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Saúde

Deputados são contra fechamento da Santa Casa e cobram definição do Estado

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou, nesta segunda-feira (19), uma audiência pública para discutir a proposta de venda do prédio da antiga Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. O presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Paulo Araújo (PP), foi enfático ao afirmar que o Poder Legislativo é contra o fechamento de qualquer serviço prestado pela Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.

“O primeiro posicionamento, muito claro da Assembleia Legislativa, é que nós somos contra o fechamento. Inclusive, vamos reiterar isso junto ao governo do Estado de Mato Grosso. Mesmo sem informações concretas sobre o plano do Executivo, nós nos posicionamos firmemente: somos contra o encerramento de qualquer serviço de saúde”, afirmou Araújo.

O deputado revelou que já esteve em diálogo com o governador Mauro Mendes (União), que prometeu apresentar diferentes alternativas para a unidade, mas até o momento nenhuma proposta oficial foi divulgada. Mas diante da indefinição por parte do governo, segundo Araújo, a Assembleia se mostra aberta a discutir novos formatos de gestão.

“Quer discutir modelo de gestão? Somos parceiros. Pode ser uma gestão terceirizada, compartilhada com o município ou mesmo manter o modelo atual. O que não aceitamos é o fechamento de serviços essenciais, como a oncologia e a pediatria, que são referências para Cuiabá e Várzea Grande”, destacou.

Durante audiência pública, a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Patrícia Neves, afirmou que o estado está aberto à ampliação do número de integrantes da comissão responsável por estudar a transição da antiga Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Segundo ela, a inclusão de novos órgãos e instituições no grupo é bem-vinda, especialmente aqueles que já atuam em parceria com o estado, como órgãos de controle e fiscalização.

“Acho louvável que outros órgãos façam parte desse planejamento. Principalmente instituições que nos auditam e que já estão sempre junto conosco. A Secretaria está aberta a esse processo porque também aguardamos definições finais. Mas seguimos com o planejamento para garantir que a sociedade continue sendo assistida”, declarou Patrícia.

Neves afirmou ainda que o governo está preocupado com a sociedade, especialmente com os pacientes crônicos que estão sendo assistidos pela Santa Casa. “Nós temos pacientes que praticamente moram na Santa Casa e precisamos garantir que eles continuem recebendo atendimento adequado. É nossa responsabilidade civil”, disse a secretária adjunta da SES.

Prédio – Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Mato Grosso, Dejamir Soares, a prioridade para os trabalhadores da antiga Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá é a compra do prédio da unidade de saúde para garantir o pagamento das dívidas trabalhistas.

“Se a prioridade para nós, trabalhadores da Santa Casa — e falo como alguém que é parte disso, como funcionário da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa quando ela fechou — é que seja feita a compra do prédio e a devida quitação com os colaboradores. Hoje, na faixa de 42 milhões de reais é o valor que supriria o déficit com os trabalhadores”, afirmou Soares. Ele destacou que a estrutura da antiga Santa Casa hoje pertence aos próprios funcionários. “Lembrando que a Santa Casa hoje é propriedade dos trabalhadores. Todo aquele conjunto de imóveis no centro de Cuiabá pertence aos trabalhadores. O que nós queremos é que aquilo seja vendido e que seja feita a quitação devida com todos os trabalhadores”.

Soares também ressaltou a importância estratégica da unidade hospitalar para o sistema de saúde pública do estado. “Cuiabá, Mato Grosso, não pode abrir mão de 218 leitos hospitalares, sendo 177 leitos de enfermaria, 41 leitos de UTIs e 10 centros cirúrgicos. A Santa Casa é uma potência hoje para diminuir o déficit da fila zero de cirurgia”, afirmou o presidente dos enfermeiros.

De acordo com o deputado Lúdio Cabral (PT), médico e integrante da Comissão de Saúde da ALMT, a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá não pode ser fechada. Segundo ele, se isso for concretizado pelo governo do estado vai ser “uma vergonha para a história do nosso Estado”. O parlamentar completou dizendo que “Cuiabá só é capital do estado de Mato Grosso graças a existência da Santa Casa de Misericórdia, com mais de 200 anos de história.

”Uma proposta alternativa para garantir a continuidade dos serviços hospitalares, segundo ele, é o caminho da desapropriação do prédio da Santa Casa pelo Governo do Estado e fazer a transferência da gestão para o Consórcio da Baixada Cuiabana (composto por 13 municípios), mas com custeio feito pelo governo do estado.

Conforme Cabral, em conversas realizadas com o presidente do Consórcio da Baixada Cuiabana, Neurilan Fraga, surgiu essa possibilidade de transferir a gestão da Santa Casa para o consórcio e de o governo manter o custeio da unidade de saúde.

Segundo o deputado, recursos financeiros não são problemas para o governo.“O governo estadual possui saldo disponível em caixa. O Estado tem quase R$ 500 milhões na conta da saúde para custeio. O hospital pode ser gerido pelo consórcio, com autonomia, contratando os profissionais e mantendo os serviços essenciais como oncologia, pediatria e atendimentos especializados que já são prestados à população”, disse,

Outro encaminhamento proposto pelo deputado Lúdio Cabral, durante a audiência pública, foi a “desapropriação do prédio da Santa Casa pelo governo do estado e com a participação da Assembleia Legislativa, ajudando na quitação das dívidas trabalhistas”, destacou o petista.

O deputado Carlos Avallone (PSDB) afirmou que houve uma conversa de um grupo de parlamentares, na semana passada, com o governador Mauro Mendes para saber se o Executivo já tinha formatado a proposta sobre o futuro da Santa Casa de Cuiabá.

“Não dá para fechar a Santa Casa. Os 24 parlamentares vão estar empenhados nesse assunto. Vamos estar ao lado da sociedade cuiabana. Não é solução começar a funcionar o Hospital Central de Cuiabá, fechando a Santa Casa. Essa não é a solução para a saúde pública de Mato Grosso”, disse Avallone.

Com o aumento do número de câncer em Mato Grosso, o 1º secretário da Assembleia Legislativa, Doutor João (MDB), propôs transformar a Santa Casa em uma unidade de saúde especializada em oncologia. Segundo ele, o Hospital de Câncer em Cuiabá não tem condições de atender a demanda. “Para saber se o paciente tem ou não câncer é preciso realizar uma biopsia. Isso é feito lá na Santa Casa. Ela faz isso”, disse o parlamentar.

Fonte: ALMT – MT

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Ministro da Saúde anuncia novo hospital universitário e libera R$ 170 milhões para municípios mineiros

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou nesta quinta-feira (12) o Protocolo de Intenções para a construção do Hospital Universitário da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que será erguido em Mariana (MG). Na ocasião, também foi anunciada a aprovação dos Planos de Ação em Saúde dos municípios de Mariana, Ouro Preto, Barra Longa e Rio Doce, liberando cerca de R$ 170 milhões para iniciativas de saúde.

Essas ações fazem parte do Novo Acordo da Bacia do Rio Doce, assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 6 de novembro de 2024. O acordo prevê o pagamento de R$ 12 bilhões pelas empresas Vale, Samarco e BHP Billiton para ações de saúde e pesquisa nos territórios afetados pela tragédia ambiental. Representa um avanço significativo em relação à proposta de 2016, que previa R$ 750 milhões.

“Um programa de R$ 12 bilhões com ações imediatas e permanentes para cuidar do futuro da saúde”, definiu Padilha. O ministro da Saúde informou que serão investidos R$ 220 milhões na construção do hospital universitário da UFOP, que funcionará como um polo de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais.

“Nosso sonho é ver pessoas que sofreram com o crime ambiental se tornarem médicos, enfermeiros e outros profissionais aqui na região. [O programa] Agora Tem Especialistas vai funcionar neste hospital que estamos anunciando hoje para cuidar da saúde do nosso povo”, afirmou Alexandre Padilha.

A nova estrutura promoverá a integração dos serviços, suprindo a carência de atendimentos de média e alta complexidade, reduzindo o deslocamento de pacientes e o tempo de espera por serviços especializados, em alinhamento com o programa Agora Tem Especialistas.

A nova unidade hospitalar de Mariana também contribuirá para a formação de profissionais de saúde no território afetado pelo desastre ambiental de 2015. O Ministério da Saúde investirá, ainda em 2025, mais R$ 400 milhões para a construção de pelo menos 60 unidades de atendimento, incluindo Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades Odontológicas Móveis, Policlínicas, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e reforço das equipes do SAMU nas regiões atingidas.

Entre as ações previstas para o hospital universitário está a criação de um Centro de Referência para Atendimento e Monitoramento da Exposição às Substâncias Químicas, que oferecerá atendimentos clínicos especializados, exames laboratoriais específicos, acompanhamento de casos de intoxicação e de doenças relacionadas a substâncias químicas. Também está prevista a criação do Biobanco do Rio Doce, que coletará e analisará amostras biológicas da população atingida, permitindo o acompanhamento contínuo dos danos à saúde ao longo dos anos.

Aprovação dos Planos de Ação Municipais 

Para receberem e executarem os recursos previstos no novo acordo, os municípios devem elaborar e pactuar seus Planos de Ação nas instâncias de governança locais. Com a aprovação formal desses planos, foram liberados R$ 139,8 milhões para Mariana, R$ 14,9 milhões para Ouro Preto, R$ 12,5 milhões para Barra Longa e R$ 2,4 milhões para Rio Doce, somando cerca de R$ 170 milhões em recursos para os municípios mineiros.  

O Ministério da Saúde destinará R$ 825 milhões até o final de 2026, permitindo a ampliação da infraestrutura, o reforço das equipes e a qualificação da gestão em saúde nos municípios afetados pelo rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, ocorrido em 2015. 

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

Hospitais do grupo GHC fazem mais de 100 cirurgias apenas na 1ª semana do terceiro turno

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Iniciativa do programa Agora Tem Especialistas, a implementação do terceiro turno no Grupo Hospitalar Conceição (GHC) já apresenta resultados positivos para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Apenas na primeira semana em que os hospitais da Criança Conceição, Nossa Senhora da Conceição, Cristo Redentor e Fêmina estenderam os horários de atendimento, 109 cirurgias foram realizadas.

Instituído no último dia 2 de junho, nas quatro unidades do GHC localizadas no Rio Grande do Sul, o terceiro turno ocorre de segunda a sexta-feira, das 19h à 1h, e aos sábados, das 7h às 19h. A medida faz parte de um pacote de ações do novo programa, que inclui a ampliação do uso da estrutura da rede pública. No GHC, a implementação do terceiro turno ocorre de forma gradual. A previsão é de que, até o final de agosto, o novo formato esteja operando com capacidade total.

Além da ampliação do horário de atendimento nos quatro hospitais, a Rede de Atenção Primária do GHC, composta por 12 unidades, também funcionará no terceiro turno. Sete Unidades Básicas de Saúde (UBSs) passarão a atender até as 22h, e cinco UBSs, até as 20h — nenhuma delas fechará ao meio-dia.

Outra novidade no GHC é o aumento para sete do número de equipes multiprofissionais, compostas por educador físico, fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, neuropediatra, psiquiatras (adulto e infantil), endocrinologista, cardiologista e ginecologista.

Desde o início do ano, o GHC já realizou 1.437 exames e 574 cirurgias eletivas, incluindo os mutirões realizados aos sábados.

Agora Tem Especialistas

O programa Agora Tem Especialistas visa ampliar o acesso da população a consultas, exames e cirurgias. A iniciativa permite que o Ministério da Saúde utilize toda a estrutura de saúde do país — pública e privada —, aumentando a capacidade de atendimento nas redes locais. A expectativa, com os novos mecanismos, é reduzir o tempo de espera dos pacientes, um gargalo histórico que se agravou com a pandemia.

No caso do GHC, o programa atuará na implantação do terceiro turno com a Oferta de Cuidados Integrados (OCIs), para acompanhar a jornada do paciente. Também serão oferecidas ações de fortalecimento da Atenção Primária, com o Mais Atenção Primária à Saúde e o Mais Saúde Digital, por meio de telediagnóstico, teleconsulta e teleconsultoria.

Fazem parte ainda da iniciativa a implantação de processos de controle, monitoramento e avaliação, além da comunicação direta com o usuário, por meio de aplicativos digitais, como o recém-lançado sistema de mensagens via WhatsApp para confirmação de consultas, e o aplicativo GHC Digital, disponível para celulares Android, com acesso aos resultados de exames.

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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