para perpetuar sua estratégia sistêmica de dizimação do meio ambiente dentro dos limites municipais”, diz a ação. Os bancos são também apontados como investidores importantes da mineradora. Dessa forma, estariam lucrando com os juros dos empréstimos e também com o aumento do valor das ações da Vale. Além disso, os financiamentos teriam se mantido e até aumentado mesmo após as tragédias ocorridas.
O processo começou a tramitar em setembro no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York. A Agência Brasil teve acesso em primeira mão ao pleito apresentado. Representada pelo escritório Milberg, a prefeitura de Ouro Preto informa ao juízo que fala também em nome das prefeituras de Barão de Cocais, Itabira, Itabirito, Mariana, Nova Lima e São Gonçalo do Rio Abaixo.
A ação narra que, nos últimos anos, barragens inseguras foram paralisadas e populações que moram no entorno passaram a conviver com sirenes avisando dos riscos de rompimento, sendo que algumas comunidades foram evacuadas. São listadas consequências econômicas dessa situação: ônus adicionais aos municípios no apoio aos atingidos, desvalorização de propriedades e aumento dos gastos com saúde, segurança pública e outros serviços sociais.
“Os municípios estão enfrentando uma perda tangível de receita. A receita do imposto sobre vendas, uma parte significativa de sua força financeira, diminuiu à medida que a economia local desmorona”, acrescenta a ação.
São mencionados ainda danos ao patrimônio físico e cultural, danos ao meio ambiente e à qualidade de vida e danos suportados pelos moradores. O município afirma que a pressão sobre a população gera um custo físico, financeiro e emocional.
“A ameaça de rompimento de barragens, evacuações frequentes e fechamento de estradas afetaram a sua capacidade de sustento, causando perdas de rendimento significativas”.
A ação pede que o tribunal leve em conta a legislação brasileira, mais especificamente a Lei Federal 6.938/1981, conhecida como Lei Nacional de Política Ambiental. Ao mesmo tempo, defende que Nova York é o foro apropriado para discutir a questão, tendo em vista que os bancos não se submetem à jurisdição brasileira e que as evidências dos empréstimos se encontram na metrópole dos Estados Unidos.
As cidades citadas na ação estão situadas no chamado Quadrilátero Ferrífero, que concentrou o maior número de episódios de evacuação. Elas foram resultado de um pente-fino realizado por órgãos de fiscalização após a tragédia ocorrida em Brumadinho, na qual 270 pessoas perderam suas vidas na avalanche de rejeitos liberada no colapso de uma estrutura da Vale.
Na época, também foram aprovadas legislações proibindo a existência de barragens erguidas por alteamento a montante. Esse método está associado tanto à tragédia em Brumadinho, quanto ao desastre ocorrido em Mariana com a ruptura da estrutura da Samarco, mineradora que tem como acionistas a Vale e a BHP Billiton. No episódio, 19 pessoas perderam a vida e populações de dezenas de cidades da bacia do Rio Doce foram impactadas. A eliminação das barragens alteadas a montante se tornou obrigatória. A Vale, assim como a maioria das mineradoras, ainda não cumpriu integralmente a legislação, o que a levou a assinar um termo para pagar R$ 251 milhões.
Corresponsabilidade
Segundo a prefeitura de Ouro Preto, os empréstimos a empreendimentos da Vale desde 2011 geraram degradação no Quadrilátero Ferrífero e os bancos são corresponsáveis pelos danos causados. Ela cita 21 barragens da Vale classificadas como de alto risco associado, o que significa que armazenam grandes volumes de rejeitos e possuem comunidades com atividades socioeconômicas no entorno.
Também aponta que algumas dessas estruturas não são certificadas como estáveis ou já geraram em algum momento preocupações relacionadas à estabilidade. Duas vezes ao ano, as mineradoras precisam comprovar à Agência Nacional de Mineração (ANM) a segurança de suas barragens. Na última campanha, ocorrida no mês passado, 25 estruturas situadas em Minas Gerais estão embargadas por falta de atestado de estabilidade. Três encontram-se em nível de emergência 3, o último da escala da ANM e indica risco iminente de ruptura. Duas dessas três são da Vale: a barragem Sul Superior, em Barão de Cocais, e a barragem Forquilha III, em Ouro Preto.
De acordo com a prefeitura de Ouro Preto, os bancos não podem alegar que não sabiam dos riscos dos empreendimentos e tinham poder para forçar uma mudança de comportamento na Vale, mas nada fizeram e continuaram realizando empréstimos de forma incondicional. A ação aponta ainda violação dos Princípios do Equador, criado em 2002 pela Corporação Financeira Internacional (IFC). Eles estabelecem diretrizes para que as instituições financeiras tomem decisões responsáveis a partir da identificação e avaliação dos riscos ambientais e sociais dos projetos a serem apoiados. “Os réus usaram uma fachada de adesão aos Princípios do Equador para criar uma imagem conscientemente falsa para seus investidores nos Estados Unidos”, registra a ação.
Procurados pela Agência Brasil, os bancos Merril Lynch, Barclays Capital e JP Morgan não se pronunciaram. O Citibank retornou o contato e afirmou que “não fará comentários”. A Vale informou desconhecer a ação.
Fonte: EBC GERAL

Brasil
Maceió registra abalo sísmico na região ameaçada de desabamento
Published
14 horas atráson
01/12/2023By
Da RedaçãoA Defesa Civil de Maceió informou que nesta sexta-feira (1) foi registrado um evento sísmico de magnitude de 0,39Ml a 330m de profundidade na região do Mutange, onde está localizada a mina número 18 de exploração de sal-gema pela Braskem.
O órgão informou que mantém alerta máximo e constante observação devido ao risco de iminente colapso da mina 18, na região do antigo campo de treinamento do clube de futebol CSA, no Mutange. Três sensores no local continuam apresentando alertas de movimentação.
Nas últimas 24 horas, foi registrado 11,4 cm de afundamento, com média de 1 cm por hora.
Braskem retira trabalhadores
Após recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a mineradora Braskem retirou seus empregados efetivos e terceirizados da área da mina 18.
O procurador do Trabalho Rodrigo Alencar condicionou a retomada dos trabalhos à avaliação técnica das autoridades competentes no sentido de garantir a segurança de todos os trabalhadores relacionados à empresa.
Fonte: EBC GERAL
Brasil
Trabalhadores da Braskem são retirados da área de risco em Maceió
Published
16 horas atráson
01/12/2023By
Da RedaçãoApós recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a mineradora Braskem retirou seus empregados efetivos e terceirizados da área da mina 18, na região do Mutange, em Maceió, que está em estado de emergência por causa do risco iminente de desabamento.
Em audiência realizada na tarde desta sexta (1º), no MPT, a Braskem se comprometeu a apenas retomar as atividades na área de risco, inclusive as de vigilância patrimonial, após a mineradora comunicar o MPT.
O procurador do Trabalho Rodrigo Alencar condicionou a retomada dos trabalhos à avaliação técnica das autoridades competentes no sentido de garantir a segurança de todos os trabalhadores relacionados à empresa.
Uma nova reunião entre MPT e Braskem está marcada para a próxima quarta-feira (6).
A Braskem deverá apresentar os planos de gerenciamento de risco, de monitoramento, de emergência e de evacuação na área ameaçada pelo colapso da mina 18.
Fonte: EBC GERAL

Blitz da Lei Seca em Cuiabá prende 17 motoristas e apreende 41 veículos neste sábado (2)

Região de mina em Maceió registra abalo sísmico mais intenso

Governo entrega silo de armazenamento de leite e novilhas prenhes para produtores familiares de Alta Floresta

Luziânia inicia transporte gratuito; cidadãos reclamam de demora

Estúdio-escola vai produzir animações brasileiras em Minas Gerais
Segurança


Concurso para soldado da PM do Rio será retomado neste mês
O processo seletivo para preencher 2 mil vagas para o curso de formação de soldados da Polícia Militar do Rio...


Fiscalização multa 72 motoristas e remove 50 veículos na madrugada desta sexta-feira (01)
A Operação Lei Seca, realizada na Avenida das Torres, em Cuiabá, na noite desta quinta-feira (30.11), resultou na prisão de...


Sefaz adere ao Vigia Mais MT para instalação de câmeras próximas a postos fiscais
A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz MT) assinou nesta quinta-feira (30.11) a adesão ao Programa Vigia Mais MT,...
MT


Blitz da Lei Seca em Cuiabá prende 17 motoristas e apreende 41 veículos neste sábado (2)
Dezessete motoristas foram presos por embriaguez ao volante durante a operação Lei Seca, que ocorreu simultaneamente em duas avenidas de...


Governo entrega silo de armazenamento de leite e novilhas prenhes para produtores familiares de Alta Floresta
A Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) entregou um silo de armazenamento de leite, com capacidade para 40 mil litros,...


Seciteci convoca 50 estudantes aprovados para estágio com bolsa de R$ 6 mil
A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Seciteci) convocou 50 novos estagiários da área da tecnologia da informação para contribuir...
Brasil


Maceió registra abalo sísmico na região ameaçada de desabamento
A Defesa Civil de Maceió informou que nesta sexta-feira (1) foi registrado um evento sísmico de magnitude de 0,39Ml a...


Trabalhadores da Braskem são retirados da área de risco em Maceió
Após recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a mineradora Braskem retirou seus empregados efetivos e terceirizados da área da...


Moradores protestam por realocação em bairro próximo a mina em Maceió
Moradores de bairros próximos à mina da petroquímica Braskem em Maceió (AL) fizeram um protesto nesta sexta-feira (1º) para reclamar...
Economia & Finanças
Mais Lidas da Semana
-
GERAL4 dias atrás
Centenários brasileiros: envelhecimento acelerado desafia o país
-
GERAL4 dias atrás
Brasileiros centenários: envelhecimento acelerado desafia o país
-
ARTIGOS & OPINIÕES5 dias atrás
Cibersegurança, uma questão de consciência
-
ARTIGOS & OPINIÕES5 dias atrás
Do Integrado ao Inteligente: O próximo passo para a gestão corporativa
-
ARTIGOS & OPINIÕES5 dias atrás
Ação e reação (que nem sempre é aquela que você espera)
-
Economia & Finanças5 dias atrás
Mato Grosso mantém crescimento acima da média nacional, revela IBGE
-
CIDADES5 dias atrás
Prefeito Roberto Dorner e governador Mauro Mendes inauguram quarta-feira pavimentação das Estradas Nanci e Ângela
-
AGRONEGÓCIO5 dias atrás
Recorde: égua mais cara do Brasil é leiloada por R$ 4,56 milhões em Cuiabá