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Conselho aprova novos incentivos fiscais para impulsionar indústria e agropecuária em MT

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O Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso (Condeprodemat) aprovou novos incentivos fiscais com o objetivo de ampliar a competitividade da indústria local, fortalecer cadeias produtivas estratégicas e fomentar a geração de emprego e renda em diversas regiões do Estado. A reunião ocorreu na última quarta-feira (30.4).

Entre os destaques, está a aprovação do pedido da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) para prorrogar, até abril de 2026, os benefícios fiscais concedidos a produtores de suínos nas operações interestaduais. O incentivo — que integra o Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) — garante a cumulatividade de créditos para suínos destinados a abate, engorda, criação e reprodução.

Segundo a Acrismat, a medida é essencial para manter a competitividade dos produtores de Mato Grosso frente a outros Estados, principalmente após quatro anos de prejuízos enfrentados pela suinocultura nacional, que resultaram na redução de cerca de 20 mil matrizes em Mato Grosso.

“A produção local ainda está em recuperação. Com esse apoio, podemos avançar na industrialização e garantir renda para centenas de famílias do campo”, argumentou o diretor presidente da Acrismat, Frederico Tannure Filho.

Também foi aprovada a inclusão de produtos derivados de ovinos e caprinos (carnes e miudezas comestíveis), atendendo a um pedido da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). Com isso, frigoríficos especializados passam a contar com crédito outorgado de 85% nas vendas internas e 90% nas interestaduais. A expectativa é destravar o potencial da ovinocultura no Estado, um mercado com grande capacidade de crescimento.

“A Famato fica muito feliz com essa aprovação. Reduzindo os custos das indústrias, criamos condições para o setor decolar, inclusive com foco em exportações futuras”, destacou José Cristóvão, representante da entidade no conselho.

Outra medida importante foi a aprovação de incentivo para a indústria de betume de petróleo e seus derivados, que são utilizados principalmente na pavimentação. A proposta da Federação das Indústrias (Fiemt) e do Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sincop-MT) foi acatada e garantirá o mesmo percentual de crédito outorgado (90%). O objetivo é equilibrar a concorrência com empresas de outros Estados, como Goiás, e atrair mais investimentos.

“O que o Condeprodemat fez hoje foi corrigir uma distorção que colocava nossas empresas em desvantagem. Agora, podemos competir de forma justa e isso vai gerar mais empregos, receita e desenvolvimento para Mato Grosso”, afirmou o vice-presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira.

Também foram aprovados os pedido do Sindicato das Indústrias de Bioenergia do Mato Grosso (BIOIND) requerendo o retorno do etanol para outros fins com a fixação de percentual na operação interna de 62% e na operação interestadual de 73,3%; e do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo) para acumular o crédito outorgado na operação interna e interestadual para o produto carne e miudezas, além da inclusão de ameixas secas com caroço na indústria de alimentos com o percentual de crédito na operação interna de 75% e na operação interestadual de 80%.

Por último, ainda passou pelo crivo dos conselheiros o aumento percentual do incentivo na operação interna do cimento dentro do Prodeic Mineração para 45% nas operações internas, visto que havia ocorrido redução para 40%.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Condeprodemat, César Miranda, ressaltou que as decisões refletem o compromisso do Governo de Mato Grosso com a industrialização e a modernização da política fiscal.

“Estamos construindo um ambiente mais competitivo e justo. Esses incentivos são ferramentas inteligentes que impulsionam setores produtivos e valorizam a produção local”.

Presidido pelo titular da Sedec, o Condeprodemat delibera e orienta a execução dos programas de desenvolvimento de Mato Grosso. Compõe o conselho as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico e de Fazenda, Casa Civil, Procuradoria Geral do Estado, Fiem, Famato e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Famato).

Fonte: Governo MT – MT

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Estado fecha safra com rendimento superior ao da média nacional

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Enquanto parte do país ainda colhe os últimos grãos da safra 2024/2025, Goiás já fechou seu ciclo da soja — e com um desempenho que põe o estado na vitrine da agricultura nacional. Os dados mais recentes do boletim Agro em Dados, divulgado em maio pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), mostram que a colheita foi finalizada em 19 de abril, com uma produção de 20,4 milhões de toneladas — alta de 8% em relação ao ciclo anterior.

O rendimento médio das lavouras goianas foi o maior do país: 68,7 sacas por hectare. Com esse desempenho, Goiás garantiu a terceira colocação entre os estados que mais produziram soja no Brasil, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Paraná.

No cenário global, o Brasil segue firme na liderança da produção de soja. Responde hoje por 40% da oferta mundial da oleaginosa. Mas o avanço da cadeia não para na lavoura: os dados mais recentes indicam uma movimentação crescente também na industrialização, especialmente no setor do óleo de soja — onde o país ainda é superado por China e Estados Unidos, que juntos concentram quase metade da produção global.

Atualmente, o Brasil representa 17% da produção mundial de óleo de soja. Mas esse percentual deve crescer se os números de 2025 mantiverem o ritmo do primeiro trimestre. Entre janeiro e março deste ano, o Brasil exportou 402,7 mil toneladas de óleo de soja — alta de 73,2% em relação ao mesmo período de 2024. Goiás, nesse ponto, teve um desempenho ainda mais expressivo: foram 51,7 mil toneladas exportadas no trimestre, o dobro do volume do ano anterior, com salto de 130,9%.

Os embarques cresceram principalmente para a Índia, que se consolidou como principal compradora do óleo brasileiro. O país asiático ampliou em quase 63% suas compras nacionais do derivado e aumentou em quase 90% as aquisições oriundas de Goiás.

Os números reforçam um reposicionamento do estado de Goiás não apenas como celeiro de grãos, mas como elo estratégico no mercado de derivados. Com produtividade recorde no campo e crescimento nas exportações industriais, o estado sinaliza seu potencial de ocupar um espaço mais relevante em cadeias globais de valor — o que implica, também, desafios de logística, política comercial e sustentabilidade.

Fonte: Pensar Agro

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Relatório mostra que o matopiba sofrerá o maior impacto com a lei da EUDR

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Maranhão, Pará, Tocantins, Piauí e Bahia  (estados que formam o chamado “matopiba”) lideram o ranking de desmatamento no Brasil em 2024 — e estão entre os estados mais expostos aos impactos da nova legislação europeia que restringe importações de commodities ligadas à supressão de vegetação nativa – a chamada “moratória”.

Entenda aqui

Segundo um relatório da rede MapBiomas divulgado nesta quinta-feira (15.05), cerca de 310 mil imóveis rurais brasileiros podem ser afetados pela Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR, na sigla em inglês), que entrará em vigor no final de 2025. Esses imóveis estão situados em áreas com registro de desmatamento após 31 de dezembro de 2020 — marco legal da normativa europeia.

De acordo com o Relatório Anual do Desmatamento (RAD) do MapBiomas, o Brasil registrou 5,8 milhões de hectares desmatados entre janeiro de 2021 e dezembro de 2024, período integral coberto pelas restrições da EUDR. Isso equivale a cerca de 4% dos 7,8 milhões de imóveis rurais cadastrados no CAR (Cadastro Ambiental Rural). O Maranhão foi o estado que mais desmatou em 2024, com 218,2 mil hectares, seguido por Pará, Tocantins, Piauí e Bahia.

Entre os estados que ampliaram a supressão de vegetação em 2024, além do Maranhão, destacam-se Piauí (+5%), Acre (+31%), Rio Grande do Sul (+70%), Roraima (+8%) e Rio de Janeiro (+94%). O município de Sebastião Leal (PI), por exemplo, quase dobrou sua área desmatada de um ano para o outro.

Apesar dos dados críticos, o relatório do MapBiomas mostra queda de 32,4% no desmatamento em 2024 em relação ao ano anterior. Foram 1,24 milhão de hectares de vegetação suprimida, o segundo menor volume desde 2019.

Essa queda foi puxada por reduções significativas nos biomas Cerrado (-41,2%), Pantanal (-58,6%), Pampa (-42,1%), Caatinga (-13,4%) e Amazônia (-16,8%). Apenas a Mata Atlântica teve alta, com crescimento de 2%.

Ainda assim, 98,6% do desmatamento em 2024 teve como vetor principal a agropecuária, totalizando 1,22 milhão de hectares. Em comparação, em 2023, a agropecuária respondeu por 1,81 milhão de hectares desmatados.

Cerca de 43% da área suprimida no último ano estava legalizada, com autorizações emitidas por órgãos ambientais, somando 536,4 mil hectares. Contudo, a EUDR não distingue entre desmate legal e ilegal — o critério europeu é unicamente temporal.

Outro fator de destaque no relatório foi o crescimento do desmatamento relacionado a eventos climáticos extremos. Em 2023, apenas 277 hectares haviam sido associados a esse vetor. Em 2024, o número saltou para mais de 3 mil hectares, em grande parte por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, que respondeu sozinho por 2,8 mil hectares de perda de vegetação nativa.

A EUDR foi aprovada em 2023 e inicialmente teria vigência a partir de dezembro de 2024, mas seu início foi adiado em um ano, após pressões de países exportadores. Agora, as regras passam a valer daqui 7 meses – em 30 de dezembro de 2025. Mas já a partir de julho próximo teremos exigências mais rígidas para grandes empresas exportadoras.

A legislação estabelece que oito commodities e seus derivados — incluindo soja, carne bovina, madeira, borracha, cacau, café, óleo de palma e papel — só poderão entrar no bloco europeu se for comprovado que não estão associados a desmatamento após a data-limite, ainda que legal no país de origem.

A rastreabilidade georreferenciada será obrigatória: exportadores terão de apresentar a localização exata das propriedades produtoras, com comprovação de conformidade ambiental.

Fonte: Pensar Agro

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