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Economia & Finanças

Inadimplência das empresas atinge recorde de 7,1 milhões em janeiro, revela Serasa Experian

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Total representa 31,4% das companhias no país;

• Valor das dívidas somadas ultrapassa R$ 154 bilhões; 

Serasa –  Em janeiro de 2025, o número de companhias inadimplentes chegou a 7,1 milhões, o maior valor já registrado desde o início da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. Esse total representa 31,4% das empresas existentes no país. O valor das dívidas somadas chegou a R$ 154,9 bilhões, um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação a dezembro de 2024. Em média, cada CNPJ teve cerca de 7,2 contas negativadas no período. Confira a seguir os dados dos últimos 12 meses (quantidades e valor de dívidas):

“Esse aumento na inadimplência pode ser atribuído ao aumento das taxas de juros. Com a elevação dos juros, o custo do crédito para as empresas também sobe, tornando o financiamento mais caro e difícil de obter. Isso impacta diretamente a capacidade das companhias de gerenciar seu fluxo de caixa e cumprir suas obrigações financeiras. Além disso, o aumento dos juros pode diminuir a demanda por produtos e serviços, já que consumidores e outras empresas também enfrentam custos de crédito mais altos, resultando em menor receita para as empresas. Esse cenário cria um ciclo vicioso, onde a dificuldade de acesso a crédito e a redução de receitas levam a um aumento na inadimplência, afetando negativamente a saúde financeira das companhias”, explica a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.

Setor de “Serviços” liderou índice de inadimplência em janeiro

O setor de “Serviços” representou a maior parte das empresas com compromissos negativados (52,4%). Em seguida, ficou o “Comércio” com 35,3% e “Indústrias” com 8,0%. O grupo “Outros”, que inclui o segmento Financeiro e o Terceiro Setor, representou 3,3%, enquanto o setor “Primário” ficou com 1,0%. Em relação ao setor das dívidas, a categoria “Serviços” representou a maior parte delas (31,7%), seguida por “Bancos e Cartões” (20,5%). Veja, a seguir, o detalhamento deste recorte:

Alagoas liderou o ranking de empresas com contas em atraso 

Em janeiro, a análise das Unidades Federativas (UFs) revelou que Alagoas registrou a maior taxa de inadimplência das empresas do país, com 41,1% das companhias do estado com o CNPJ no vermelho. Em seguida, Distrito Federal (39,9%) e Pará (39,3%) também se destacaram entre os estados com mais empresas enfrentando pendências financeiras. Veja no gráfico abaixo as informações na íntegra:

Dívidas das micro e pequenas empresas chegou a R$ 133,9 bilhões no período

Das 7,1 milhões de companhias negativadas em janeiro, 6,6 milhões eram micro e pequenas porte. Juntas, essas empresas somaram 45,8 milhões de dívidas, cujo valor total foi de R$ 133,9 bilhões. Em média, cada companhia inadimplente possuía 6,9 contas atrasadas. Veja a seguir o detalhamento por UFs:

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.

Limpa Nome PJ 

As PMEs possuem agora um portal exclusivo para renegociação das suas dívidas com melhores condições, o Limpa Nome PJ. Neste portal, além das negociações é possível ter acesso a diversos outros serviços. Para consulta do seu Score PJ, realização de outras tarefas de gestão ou para limpar seu CPNJ, aprimorando a saúde financeira do seu negócio, acesse: https://empresas.serasaexperian.com.br/limpa-nome.

 

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Cesta básica bate recorde de preço em Cuiabá

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Cesta básica bate recorde de preço em Cuiabá, segundo Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MT

O acréscimo de 3,16% sobre o custo da cesta básica fez com que o mantimento registrasse um valor médio de R$ 830,54 em Cuiabá, nesta terceira semana de março. Este é o maior valor cobrado em todo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), após apresentar um aumento nominal de R$ 25,42 no custo médio da cesta básica na terceira semana de março sobre a imediatamente anterior. O forte crescimento contribuiu para elevar em 6,10% a diferença no custo da cesta quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando custava R$ 782,80 na média.

Gustavo Ourique – O tomate segue como principal item da cesta a impulsionar o preço do mantimento para cima, dessa vez, apresentando uma alta de 36,93%, a maior até então, chegando a custar R$ 9,93/kg, em média. A alta no preço do fruto pode estar relacionada a sua baixa oferta, algumas lavouras anteciparam seu período de colheita devido ao amadurecimento precoce da safra de verão, reduzindo, assim, a produção do mês de março.

O café também segue impactando no aumento de preço da cesta. Com alta semanal de 1,02%, o produto atingiu um custo médio de R$ 27,23/500g, influenciado pela antecipação da colheita da safra do grão. Para especialistas, a produção não será suficiente para atender tanto as demandas internas como externas, o que deve refletir em novos aumentos de preço do produto.

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou o impacto de determinados produtos no aumento de preço da cesta. “O café e, principalmente, o tomate foram os vilões. As questões climáticas e o dólar em alta seguem impactando a oferta de diversos produtos localmente e isso acaba impactando a quantidade de alimentos em circulação no mercado interno”.

O arroz registrou recuo de 3,98%, custando R$ 6,85/kg em média, o menor valor para o ano. Tal queda pode estar relacionada ao aumento da oferta interna do cereal, aliado à baixa demanda do produto. O valor se encontra 7,87% menor em comparação ao registrado na terceira semana do mês de março do ano passado.

Similarmente, o óleo de soja também apresentou uma redução de 2,76% no valor, registrando em torno de R$ 8,36/ml. Da mesma forma, a redução pode estar associada à boa safra de soja, que aumentou sua oferta no mercado. No entanto, o valor se encontra 16,81% mais alto se comparado aos registros do mesmo período de 2024.

“Ao todo, sete dos 13 produtos mostraram recuo de preço na semana, mas não foram suficientes para impedir este forte crescimento no custo do mantimento. No entanto, há uma boa expectativa com a supersafra 2024/2025, que deve apresentar uma expansão de 10,3% na produção, o que pode ajudar a frear esses aumentos”, completou Wenceslau Júnior.

 

O Sistema S do Comércio em Mato Grosso, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF-MT, é presidido pelo empresário José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.

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Copom eleva a taxa Selic para 14,25% a.a.

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​O ambiente externo permanece desafiador em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente pela incerteza acerca de sua política comercial e de seus efeitos. Esse contexto tem gerado ainda mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed e acerca do ritmo de crescimento nos demais países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário externo segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

BCB -Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, ainda que sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento. A inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentes.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se de forma relevante e situam-se em 5,7% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o terceiro trimestre de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,9% no cenário de referência (Tabela 1).

Persiste uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada; e (ii) um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais.

O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue impactando, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes.

O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista.

O Copom então decidiu elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 14,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião. Para além da próxima reunião, o Comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

 

Tabela 1

Projeções de inflação no cenário de referência

Variação do IPCA acumulada em quatro trimestres (%)

Índice de preços 2025 3º tri 2026
IPCA 5,1 3,9
IPCA livres 5,4 3,8
IPCA administrados 4,3 4,2

No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de R$5,80/US$, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2025. O valor para o câmbio foi obtido pelo procedimento usual. 

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