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ARTIGOS & OPINIÕES

Mato Grosso realiza seminário para fortalecer a apicultura. Um mercado de R$ 100 milhões

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*Por Dr. Omar Roberto da Silveira

A cidade de Sorriso (cerca de 400 km da capital, Cuiabá) será palco, quarta e quinta-feira (23 e 24), do 4º Seminário para o Desenvolvimento Agropecuário de Mato Grosso. O evento, que reúne instituições públicas e privadas, consórcios intermunicipais e dezenas de prefeituras, terá como foco principal o desenvolvimento da apicultura no estado. Entre os participantes, estão o Instituto do Agronegócio  (IA) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Feagro-MT).

Mato Grosso, conhecido pela sua força no agronegócio, tem se destacado também na produção de mel, com destaque para municípios como Sorriso. O estado ocupa atualmente a 4ª posição na produção apícola do Brasil, que é o maior produtor da América Latina e o 4º maior produtor mundial de mel. A produção apícola mato-grossense é responsável por uma parte significativa dessa produção nacional, com estimativas de que o estado produza anualmente cerca de 4 mil toneladas de mel.

A apicultura em Mato Grosso tem um potencial de mercado estimado em R$ 100 milhões, impulsionado pela produção de mel e outros produtos apícolas, como própolis e pólen. No entanto, a atividade enfrenta desafios como o uso inadequado de agrotóxicos, que causa mortes em massa de abelhas, afetando a produção e a saúde dos apicultores e da população

Além disso, o estado exporta uma grande parte de sua produção, com destinos principais sendo países da Europa e América do Norte, como Alemanha e Estados Unidos. A produção de mel no estado contribui para a diversificação da agricultura familiar, sendo uma alternativa importante de renda para pequenos e médios produtores rurais.

 

“O seminário representa uma oportunidade de alinharmos os produtores, órgãos públicos e privados para o fortalecimento da apicultura em Mato Grosso. A atividade vem se consolidando como uma alternativa estratégica para o agronegócio local, com grande potencial de crescimento. Com políticas públicas e tecnologias adequadas, podemos ampliar a produção e, consequentemente, gerar mais renda e sustentabilidade para a região”, afirma o Dr. Omar Roberto da Silveira, auditor fiscal federal agropecuário e chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura e Pecuária de Sorriso.

A apicultura também desempenha um papel ambiental fundamental, já que as abelhas são essenciais para a polinização de diversas culturas agrícolas, como soja, milho e café, presentes em Mato Grosso. Isso fortalece ainda mais a importância da atividade, não só como uma fonte de renda, mas também como um elemento-chave para a segurança alimentar e a sustentabilidade da agricultura.

O seminário contará com palestras e painéis que discutirão o aprimoramento das práticas apícolas, a melhoria da sanidade dos apiários e estratégias de comercialização e exportação. A participação no evento será presencial, com inscrição disponível através de link online, e as apresentações também serão transmitidas ao vivo para atingir um público ainda maior.

O seminário representa, portanto, mais uma etapa para consolidar Mato Grosso como um dos maiores polos apícolas do Brasil e reforçar a importância dessa atividade para a economia e o meio ambiente no estado.

“Em razão de solucionarmos os entraves da apicultura, estimulando a produção de mel em Mato Grosso, a Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária, bem como o Conselho Federal de Medicina Veterinária tiveram a iniciativa de realizar este evento, visando construir aqui é uma base sólida para transformar a apicultura em uma atividade ainda mais relevante para a economia local. Nosso objetivo é garantir que o produtor tenha conhecimento, estrutura e apoio para crescer com segurança e qualidade”, afirma o Dr. Omar Roberto da Silveira, auditor fiscal federal agropecuário e chefe da Unidade Técnica Regional de Agricultura e Pecuária de Sorriso.

Veja a programação e outras informações apontando seu celular para o QRCode.
O evento contará com palestras técnicas, painéis de discussão e encaminhamentos para políticas públicas voltadas ao setor. A participação é gratuita, e as apresentações também estarão disponíveis online, ampliando o alcance das informações e propostas debatidas durante o seminário.

Fonte: Pensar Agro

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Quando a fé encontra a floresta: a urgência de cuidar da nossa casa comum

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Por Sonia Mazetto*

Você já ouviu falar da Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais no Brasil (IRI-Brasil)? Talvez ainda não, mas se você acredita na força do coletivo, na espiritualidade como ponte de transformação e no poder das pequenas ações, está mais perto desse movimento do que imagina. Eu, como curiosa que sou, já faço parte.

Esse movimento é um projeto muito especial que une líderes religiosos de diversas tradições, incluindo cristãos, ayahuasqueiros, espíritas, povos indígenas, entre outros, todos em torno de uma missão comum: defender as florestas tropicais, combater as mudanças climáticas e proteger os direitos de comunidades tradicionais. O mais importante disso tudo é entender que atuamos muito além da política, mas também pelo respeito à criação, à vida e à dignidade.

Quando conheci o movimento, a primeira pergunta que me veio foi: o que exatamente significa “inter-religioso”? A resposta, para minha surpresa, era mais simples e mais poderosa do que eu imaginava. Trata-se de um chamado para que todas as religiões, sem abrir mão de suas crenças ou práticas, assumam seu papel de liderança na formação de consciência ambiental. Esse seria um convite para que os líderes religiosos, e toda a sua potência como porta-vozes, possam estimular as pessoas a agirem e adotarem valores em atitudes.

Às vezes nos parece distante a ideia de cuidar do meio ambiente. É como se não morássemos no planeta. Agora pense em seu quintal, a Terra vai além de nosso quintal, ela é nossa casa. O movimento mostra que o cuidado ocorre em ações simples, como promover limpeza de parques com jovens, falar sobre descarte correto do lixo nas igrejas, abordar a crise hídrica com crianças e até organizar campanhas comunitárias com apoio de tecnologias sociais, como filtros de água para populações em risco. Acontece também no simbólico: ao plantar uma árvore em uma celebração, ao orar pela Terra, ao reconhecer que o planeta adoece quando o ser humano se distancia do cuidado.

Esse movimento me tocou profundamente. Não apenas pela causa ambiental, mas porque ele fala também de saúde espiritual, de convivência, de tolerância religiosa. Num mundo onde ainda há quem quebre imagens de fé por ódio ou medo do diferente, o IRI escolhe o caminho inverso: o da união pela vida. Afinal, o planeta é um só e a floresta é de todos, seja você de qual crença for.

Não há mais tempo para romantizar o colapso ambiental. Os dados são duros, as queimadas aumentam a cada ano, a água limpa falta em muitos lugares, as enchentes devastam onde antes nem chovia. Não há venda que esconda que o clima extremo já é realidade, mas acredito que ainda há espaço para esperança, e ela começa por mim e por você, com ações locais, sustentadas por fé, ciência e comunidade.

O planeta não é cenário, é personagem e está pedindo socorro. Talvez o profeta Isaías já soubesse disso quando questionava a dor da Terra… e pode ser que a resposta que ele recebeu, de que o sofrimento seria passageiro e que haveria restauração, ainda venha a se realizar. Mas nada “cai dos céus”, sem esforço e mudança e, com certeza, sem união.

Cuidar do planeta não é um gesto grandioso, é um gesto diário, como quem rega o que ama. Afinal, proteger a Terra é, no fim das contas, cuidar da nossa própria história e, se pensarmos bem, o futuro começa onde nossos pés pisam HOJE. Que a floresta que cresce lá fora também floresça dentro de nós.

 

*Sonia Mazetto –

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O caminho até a cidadania portuguesa: uma jornada pela descendência sefardita

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Processo exige documentação extensa e apoio jurídico especializado

Fortes Máximo, 69 anos, vive no estado do Rio de Janeiro e sempre soube de suas raízes familiares, mas não imaginava que sua ancestralidade o levaria a buscar a nacionalidade portuguesa. Seu antepassado do século XV serviu à coroa espanhola em um período marcado pela Inquisição, que resultou na expulsão de judeus sefarditas da Península Ibérica.

Desde 2015, Portugal permite que descendentes de judeus sefarditas solicitem a nacionalidade portuguesa, reconhecendo a herança histórica dessas comunidades. No entanto, o processo é complexo e exige comprovação documental detalhada da linhagem familiar. Máximo iniciou sua jornada com o auxílio de um genealogista, mas enfrentou dificuldades quando a Comunidade Israelita de Lisboa, responsável por certificar a ascendência sefardita, não aceitou a documentação apresentada. Sem essa certificação, o pedido de nacionalidade não poderia prosseguir.

Diante deste obstáculo, ele decidiu aprofundar seus próprios estudos genealógicos, consultando arquivos históricos e corrigindo inconsistências em registros antigos. Após reunir as evidências necessárias, ainda enfrentava um desafio: o tempo. Com problemas de saúde, precisava que seu pedido fosse analisado com urgência. Foi então que procurou a assessoria jurídica da Martins Castro, especializada em processos de nacionalidade portuguesa. “Se tivesse desde o início uma assessoria jurídica que entende a complexidade, sabe quais passos são necessários para que o processo todo seja bem sucedido e agilizado, talvez já estivesse com a minha nacionalidade concluída”, afirma Máximo.

A equipe jurídica, liderada por Isabel Comte, jurista que atuou por 16 anos como conservadora dos registros na Conservatória dos Registos Centrais de Lisboa, entrou com um pedido especial para acelerar o trâmite. A experiência no setor fez diferença: o caso de Máximo avançou. Hoje, ele aguarda os últimos passos para concluir sua nacionalidade.

Nos últimos anos, o processo de nacionalidade portuguesa por descendência sefardita tem passado por mudanças significativas. A Lei Orgânica n.º 1/2024, de 5 de março, introduziu a exigência de residência legal em Portugal por pelo menos três anos para os candidatos, tornando o procedimento ainda mais complexo. Além disso, o aumento no número de solicitações resultou em atrasos consideráveis na análise dos pedidos, com médias de espera entre dois a três anos para processos de descendentes de judeus sefarditas.

A experiência de Fortes Máximo evidencia a importância de uma assessoria jurídica qualificada para navegar pelas complexidades do processo de nacionalidade portuguesa por via sefardita. A comprovação documental minuciosa e as constantes alterações legislativas tornam o acompanhamento profissional não apenas recomendável, mas essencial para o sucesso da solicitação.

Sobre a Martins Castro

Com sede em Lisboa, Portugal, Martins Castro foi fundada pelo brasileiro Renato Martins e presta consultoria jurídica especializada em mobilidade internacional para indivíduos e empresas interessados em estabelecer-se na Europa.

Entre os serviços oferecidos estão processos de nacionalidade portuguesa por via sefardita, reconhecimento de nacionalidade para descendentes de cidadãos portugueses, nacionalidade espanhola, obtenção de vistos e autorizações de residência, abertura de negócios, consultoria empresarial, investimentos e habilitação profissional.

A Martins Castro mantém operações em Lisboa e unidades no Brasil, México, Colômbia, Estados Unidos e Israel, viabilizadas por uma rede internacional de conexões.

 

Por Adriana – Agência EmeDois

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