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AGRONEGÓCIO

Comitiva de MT conhece fundo de investimento da agricultura familiar do RS

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Representantes da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistências e Extensão Rural (Empaer), da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) e da agência de fomento Desenvolve MT – estão durante esta semana (de 26 a 29.11), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, conhecendo as particularidades do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper/RS) e do Programa Estadual de Agroindústria Familiar (PEAF).

O objetivo da iniciativa é agregar conhecimento que servirá de referência para o Fundo de Apoio à Agricultura Familiar de Mato Grosso (Fundaaf), cujo projeto de lei para a criação tramita na Assembleia Legislativa.

No Rio Grande do Sul, o Feaper é um fundo rotativo, criado em 1988 pelo governo do Estado para auxiliar o pequeno produtor por meio de financiamentos, visando elevar a produção e produtividade e a melhoria das condições de vida das famílias rurais.

São aplicados recursos específicos para atendimento ao desenvolvimento de várias cadeias produtivas disponibilizadas para investimento em instalações físicas, reforma, construção e aquisição de equipamentos.

A programação abriu com a recepção pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, que explanou sobre a pasta, as características e o trabalho com os agricultores do estado.

Ele destacou que a gestão está empenhada no fortalecimento da agricultura familiar com diversas frentes de trabalho. “Fico feliz em saber que somos referência e estamos abertos a trocar experiências que vem para agregar qualidade de vida ao homem do campo”.

Sobre o fundo, o gestor ressaltou que foi uma virada de chave desde quando foi implantado no final da década de 80 e têm dado resultados satisfatórios junto aos agricultores com destaque para as implantações das agroindústrias. “Tudo graças aos gestores que tiveram a sensibilidade de dar continuidade em investir no segmento”.

A presidente da Associação Rio-grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural, (Emater/RS), Mara Helena Saalfeld, ressaltou a visita como uma forma de estreitar as relações entre as ateres do país.

“Mato Grosso e o Rio Grande do Sul têm características parecidas e essa interação fortalece o trabalho de assistência técnica e extensão rural no Brasil. Sintam-se todos bem-vindos nessa interação em conhecer como trabalhamos o Feaper que irá agregar junto aos agricultores familiares de Mato Grosso ”, comentou.

A diretora de Ater da Empaer, Denise Avila Gutterrez, lembrou que a agenda no Rio do Grande Sul nasceu quando participou da Expodireto – maior feira do agronegócio internacional ocorrida no estado. Na oportunidade, foi possível conhecer os diversos programas que a Emater executa com uma capacidade imensa.

“É uma construção de novas oportunidades junto aos agricultores familiares de Mato Grosso. Na Expodireto que tivermos a oportunidade de participar, observei que o Feaper oportunizou aos 150 agricultores de comercializarem seus produtos e entendi como chegaram naquela condição de produtos industrializados e certificados com selo de qualidade”, disse.

Para o secretário adjunto de agricultura familiar e desenvolvimento rural da Seaf, Clovis Cardoso a experiência em conhecer como o fundo está sendo aplicado, suas particularidades e desafios foram os objetivos da vinda da comitiva. “Entendemos como funcionar e com adequações a nossa realidade é muito possível que sua aplicabilidade”.

A presidente do Desenvolve MT, Mayran Beckman Benicio – frisou que o Feaper é um caso de sucesso e é importante entender como funciona a governança, quantos produtores já foram atendidos, entre outros aspectos. “Em Mato Grosso o público alvo ainda é carente dessa assistência, por isso, estamos animados em levar o conhecimento para o estado”.

Programação

Nos dois dias de agenda, as equipes da Secretária de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Emater – já apresentaram as particularidades de como na prática o fundo é administrado pela SDR, Emater e a Badesul que é a agência de fomento do Rio Grande do Sul.

Entre as apresentações, foi especificado que o Feaper possibilita a aplicação de recursos de diversos programas de estado e de governo, como o Programa Avançar, que este ano, 443 projetos foram autorizados para famílias de agricultores familiares interessados na implantação e melhorias de agroindústrias familiares. Foram aplicados R$ 4.854.943,36, sendo a média de R$ 10.959,24 por projeto.

Na prática, o Projeto Avançar estabeleceu um limite de R$15 mil, com juros zero e prazo de pagamento em cinco parcelas anuais com possibilidade de até três anos de carência.

Nesta quinta-feira (29), a equipe irá conhecer duas propriedades assistidas pelo Feaper, sendo a primeira com investimento na cadeia do leite com produção de iogurte e queijos.

Fazem parte da comitiva o coordenador de Ater da Empaer, Glieber Henriques Beliene, a equipe de crédito rural Mariano Batista de Campos e Maria Cleonice dos Santos, da Seaf representando a cadeia do leite, Vânia Ângela Kohl e Eduardo Silva Dants. Da equipe da Emater que acompanharam e auxiliaram na programação, a Fabiana Devgant e Célio Alberto Colle.

Fonte: Governo MT – MT

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Brasil teve aumento nas exportações de suínos reprodutores em 2024

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O Brasil registrou um crescimento significativo nas exportações de suínos reprodutores de raça pura em 2024. De acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (06.02), o país alcançou uma receita de R$ 5,08 milhões, marcando um aumento de 5,2% em comparação com o ano anterior.

Os estados brasileiros que mais se destacaram nas exportações de suínos reprodutores foram São Paulo, Paraná e Minas Gerais. São Paulo liderou o ranking com 44% das exportações, seguido pelo Paraná, que representou 37%, e Minas Gerais com 19%. O principal destino dos suínos brasileiros foi o Paraguai, responsável por 40,7% das vendas, seguido de perto pela Argentina com 40,2%. Outros mercados relevantes para os suínos reprodutores foram o Uruguai (17%) e a Bolívia (2,1%).

Dentre os estados exportadores, o Paraná se destacou por ser o único a exportar para todos os países compradores. O estado foi o maior fornecedor para o Paraguai, Uruguai e Bolívia. São Paulo, por sua vez, liderou as exportações para a Argentina, enquanto Minas Gerais destinou suas exportações exclusivamente ao Paraguai.

Enquanto as exportações de suínos reprodutores cresceram, as importações no Brasil apresentaram uma queda acentuada de 50% em 2024. O valor das importações passou de R$ 31,7 milhões para R$ 15,6 milhões. Os estados que mais importaram suínos reprodutores foram São Paulo (40%), Minas Gerais (31%) e Paraná (30%). Os principais fornecedores para o Brasil foram os Estados Unidos, Canadá, França, Dinamarca e Noruega.

A redução nas importações reflete o fortalecimento da genética do rebanho nacional e o crescente reconhecimento da qualidade dos suínos reprodutores brasileiros no mercado internacional. O Brasil, que é um dos maiores produtores e exportadores de carne suína do mundo, tem investido fortemente em aprimoramento genético, o que contribui para a valorização das exportações no exterior.

A suinocultura brasileira tem ganhado destaque no cenário global, especialmente pela sua capacidade de atender às demandas específicas dos mercados internacionais. A valorização dos suínos reprodutores no exterior, somada ao investimento contínuo no aprimoramento genético, coloca o Brasil em uma posição estratégica no comércio global.

Os resultados positivos também refletem o esforço da indústria para atender às exigências dos mercados mais exigentes, como os países da América Latina. O Paraguai, por exemplo, tem se mostrado um importante parceiro comercial, representando uma fatia significativa das exportações brasileiras. Além disso, a presença do Brasil em mercados como Argentina, Uruguai e Bolívia demonstra a força e a competitividade do setor, que continua a se expandir e a se consolidar.

A busca por maior sustentabilidade e inovação continua sendo uma prioridade no setor, com a adoção de práticas mais eficientes no manejo do rebanho e na utilização de tecnologias que visam aumentar a produtividade e reduzir impactos ambientais. Além disso, a suinocultura brasileira segue como um importante motor da economia agrícola, com uma contribuição significativa para as exportações do país e o fortalecimento da balança comercial.

Com um cenário promissor pela frente e o mercado internacional cada vez mais receptivo aos produtos brasileiros, a suinocultura brasileira tem tudo para continuar ampliando suas exportações e mantendo sua competitividade no mercado global.

Fonte: Pensar Agro

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Brasil terá primeira concessão hidroviária no Rio Paraguai

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O Brasil está prestes a inaugurar sua primeira concessão hidroviária, referente à Hidrovia do Rio Paraguai, que abrange um trecho de 600 km entre Corumbá e Porto Murtinho, no sul de Mato Grosso do Sul.

O projeto prevê um investimento inicial de R$ 63,9 milhões nos primeiros cinco anos, com foco na infraestrutura e segurança da navegação. A concessão, com duração de 15 anos e possibilidade de prorrogação, visa melhorar a logística de transporte, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência no escoamento da produção local.

O Brasil possui uma extensa rede hidrográfica, com aproximadamente 63 mil quilômetros de rios, dos quais cerca de 27 mil quilômetros são navegáveis. No entanto, apenas 19 mil quilômetros são utilizados para o transporte comercial de cargas e passageiros, representando cerca de 30% do potencial disponível.

O modal hidroviário é responsável por uma parcela significativa do escoamento da produção agrícola nacional. Estima-se que aproximadamente 25% das exportações de grãos, como soja e milho, sejam transportadas por hidrovias, especialmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. A Hidrovia do Rio Paraguai, por exemplo, desempenha um papel crucial no escoamento de commodities agrícolas, conectando áreas produtoras a portos de exportação.

Com a concessão, a previsão é de um aumento expressivo na movimentação de cargas, podendo atingir entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030. Essa concessão da Hidrovia do Rio Paraguai representa um passo importante para a modernização da logística de transporte no Brasil, podendo servir de modelo para futuras concessões hidroviárias no país. A iniciativa busca impulsionar o desenvolvimento de uma malha de transporte mais eficiente e sustentável, reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria.

O modelo de concessão proposto pode servir de referência para outras hidrovias, impulsionando investimentos privados e reduzindo custos logísticos para o agronegócio e a indústria. Os próximos passos para a concessão incluem a realização de uma consulta pública no primeiro trimestre, o envio do projeto ao Tribunal de Contas da União (TCU) no segundo trimestre e a realização do leilão no quarto trimestre.

Fonte: Pensar Agro

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