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AGRONEGÓCIO

Caso detectado em granja comercial no Brasil acende alerta sanitário e econômico

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Pela primeira vez na história, o Brasil registrou um foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial. O caso foi confirmado pelo pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta quinta-feira (15.05) em Montenegro (65 km da capital, Porto Alegre) no Rio Grande do Sul, conforme anunciado.

A confirmação do vírus — que já circula de forma endêmica na Ásia, África e Europa — representa um marco crítico para o país, maior exportador mundial de carne de frango, e acende um alerta vermelho para os impactos sanitários, comerciais e econômicos.

Segundo o Mapa, o foco foi detectado em um plantel de matrizes — aves reprodutoras — e as medidas de contenção e erradicação previstas no Plano Nacional de Contingência já foram imediatamente acionadas. O ministério comunicou o caso à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos parceiros comerciais e a outros órgãos federais.

Apesar da gravidade, o governo enfatiza que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango nem de ovos, e que o risco de infecção humana é baixo, restrito quase exclusivamente a pessoas com contato direto e intenso com aves infectadas.

O Brasil havia conseguido, até agora, conter o vírus fora do sistema de produção comercial. Em 2023, casos esporádicos foram registrados em aves silvestres e em uma pequena criação de subsistência no Espírito Santo. À época, o Japão chegou a suspender as importações de frango brasileiro.

No cenário global, mais de 870 infecções humanas por IAAP foram registradas desde 2003, com quase 460 mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) — uma taxa de letalidade alarmante, embora os casos sejam raros e geralmente associados a contato direto com aves.

O Serviço Veterinário brasileiro, segundo o Mapa, vem sendo treinado desde os anos 2000 para lidar com surtos da doença. O sistema inclui monitoramento constante de aves silvestres, vigilância epidemiológica nas granjas, ações de educação sanitária e controle rígido nas fronteiras.

Ainda não se sabe se o novo foco afetará o status sanitário do Brasil no comércio internacional. Técnicos do governo monitoram a situação de perto, atentos ao impacto potencial sobre um setor que movimenta mais de R$ 100 bilhões por ano e sustenta milhões de empregos.

Medidas importantes que devem ser tomadas pelos avicultores:

  • Revisão da estrutura dos galpões, com atenção às telas, cercas e passarinheiras, as quais devem estar íntegras de maneira a não permitir o ingresso de aves silvestres ou animais domésticos;
  • Manter portas e portões fechados;
  • Desinfecção de todos os veículos que precisarem acessar as granjas;
  • Utilização de roupa e calçados exclusivos para a granja;
  • Lavar as mãos com água e sabão antes e depois de manejar as aves;
  • Não permitir a entrada de visitantes na granja;
  • Manter reservatórios de água e ração devidamente fechados e fornecer apenas água clorada às aves;
  • Comunicar qualquer suspeita Defesa Agropecuária do seu município  imediatamente.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Programa federal entrega máquinas agrícolas para 301 municípios mineiros

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O Governo Federal realizou nesta quinta-feira (12.06) a entrega de 318 máquinas e equipamentos agrícolas destinados a 301 municípios de Minas Gerais. A solenidade foi realizada na CeasaMinas, em Contagem (MG), como parte do Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola (Promaq), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Com investimentos que somam R$ 150 milhões, a ação tem como objetivo fortalecer a infraestrutura rural, melhorar o escoamento da produção e apoiar o desenvolvimento sustentável no campo. Foram repassados equipamentos como tratores, retroescavadeiras, pás carregadeiras, motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas e rolos compactadores.

O Promaq foi criado para ampliar o acesso dos municípios a máquinas que viabilizem a melhoria das estradas vicinais, o preparo do solo e a manutenção de áreas produtivas. O programa prioriza localidades com menor nível de mecanização, desafios logísticos e maior vulnerabilidade social, sempre alinhado às práticas de sustentabilidade e às exigências ambientais.

Para acessar os benefícios, as prefeituras devem apresentar diagnóstico técnico que comprove a necessidade dos equipamentos, considerando fatores como extensão da zona rural, perfil produtivo e situação das vias de acesso. Além de Minas Gerais, o programa já beneficiou outros nove estados, totalizando 515 máquinas entregues a 460 municípios em todo o país.

A iniciativa é fruto de parcerias institucionais que buscam fortalecer a agricultura familiar, gerar emprego, aumentar a competitividade e impulsionar o desenvolvimento das regiões produtoras.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Setor produtivo reage e pede retirada da MP que amplia tributos sobre crédito e consumo

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Representantes de setores estratégicos da economia, liderados pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e por outras 19 frentes que integram a Coalizão do Setor Produtivo, divulgaram um manifesto conjunto contra a Medida Provisória 1303/2025. A proposta altera regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e retira incentivos fiscais essenciais, tanto para o financiamento da produção quanto para o consumo de alimentos básicos.

O documento reforça que a MP amplia a carga tributária de forma generalizada, atingindo diretamente atividades como agropecuária, indústria, construção civil e comércio. Também alerta que a proposta encarece operações de crédito fundamentais para o campo e para as cadeias produtivas, além de reduzir a competitividade do país. O impacto não se restringe ao setor produtivo — recai sobre toda a sociedade, com efeito direto no custo de vida da população e no preço dos alimentos.

O presidente da FPA, o deputado federal Pedro Lupion destacou que a tentativa do governo de extinguir isenções tributárias sobre alimentos da cesta básica – como arroz, feijão, carne, leite e ovos afetaria especialmente a população de baixa renda. “Dos R$ 158 bilhões apontados como renúncia fiscal pelo Ministério da Fazenda, mais de R$ 88 bilhões são referentes à desoneração desses alimentos. É uma conquista histórica que está sendo ameaçada”, declarou.

O Instituto do Agronegócio (IA) também se manifestou de forma firme. O presidente da entidade, Isan Rezende (foto), classificou a proposta como um erro grave na condução da política econômica. “O agronegócio brasileiro vem se mantendo competitivo justamente por contar com instrumentos de financiamento adequados. Retirar incentivos das LCAs, por exemplo, é limitar o acesso do produtor ao crédito, encarecer a produção e, inevitavelmente, gerar aumento no preço dos alimentos que chegam às famílias”, afirma.

Para o presidente do IA, o momento exige medidas que fortaleçam a produção, e não que a penalizem. “O país precisa de ambiente favorável para gerar emprego, produzir mais e crescer. O caminho não é aumentar imposto, mas sim enfrentar os verdadeiros gargalos, como o custo da máquina pública e a necessidade urgente de uma reforma administrativa”, defende Rezende.

Ele também chama atenção para o impacto social da medida. “Quando se tenta resolver desequilíbrios fiscais por meio de mais impostos, quem sofre primeiro é a população mais vulnerável. Encarecer alimentos, cortar instrumentos de crédito e reduzir direitos como o auxílio-doença é transferir a conta para quem não pode pagar. Isso não é política pública responsável”, conclui.

A mobilização da Coalizão pede que o Congresso Nacional devolva a MP, evitando que os efeitos da proposta avancem sobre setores que são pilares da economia. O grupo defende que o equilíbrio fiscal seja buscado por meio de redução de gastos, combate à sonegação e melhorias na gestão pública — sem ampliar a carga sobre quem produz, trabalha e consome.

Clique e leia aqui o manifesto na íntegra.

Fonte: Pensar Agro

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