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Saúde

Mato Grosso tem 71% das mortes por chikungunya do país

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A Assembleia Legislativa realiza, no dia 28 de abril, a partir das 10h, na Sala de Comissões da Assembleia Legislativa, audiência pública para debater a epidemia de chikungunya, dengue e zika em Mato Grosso. O deputado estadual e médico Lúdio Cabral (PT), autor do pedido, destacou que a situação em Mato Grosso é muito mais grave que no restante do Brasil.

“Mato Grosso registrou quase metade de todos os casos de chikungunya notificados no Brasil no ano de 2025. De um total de 73 mil casos no país, 33 mil foram em Mato Grosso. Das 63 mortes por chikungunya no país, 45 aconteceram em Mato Grosso. Então é uma situação gravíssima e nós queremos debater essa pauta em uma audiência pública para buscar as causas e as soluções para esse problema”, disse Lúdio, que é médico sanitarista, especialista em saúde coletiva e no tratamento de doenças nas populações.

Com o tema “A Situação da Epidemia de Arboviroses (Chikungunya, Dengue e Zika) no Estado de Mato Grosso”, a audiência vai reunir pesquisadores, especialistas, profissionais de saúde, gestores da saúde pública e população para debater as ações que estão sendo feitas e como melhorar a atuação para combater a epidemia, tratar essas doenças, e reduzir a mortalidade. Elas são chamadas de arboviroses por serem transmitidas por um mosquito, o aedes aegipty.

Entre 1º de janeiro e 23 de abril de 2025, Mato Grosso registrou 33.071 casos de chikungunya e 45 óbitos. É o maior número de casos da doença e de óbitos entre todos os Estados do Brasil. Mato Grosso concentra 45% do total de casos de chikungunya registrados no Brasil e 71% das mortes. O Estado também tem a maior incidência, com 862 casos de chikungunya a cada 100 mil habitantes. Esses números estão muito acima dos números dos outros estados, evidenciando a gravidade da epidemia em Mato Grosso.

Em todo o país, foram 73.188 casos de chikungunya e 63 óbitos no mesmo período, e a taxa de incidência é de 34,4 casos a cada 100 mil habitantes. Em segundo lugar no ranking de incidência, está Mato Grosso do Sul, com 255,2 casos da doença a cada 100 mil habitantes, e um total de 7.406 casos notificados. Rondônia vem em terceiro lugar, com 97,7 casos da doença a cada 100 mil habitantes, e um total de 1.706 casos notificados.

Serviço:

Audiência pública – A Situação da Epidemia de Arboviroses (Chikungunya, Dengue e Zika) em Mato Grosso

Data: 28/04 (segunda-feira)

Horário: 10h

Local: Sala de Comissões – ALMT

Fonte: ALMT – MT

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Saúde

Em São Paulo, SUS realiza a terceira infusão de zolgensma em bebê com AME

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O Sistema Único de Saúde (SUS) deu mais um passo histórico, nesta terça-feira (20), ao realizar, no Hospital da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a terceira infusão de zolgensma, medicamento de altíssimo custo indicado para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME). O paciente é um bebê com menos de 6 meses de idade, nascido na capital paulista.

Esta é a primeira aplicação do medicamento no estado de São Paulo por meio do SUS, e a terceira em todo o país. As duas primeiras infusões ocorreram no último dia 14, simultaneamente no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília, e no Hospital Maria Lucinda, em Recife.

“Com a criança atendida agora no Hospital da Unicamp, já somamos três pacientes que receberam a terapia gênica por meio do acordo de compartilhamento de risco. Isso mostra que estamos avançando de forma bem-sucedida e segura na implementação desse tratamento para a AME no Sistema Único de Saúde”, explicou o coordenador-geral de Doenças Raras do Ministério da Saúde, Natan Monsores de Sá.

O zolgensma é a primeira terapia gênica disponibilizada na rede pública de saúde no Brasil. Essa técnica inovadora trata doenças genéticas diretamente no DNA, por meio da introdução de genes saudáveis, chamados de terapêuticos, para substituir, corrigir ou complementar genes defeituosos ou inativos que causam problemas de saúde.

A aplicação é feita em dose única, por infusão intravenosa realizada por um profissional de saúde treinado. Após o procedimento, o paciente permanece em observação por algumas horas e, depois, passa a ser acompanhado pelo serviço de referência por até cinco anos, conforme as diretrizes clínicas.

Tratamento inovador

O neuropediatra do Hospital da Universidade Estadual de Campinas, Marcondes França Júnior, responsável pelo procedimento realizado na última terça-feira (20), falou da importância desse tratamento no âmbito do SUS. “Para quem, assim como eu, conhece as doenças neuromusculares há muitos anos sabe o quanto esse momento é simbólico. Já vimos crianças morando em hospitais porque não havia tratamento, entubadas, traqueostomizadas, sem nenhuma perspectiva. Hoje, poder oferecer um tratamento inovador, uma correção genética dentro de um hospital de clínica, para pacientes do SUS, é algo que até pouco tempo atrás parecia impensável”.

E completou: “Todo o time está extremamente engajado — neurologia, farmácia, pediatria — todos se mobilizaram para fazer essa infusão acontecer. Esse caso, sem dúvida, será emblemático para nós, e estamos muito esperançosos com os resultados”.

A incorporação do zolgensma ao SUS foi possível graças a um Acordo de Compartilhamento de Risco firmado entre o Ministério da Saúde e a fabricante do medicamento. Pelo modelo inédito no Brasil, o pagamento do medicamento — que custa cerca de R$ 7 milhões por dose — está condicionado ao resultado do tratamento no paciente. A negociação também garantiu ao Brasil o menor preço de lista do mundo.

A medicação é destinada exclusivamente a crianças com AME tipo 1 com até 6 meses de idade e que não utilizem ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas diárias. Até o momento, 15 solicitações já foram protocoladas no SUS para realizar o tratamento.

Evolução nas habilidades motoras

Com a aplicação, essas crianças têm a possibilidade de alcançar marcos motores importantes, como sustentar o tronco, sentar-se sem apoio, engolir e mastigar — habilidades severamente comprometidas pela progressão da doença. Sem tratamento, a AME tipo 1 pode levar à morte antes dos 2 anos de idade.

Além do zolgensma, o SUS também oferece outras opções terapêuticas para AME, como o nusinersena e o risdiplam, de uso contínuo. No entanto, pacientes que recebem o zolgensma não precisam de outras terapias para a doença.

Para ter acesso ao medicamento, famílias devem buscar um dos 36 serviços especializados em doenças raras do SUS.

O Hospital da Unicamp está entre os 22 centros já habilitados a realizar a infusão da terapia gênica em todo o país. Outras nove unidades estão em fase de capacitação.

Onde encontrar os serviços de referência em São Paulo:

Cidade Hospital
Campinas Hospital da UNICAMP
Ribeirão Preto HC Ribeirão Preto
São José do Rio Preto Hospital de Base de São José do Rio Preto
São Paulo HC São Paulo
Botucatu Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP)
Taubaté Grupo de Assistência à Criança com Câncer 

 
Simone Sampaio
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

Ministério da Saúde apresenta novos indicadores de indução de boas práticas para a Atenção Primária

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O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (21/5), os novos indicadores do componente de qualidade do cofinanciamento federal da Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS. Esses indicadores servirão como referência para o monitoramento das ações ofertadas pelas equipes nos territórios e fazem parte do incentivo financeiro de melhoria contínua do cuidado.

Ao todo, são 15 indicadores, organizados em três blocos: Equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Primária (eAP); Equipes Multiprofissionais (eMulti); e Equipes de Saúde Bucal (eSB).

Os indicadores integram o componente de qualidade, um dos pilares da nova metodologia de cofinanciamento federal da APS, instituída em 2024. O modelo considera o desempenho das equipes e a oferta efetiva de ações e serviços como critérios para a definição do valor mensal repassado aos municípios. A mensuração levará em conta os resultados alcançados em cada indicador, envolvendo todos os membros da equipe na oferta do cuidado integral à população.

Durante a transmissão ao vivo, realizada em parceria com o Conasems e o Conass, a secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, apresentou os novos indicadores e explicou como será feita a avaliação do desempenho das boas práticas pelas equipes. São eles:

  • Ações interprofissionais realizadas pela eMulti
  • Média de atendimentos por pessoa assistida pela eMulti
  • Mais acesso à APS
  • Cuidado da pessoa com diabetes
  • Cuidado da pessoa com hipertensão
  • Cuidado da gestante e do puerpério
  • Cuidado da mulher na prevenção do câncer
  • Cuidado da pessoa idosa
  • Cuidado no desenvolvimento infantil
  • Escovação dentária supervisionada em faixa etária escolar
  • Primeira consulta odontológica programada
  • Tratamento odontológico concluído
  • Tratamento restaurador atraumático
  • Procedimentos odontológicos preventivos
  • Taxa de exodontias realizadas

“Os indicadores vão apoiar e orientar profissionais e gestores na ponta a compreender melhor o padrão esperado do cuidado a ser ofertado pelas equipes. O componente de qualidade permite identificar melhor as lacunas nas ações ofertadas e avançar no planejamento e na qualificação dos serviços prestados nos territórios”, afirmou a secretária Ana Luiza.

Composição do financiamento

  • Além do componente de qualidade, o cofinanciamento federal da APS inclui outros dois componentes:
  • Fixo, baseado na classificação do município segundo o Índice de Equidade e Dimensionamento (IED);
  • Vínculo e Acompanhamento Territorial, que considera critérios como vulnerabilidade social, cadastro e acompanhamento das pessoas pelas equipes, além da satisfação dos usuários atendidos.

Acesse as fichas completas com a descrição dos indicadores, orientações de uso e critérios de avaliação

Luciano Marques
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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