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ARTIGOS & OPINIÕES

Horizontes Tecnológicos: As Tendências que redefinirão 2025

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Do avanço da Inteligência Artificial ao futuro da Cibersegurança, descubra as inovações que prometem transformar o mundo nos próximos 12 meses.

*Por Cássio Batoni

 

A tecnologia não apenas acompanha o ritmo da humanidade — ela o define. Em 2025, novos avanços prometem remodelar indústrias, hábitos e até mesmo a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor. Entre os destaques, estão a inteligência artificial multimodal, soluções de Cibersegurança pós-quântica e inovações em eficiência energética. Destaco aqui seis tendências tecnológicas que já estão moldando o futuro e que merecem a sua atenção.

Inteligência artificial multimodal

A IA é a inovação transformadora da era atual, com potencial para impactar todos os setores. Mas que avanços podemos esperar nos próximos 12 meses? Um deles é a IA multimodal, que processa texto, imagens e vídeos simultaneamente.

O interesse pela IA multimodal é compreensível, já que a tecnologia imita o comportamento humano. As pessoas processam informações por meio da visão, audição e tato. Portanto, é lógico que os humanos interajam com máquinas usando essa abordagem multimodal também.

O Google Gemini e o ChatGPT-4 deram o pontapé inicial em 2023. A OpenAI até lançou seu produto multimodal com o título: “O ChatGPT agora pode ver, ouvir e falar.” No entanto, o próximo ChatGPT-5 deve oferecer uma funcionalidade multimodal muito mais avançada.

A IA multimodal pode impulsionar mudanças significativas em diversos setores — melhorando a educação, revolucionando o varejo com compras personalizadas e possibilitando tecnologias avançadas, como reconhecimento de voz e facial em serviços financeiros.

Computação eficiente em termos de energia

A cada ano, a demanda por serviços digitais cresce. Desde 2010, o tráfego global na internet aumentou 20 vezes, à medida que os consumidores migram para serviços baseados na nuvem. Esses serviços consomem muita energia. Os data centers que os sustentam são responsáveis por cerca de 1,5% do consumo global de eletricidade.

Portanto, a corrida pela eficiência energética está em andamento. Um alvo óbvio é o superaquecimento. Os data centers geram muito calor e utilizam sistemas de resfriamento elaborados. Isso é um desperdício de recursos. Arquitetos estão testando várias soluções. Por exemplo, novos designs isolam máquinas geradoras de calor em uma área específica em vez de espalhá-las por todo o local facilitando o resfriamento. Eles também estão aprendendo a capturar e reaproveitar o calor para aquecer residências e empresas próximas.

As empresas de chips também estão trabalhando no problema. Em 2024, a Nvidia revelou suas GPUs Blackwell de próxima geração, que têm um consumo de energia 25 vezes melhor e custos reduzidos para processamento de IA.

Criptografia pós-quântica

A computação quântica é uma tecnologia fascinante. Ela utiliza as propriedades contraintuitivas do mundo quântico — que permitem que um bit de dado atue como 0 e 1 ao mesmo tempo — para realizar cálculos impossíveis em computadores convencionais.

Isso pode levar a avanços extraordinários no design de medicamentos, previsões meteorológicas, eficiência industrial e muito mais. No entanto, a computação quântica representa um sério desafio à segurança. A computação ‘clássica’ utiliza problemas matemáticos complexos para manter os invasores afastados.

Processadores quânticos podem, em teoria, resolver esses problemas e, assim, violar sistemas de segurança.

Para resistir a essa ameaça, pesquisadores estão desenvolvendo a tecnologia de criptografia pós-quântica. Eles estão criando novos algoritmos para gerar desafios matemáticos que nem mesmo computadores quânticos possam resolver. As técnicas incluem criptografia baseada em grades, em códigos e multivariada.

Organizações da indústria estão explorando ativamente essas soluções. Uma delas é o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) do Departamento de Comércio dos EUA. Em agosto de 2024, o instituto finalizou seus algoritmos de criptografia, após avaliar 82 algoritmos ao longo de oito anos e selecionar 15 para serem incorporados nos sistemas.

Novas ameaças de cibersegurança baseadas em IA

As ferramentas de IA são frequentemente descritas como “copilotos” que ajudam as pessoas a concluir tarefas. Infelizmente, a IA também facilita a vida de fraudadores. Eles estão utilizando a tecnologia para criar golpes cada vez mais sofisticados.

Um estudo recente relatou um aumento alarmante de 28% nos e-mails de phishing (tipo de ataque cibernético que visa obter informações pessoais de usuários) entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024. Está claro que a IA está alimentando grande parte dessa atividade. As novas ameaças aprimoradas pela IA incluem:

  • E-mails de phishing com gramática perfeita e detalhes pessoais;
  • Campanhas em larga escala que realizam milhares de ataques de phishing personalizados simultaneamente;
  • Ataques que acessam informações inseridas por funcionários em plataformas de IA como ChatGPT ou Google Gemini;
  • Phishing aprimorado por IA que imita o comportamento, a aparência e a voz de indivíduos;
  • Campanhas que exploram plataformas de mídia social para roubar informações pessoais e manipular usuários;
  • Plataformas de “phishing como serviço” (PhaaS), que permitem a atacantes não técnicos criarem páginas de login falsas, scripts para automação de e-mails e ferramentas para gerenciar credenciais roubadas.

Baterias térmicas

A participação das energias renováveis no consumo global de energia foi de 13% em 2023 e deve atingir quase 20% até 2030. Mas há um problema óbvio: a imprevisibilidade. O que acontece quando o vento não sopra e o sol não brilha?

A solução é o armazenamento de energia. Se conseguirmos armazenar a energia gerada por fontes renováveis usando baterias, podemos compensar a escassez. Infelizmente, a maioria das tecnologias de bateria só consegue armazenar energia por curtos períodos — e as baterias tendem a ser muito grandes.

Por isso, a tecnologia de baterias térmicas está ganhando atenção. Como o nome sugere, essa tecnologia armazena eletricidade na forma de calor, em vez de alterações químicas, e utiliza materiais baratos, como tijolos, vidro, sal, areia e metal.

As baterias térmicas são apenas uma das várias tecnologias emergentes. Mas o uso de materiais baratos as torna atraentes. Em 2024, pesquisadores da Universidade de Michigan revelaram uma célula termo-fotovoltaica com eficiência recorde de 44%. Para comparação, uma turbina a vapor média alcança cerca de 35%.

Chiplets

A Lei de Moore está chegando ao fim? Em 1965, o executivo da Fairchild Semiconductor, Gordon Moore, previu que o número de transistores em um chip dobraria a cada dois anos. Sua previsão se concretizou. Os chips mais avançados hoje têm quase 50 bilhões de transistores.

No entanto, o limite está próximo. À medida que a indústria se aproxima de transistores com apenas alguns nanômetros, enfrenta efeitos quânticos imprevisíveis. Especialistas em chips estão buscando soluções para esse problema. Uma das mais promissoras é o chiplet.

Tradicionalmente, os fabricantes combinavam designs de chips para múltiplos propósitos — CPU, gráficos, memória etc. — em um único die ‘monolítico’. Com os chiplets, eles criam designs para propósitos específicos e os conectam em um pacote.

A tecnologia não é nova. Mas foi limitada pela falta de padronização entre os fabricantes de chips. Um novo consórcio chamado Universal Chiplet Interconnect Express (UCIe) está trabalhando em uma abordagem de código aberto que qualquer empresa do setor pode usar. Mais de 100 empresas de semicondutores já aderiram.Prontos para o que vem pela frente?

Enquanto 2025 se desenha no horizonte, as tecnologias discutidas aqui mostram como inovação e adaptação caminham lado a lado. Da inteligência artificial revolucionária à energia renovável mais eficiente, cada avanço carrega consigo desafios e oportunidades. À medida que nos preparamos para essas mudanças, uma coisa é certa: o futuro será moldado pela forma como utilizamos e nos adaptamos a essas ferramentas.

 

 

*Cássio Batoni é Diretor de Estratégia e Marketing da Thales na América Latina

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Quando o governante “se acha”

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Por Ricardo Viveiros*

Vivemos em um mundo no qual a informação está ao alcance de um clique, mas ainda há quem insista em fechar os olhos para o aprendizado contínuo. Esse fenômeno, popularmente explicado pelo “Efeito Dunning-Kruger”, descreve a tendência de pessoas com pouco conhecimento superestimarem as próprias capacidades. Essa dinâmica, quando transposta para esferas de poder, como o governo em seus três níveis, pode ser desastrosa. Gestores públicos que se comportam como os “sabe-tudo” perpetuam velhas soluções ineficazes para problemas modernos, comprometendo o bem-estar, o desenvolvimento e, em especial, os direitos da sociedade.

Um exemplo gritante dessa mentalidade está na persistência em utilizar fórmulas desgastadas para combater problemas crônicos como as enchentes urbanas. Governos repetem estratégias que já provaram ser insuficientes, recusando-se a explorar abordagens inovadoras. Isso se traduz em um drama contínuo que caminha em círculos nas cidades brasileiras. Ano após ano, elas enfrentam tragédias previsíveis durante os períodos de chuva. E a culpa, nesses episódios, vai sempre para um indefeso “São Pedro”. Não seria hora de admitir que essas soluções estão obsoletas e buscar novas perspectivas?

A resposta, infelizmente, parece óbvia apenas para aqueles que enxergam de fora. Contudo, o ciclo da autoconfiança e da vaidade infundadas do poder público perpetua a resistência a mudanças. Líderes que acreditam dominar todas as nuances de seus cargos evitam ouvir especialistas, ignoram dados e menosprezam a ciência, em nome de uma suposta competência que, muitas vezes, é apenas arrogância.

Governar exige mais do que repetir discursos ou aplicar fórmulas prontas. Exige também humildade intelectual para reconhecer que nem sempre se tem as respostas certas. Quando essa consciência falta, as consequências podem ser devastadoras. Contratações e promoções baseadas em confiança pessoal ou pressão política de aliados, em vez de competência comprovada, criam equipes desalinhadas e despreparadas. A resistência ao feedback dificulta ajustes necessários e perpetua erros. E o mais grave: decisões equivocadas impactam diretamente a população, agravando desigualdades e comprometendo recursos públicos.

Em muitas administrações públicas, o “sempre fizemos assim” é um mantra. Tal mentalidade sufoca a inovação e impede a implementação de soluções adaptadas às demandas atuais. No caso das enchentes, investe-se em obras paliativas enquanto a urbanização desordenada e a falta de infraestrutura de drenagem continuam sendo ignoradas.

A necessária mudança começa pela valorização do conhecimento efetivo, não do “achismo”. Governos devem adotar uma postura de aprendizado contínuo, na qual as decisões são baseadas em dados concretos e consultas a especialistas. Algumas ações práticas podem incluir: políticas públicas que devem ser avaliadas de maneira rigorosa, considerando resultados e impactos reais, não apenas métricas superficiais; governantes e servidores com a responsabilidade de aceitar treinamentos e programas que ampliem sua compreensão de problemas complexos; consulta a quem tem expertise e incorporação de inovações tecnológicas são fundamentais para avanços; e, por fim, envolver a sociedade no processo decisório trazendo perspectivas diferentes, capazes de enriquecer o debate e promover soluções inteligentes, inovadoras, viáveis e com resultados concretos.

Líderes que reconhecem suas limitações e buscam ouvir opiniões diversas têm mais chances de implementar políticas efetivas e duradouras. Admitir que não sabemos tudo é libertador. É o primeiro passo para abrir espaço para aprender e evoluir. Governos e gestores que adotam essa postura são capazes de transformar desafios em oportunidades, em contrapartida, aqueles que insistem na autossuficiência perpetuam erros e causam imobilismo que custam caro à sociedade.

A verdadeira liderança não se mede pela quantidade de respostas prontas, mas pela disposição de fazer as perguntas certas e buscar as melhores soluções. Falar menos, ouvir mais são boas práticas. Somente assim poderemos superar o traiçoeiro “efeito Dunning-Kruger”, que tantas vezes impede o progresso em nosso País, e acreditar na canção do mestre Tom Jobim: “São as águas de março fechando o verão. É a promessa de vida no teu coração”.

*Ricardo Viveiros, jornalista, professor e escritor, é doutor em Educação, Arte e História da Cultura; autor, entre outros, de A vila que descobriu o Brasil (Geração), Justiça seja feita (Sesi-SP) e Memórias de um tempo obscuro (Contexto).

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Tenho mais de 60 Anos: Posso Usar Whey Protein?

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Por Max Lima*
Sim, o whey protein pode ser um aliado poderoso para pessoas com mais de 60 anos, ajudando a manter a saúde muscular, melhorar a qualidade de vida e até prevenir doenças relacionadas ao envelhecimento.
Porém, como qualquer suplemento, ele deve ser usado de forma consciente e com orientação profissional.

Por que a Proteína é Importante na Terceira Idade?
Conforme envelhecemos, nosso corpo perde progressivamente massa muscular e força, um processo chamado de sarcopenia. Essa condição pode levar à redução da mobilidade, maior risco de quedas e piora da qualidade de vida.

Estudos mostram que o aumento na ingestão de proteínas de alta qualidade, como o whey protein, pode ajudar a combater a sarcopenia. Isso porque o whey é rico em aminoácidos essenciais, especialmente a leucina, que estimula diretamente a síntese de proteínas musculares.

Benefícios do Whey Protein para Quem Tem Mais de 60 Anos:

1. Preservação e Ganho de Massa Muscular De acordo com um estudo publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle (2020), a combinação de whey protein com exercícios de força pode aumentar a massa e a força muscular em idosos, mesmo naqueles que nunca treinaram antes.
2. Melhora da Saúde Óssea O whey protein também auxilia na saúde óssea, já que fornece nutrientes necessários para a manutenção da densidade óssea, reduzindo o risco de osteoporose e fraturas.
3. Controle de Peso e Metabolismo Estudos indicam que o consumo adequado de proteínas pode ajudar no controle de peso, mantendo a saciedade por mais tempo e prevenindo a perda de massa magra durante dietas de restrição calórica.
4. Recuperação Física e Imunidade Por ser de fácil digestão e rápida absorção, o whey protein é uma excelente escolha para idosos que precisam se recuperar após atividades físicas ou após períodos de convalescença, além de conter compostos que fortalecem o sistema imunológico.

Como Usar Whey Protein com Segurança?


1. Avaliação Médica Prévia
 Antes de iniciar o uso, é essencial conversar com um médico ou nutricionista para avaliar as necessidades nutricionais individuais e descartar possíveis contra indicações, como problemas renais.
2. Dose Recomendada: A dose ideal varia, mas estudos sugerem cerca de 20 a 30 gramas por dia, dependendo das necessidades de cada pessoa. Essa quantidade pode ser ajustada conforme o consumo de proteínas na dieta habitual.
3. Melhor horário para Consumir O whey pode ser consumido no café da manhã, após atividades físicas ou como lanche. O importante é distribuir a ingestão de proteínas ao longo do dia para maximizar a síntese muscular.
4. Qualidade do Produto Escolha marcas confiáveis, com poucos aditivos e certificados de qualidade.

Conclusão
Sim, quem tem mais de 60 anos pode usar whey protein, desde que com acompanhamento profissional. Esse suplemento é uma ferramenta valiosa para melhorar a força, prevenir a sarcopenia, e promover um envelhecimento mais saudável e ativo.
Envelhecer bem não é apenas uma questão de genética, mas também de escolhas. Com o suporte correto, suplementos como o whey protein podem fazer parte de uma estratégia nutricional que prolongue a vitalidade e a independência na terceira idade.

*Max Lima é Especialista em Clínica Médica pelo Instituto dos servidores do Estado de São Paulo (HSPE-FMO ), Especialista em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese, Especialista em Terapia Intensiva pela AMIB, Fellow pela Sociedade Europeia de Cardiologia, Ex Conselheiro Federal de Medicina (2019-2024), Presidente da SBC MT – biênio 2016

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