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AGRONEGÓCIO

Exportações de ovos aumentam 266% no 1º trimestre de 2025

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As exportações de ovos produzidos em Minas Gerais alcançaram aproximadamente R$ 23,2 milhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa um crescimento de 266% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume embarcado chegou a 2 mil toneladas, impulsionado principalmente pela crise de Influenza Aviária nos Estados Unidos, que reduziu a oferta interna no país e abriu espaço para fornecedores internacionais.

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a expectativa é de que, no segundo trimestre, o estado dobre os resultados, atingindo cerca de R$ 46,5 milhões em receita com pouco mais de 4 mil toneladas exportadas. A maior parte da demanda tem origem nos Estados Unidos, que, mesmo sendo o segundo maior produtor mundial de ovos, enfrentam abates massivos em seus plantéis devido à doença. Outros países que tradicionalmente importavam dos americanos, como México e Canadá, também passaram a buscar ovos brasileiros.

Minas Gerais responde por 7% da produção nacional de ovos, o equivalente a aproximadamente 431 milhões de dúzias por ano. O estado mantém um plantel de cerca de 21 milhões de galinhas poedeiras — cerca de 8% do rebanho brasileiro — e se destaca pela alta tecnificação da cadeia produtiva e pela qualificação dos produtores rurais.

Além disso, conta com um sistema de defesa sanitária reconhecido, executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o que tem sido decisivo para a confiança dos compradores internacionais.

Apesar do aumento nas exportações, a Seapa afirma que não há risco de desabastecimento do mercado interno. A quantidade de ovos destinada ao exterior representa apenas 1% da produção estadual, o que garante que 99% permaneçam disponíveis para o consumo doméstico. Segundo a secretaria, mesmo com a continuidade do crescimento das vendas externas, o estado tem capacidade para atender a ambos os mercados sem prejuízos à oferta interna.

Duas regiões se destacam na avicultura mineira com potencial exportador: o Norte de Minas, especialmente a região de Montes Claros, pela posição geográfica estratégica e papel logístico, e o Sul do estado, com destaque para o município de Pouso Alegre, onde a presença de cooperativas estruturadas e a proximidade com centros de pesquisa genética e o mercado paulista tornam a produção mais competitiva.

Essas regiões combinam escala industrial, acesso logístico e inovação tecnológica, fatores que contribuem para o desempenho acima da média do estado no cenário internacional.

Segundo a Seapa, o cenário internacional atual cria uma oportunidade importante para os produtores mineiros ampliarem sua presença no mercado externo, especialmente com o apoio do programa AgroExporta, voltado à promoção de produtos agropecuários de Minas Gerais no exterior.

A demanda aquecida por ovos no mercado global, aliada à capacidade técnica, sanitária e produtiva de Minas Gerais, reforça a posição do estado como fornecedor confiável e competitivo, com potencial de expansão sem comprometer o abastecimento interno.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Infraestrutura portuária emperra exportações do café brasileiro

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Mesmo fora do pico da safra, o Brasil deixou de embarcar mais de 737 mil sacas de café em abril deste ano por conta de entraves logísticos, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O prejuízo direto com armazenagem adicional chegou a R$ 6,6 milhões — mas o impacto é muito maior. A impossibilidade de escoamento representou perda de US$ 328,6 milhões (ou R$ 1,9 bilhão) em receita cambial que o país deixou de arrecadar no mês.

A situação escancara um problema crônico: a infraestrutura portuária nacional, especialmente nos principais corredores de exportação, não acompanha o ritmo da produção agrícola. Desde junho de 2024, os exportadores associados ao Cecafé já acumulam R$ 73,2 milhões em custos logísticos extras — reflexo de terminais saturados, gargalos operacionais e morosidade nos investimentos públicos.

Segundo a entidade, mesmo com menor volume de cargas nos terminais, típico da entressafra para produtos como o café, os problemas persistem. Isso aponta não para excesso de demanda, mas para deficiência estrutural. E quem sente o baque não são apenas os exportadores: o produtor rural também paga a conta.

O Brasil é um dos países que mais repassa ao cafeicultor o valor obtido com as exportações. Em média, neste ano, 88,3% do preço FOB é transferido aos produtores de café arábica e 96,5% aos de canéfora. Quando o café não sai do porto, a renda também não chega ao campo.

Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, afirma que o problema é sistêmico e que os anúncios de investimentos — como o leilão do Tecon Santos 10, a concessão do canal marítimo, o túnel Santos-Guarujá e a nova descida da Anchieta — são bem-vindos, mas lentos. “Essas melhorias devem levar cerca de cinco anos para sair do papel. A ideia de restringir a participação no leilão do Tecon Santos 10, por exemplo, pode judicializar o processo e agravar os atrasos”, alerta.

O café é apenas um símbolo de um problema mais amplo. A cadeia agroexportadora, que inclui desde grãos e carnes até fibras e frutas, depende de um sistema logístico eficiente para se manter competitiva no mercado internacional. Enquanto as soluções não chegam, o agronegócio brasileiro, que responde por boa parte do superávit comercial do país, segue enfrentando uma realidade em que o campo colhe, mas o porto não entrega.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

VBP da agropecuária deve ultrapassar R$ 1,5 trilhão em 2025

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O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do Brasil deve alcançar R$ 1,53 trilhão neste ano, com alta de 13,1% em relação a 2024. A projeção foi divulgada nesta terça-feira (20.05) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O número é superior ao previsto no mês passado, quando a entidade estimava um faturamento de R$ 1,51 trilhão.

A agricultura deve puxar esse crescimento, com previsão de R$ 1 trilhão em faturamento — valor 13,1% maior que o registrado em 2024. Entre os produtos, o milho se destaca, com crescimento estimado de 35,4% e VBP de R$ 173,6 bilhões. O bom desempenho é atribuído tanto à produção quanto aos preços praticados.

Outro destaque é o café, principalmente o robusta, que deve ter alta de 93,4% no VBP, seguido pelo arábica, com crescimento de 63,7%. Além da valorização dos preços, a previsão de uma safra mais favorável ajuda a explicar os números.

Outros produtos importantes para o campo também aparecem nas projeções da CNA:

  • Soja: R$ 367,9 bilhões (+10,1%);

  • Cana-de-açúcar: R$ 104,8 bilhões (-1,2%);

  • Pluma de algodão: R$ 35,8 bilhões (+4,3%);

  • Laranja: R$ 23,1 bilhões (-2,1%).

Na pecuária, o crescimento estimado é de 12,9%, com VBP previsto de R$ 520,3 bilhões. Carne bovina e ovos devem liderar esse avanço. A carne bovina pode alcançar R$ 252,2 bilhões em faturamento, com alta de 19,5%, enquanto os ovos devem ter um salto de 22,9%, somando R$ 29,2 bilhões. Leite, frango e carne suína também devem registrar crescimento, ainda que em ritmo mais moderado:

  • Leite: R$ 101,1 bilhões (+3,3%);

  • Carne de frango: R$ 92,5 bilhões (+7,5%);

  • Carne suína: R$ 45,1 bilhões (+7,7%).

Segundo a CNA, o VBP reflete o faturamento bruto das atividades agropecuárias dentro das propriedades rurais, calculado a partir da produção e dos preços reais médios (deflacionados pelo IGP-DI) recebidos pelos produtores em todo o país.

Com esse cenário, o setor agropecuário brasileiro segue como um dos principais motores da economia nacional, impulsionado por bons preços e produção consistente, apesar dos desafios climáticos e de mercado.

Leia aqui o comunicado técnico completo.

Fonte: Pensar Agro

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