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Saúde

Ministério da Saúde amplia ações prioritárias de enfrentamento à dengue para 312 municípios

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As novas ações de enfrentamento à dengue vão priorizar 312 municípios com alta transmissão da doença ou número de casos em ascensão. Com a ampliação, o Ministério da Saúde segue fortalecendo o apoio aos estados e municípios para reduzir casos graves e óbitos. As equipes da Força Nacional do SUS estão preparadas para atender às cidades e apoiar na organização da assistência, com capacidade para instalar até 150 centros de hidratação. Nesse contexto, também está o novo guia que possibilita enfermeiros indicarem exames e medicamentos nas emergências, garantindo assistência no menor tempo. 

Acesse a lista dos 312 municípios

Os 312 municípios prioritários estão divididos em 21 estados, além do Distrito Federal, abarcando todas as regiões do país. Do total, 114 são de São Paulo, 42 de Minas Gerais e 28 do Paraná. Até a semana epidemiológica 14 (05/04), 73% dos casos de dengue no Brasil estão concentrados em São Paulo, Minas Gerais e Paraná, com 86% dos óbitos. Considerando que o processo de transmissão da dengue é muito dinâmico, essa lista estará constantemente em revisão para a inclusão de mais cidades, se necessário.

Em 2025, até o dia 05/04, Brasil registrou queda de 75% no número de casos e 83% nos óbitos por dengue quando comparado com o mesmo período no ano anterior. Até o momento, são 998,6 mil casos, em 2025, ante 4 milhões no mesmo período no ano anterior. Quanto aos óbitos, há 634 confirmados diante dos 3,8 mil contabilizados no mesmo período do ano passado.  A redução é resultado das ações coordenadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios e a mobilização da população. 

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde intensifica as ações de vigilância, diagnóstico e assistência. “Distribuímos seis milhões de testes rápidos, além de insumos para diagnóstico laboratorial e controle do vetor. Já foram realizados mais de 650 mil exames laboratoriais pelos LACENs, que são laboratórios estaduais apoiados pelo ministério. E onde houver necessidade, a Força Nacional do SUS será acionada”, explica a secretária de vigilância em saúde e ambiente, Mariângela Simão.

Força Nacional do SUS reforça assistência

Com a intensificação das ações, a FN-SUS iniciou treinamentos e reorientação da rede assistencial em Viamão (RS) e Marília (SP) para apoiar o funcionamento das unidades de saúde e viabilizar o atendimento adequado de pacientes com dengue. No total, a equipe realizou mais de 3,6 mil atendimentos em São José do Rio Preto (SP), município com maior número de casos da doença. Santarém (PA), Amapá, Macapá e Santana (AP), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Cuiabá e Várzea Grande (MT) e Breves (PA) também receberam missões.

Para a viabilização do elenco de medidas para o controle das arboviroses, como o envio de inseticidas, testes rápidos e laboratoriais, 100% das demandas feita por estados e municípios foram atendidas. 

Guias e novas diretrizes auxiliam no controle da dengue

O Ministério da Saúde publicou, na última semana, novas normas e diretrizes voltadas ao atual momento epidemiológico, com objetivo de contribuir para a organização da assistência com o atendimento aos pacientes no menor tempo, evitando atraso no diagnóstico e início do tratamento, reduzindo o risco de agravamento dos pacientes.

Confira cada um deles: 

  • Guia da Enfermagem para Arboviroses, que inclui orientações para a autonomia aos profissionais na indicação de exames, medicamentos e hidratação na rede de urgência, como já ocorre na Atenção Básica. 
  • Guia para Agentes Comunitários de Saúde, com orientações para a busca ativa de pessoas com sintomas, e que não se vacinaram, não vacinados dentro das orientações técnicas, além de demais ações preventivas. 
  • Diretrizes Nacionais para a Prevenção e o Controle das Arboviroses Urbanas, que atualizam a última versão de 2009, com a incorporação de novas tecnologias com evidências científicas, avaliação do risco intramunicipal, entre outras.
  • Diretrizes para Organização do Componente Assistência à Dengue nos Planos de Contingência de Resposta a Emergências em Saúde Pública, que reorientam a organização dos serviços de assistência em saúde para enfrentar epidemias, com o maior objetivo da redução das internações hospitalares e óbitos. 

Além disso, o Ministério da Saúde iniciou o apoio aos estados e municípios para a implementação do Manejo Clínico Sindrômico em regiões endêmicas, que consiste em protocolos e processos para subsidiar a identificação da doença já nos primeiros sintomas. Uma ação piloto será realizada em 10 municípios onde circulam mais de um vírus.  A ação já começou em Breves (PA) e seguirá para Macapá (AP) na próxima semana. O intuito é analisar os resultados para estruturar a conduta para todo o Brasil. 

Qualificação e formação profissional

O Ministério da Saúde também vai apoiar a formação profissional. São 50 mil novas vagas para o curso autoinstrucional de Dengue da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), para aperfeiçoar o atendimento em todo o país. Conteúdos informativos e educativos serão enviados para 50 mil agentes comunitários de saúde, profissionais do Mais Médicos e residentes. E com a tecnologia a favor, a pasta vai reunir lideranças do Programa Mais Médicos em webinário para disseminar estratégias de combate e prevenção da doença, com alcance previsto de 20 mil pessoas. 

Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

Em São Paulo, SUS realiza a terceira infusão de zolgensma em bebê com AME

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O Sistema Único de Saúde (SUS) deu mais um passo histórico, nesta terça-feira (20), ao realizar, no Hospital da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a terceira infusão de zolgensma, medicamento de altíssimo custo indicado para o tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME). O paciente é um bebê com menos de 6 meses de idade, nascido na capital paulista.

Esta é a primeira aplicação do medicamento no estado de São Paulo por meio do SUS, e a terceira em todo o país. As duas primeiras infusões ocorreram no último dia 14, simultaneamente no Hospital da Criança José Alencar, em Brasília, e no Hospital Maria Lucinda, em Recife.

“Com a criança atendida agora no Hospital da Unicamp, já somamos três pacientes que receberam a terapia gênica por meio do acordo de compartilhamento de risco. Isso mostra que estamos avançando de forma bem-sucedida e segura na implementação desse tratamento para a AME no Sistema Único de Saúde”, explicou o coordenador-geral de Doenças Raras do Ministério da Saúde, Natan Monsores de Sá.

O zolgensma é a primeira terapia gênica disponibilizada na rede pública de saúde no Brasil. Essa técnica inovadora trata doenças genéticas diretamente no DNA, por meio da introdução de genes saudáveis, chamados de terapêuticos, para substituir, corrigir ou complementar genes defeituosos ou inativos que causam problemas de saúde.

A aplicação é feita em dose única, por infusão intravenosa realizada por um profissional de saúde treinado. Após o procedimento, o paciente permanece em observação por algumas horas e, depois, passa a ser acompanhado pelo serviço de referência por até cinco anos, conforme as diretrizes clínicas.

Tratamento inovador

O neuropediatra do Hospital da Universidade Estadual de Campinas, Marcondes França Júnior, responsável pelo procedimento realizado na última terça-feira (20), falou da importância desse tratamento no âmbito do SUS. “Para quem, assim como eu, conhece as doenças neuromusculares há muitos anos sabe o quanto esse momento é simbólico. Já vimos crianças morando em hospitais porque não havia tratamento, entubadas, traqueostomizadas, sem nenhuma perspectiva. Hoje, poder oferecer um tratamento inovador, uma correção genética dentro de um hospital de clínica, para pacientes do SUS, é algo que até pouco tempo atrás parecia impensável”.

E completou: “Todo o time está extremamente engajado — neurologia, farmácia, pediatria — todos se mobilizaram para fazer essa infusão acontecer. Esse caso, sem dúvida, será emblemático para nós, e estamos muito esperançosos com os resultados”.

A incorporação do zolgensma ao SUS foi possível graças a um Acordo de Compartilhamento de Risco firmado entre o Ministério da Saúde e a fabricante do medicamento. Pelo modelo inédito no Brasil, o pagamento do medicamento — que custa cerca de R$ 7 milhões por dose — está condicionado ao resultado do tratamento no paciente. A negociação também garantiu ao Brasil o menor preço de lista do mundo.

A medicação é destinada exclusivamente a crianças com AME tipo 1 com até 6 meses de idade e que não utilizem ventilação mecânica invasiva por mais de 16 horas diárias. Até o momento, 15 solicitações já foram protocoladas no SUS para realizar o tratamento.

Evolução nas habilidades motoras

Com a aplicação, essas crianças têm a possibilidade de alcançar marcos motores importantes, como sustentar o tronco, sentar-se sem apoio, engolir e mastigar — habilidades severamente comprometidas pela progressão da doença. Sem tratamento, a AME tipo 1 pode levar à morte antes dos 2 anos de idade.

Além do zolgensma, o SUS também oferece outras opções terapêuticas para AME, como o nusinersena e o risdiplam, de uso contínuo. No entanto, pacientes que recebem o zolgensma não precisam de outras terapias para a doença.

Para ter acesso ao medicamento, famílias devem buscar um dos 36 serviços especializados em doenças raras do SUS.

O Hospital da Unicamp está entre os 22 centros já habilitados a realizar a infusão da terapia gênica em todo o país. Outras nove unidades estão em fase de capacitação.

Onde encontrar os serviços de referência em São Paulo:

Cidade Hospital
Campinas Hospital da UNICAMP
Ribeirão Preto HC Ribeirão Preto
São José do Rio Preto Hospital de Base de São José do Rio Preto
São Paulo HC São Paulo
Botucatu Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP)
Taubaté Grupo de Assistência à Criança com Câncer 

 
Simone Sampaio
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

Ministério da Saúde apresenta novos indicadores de indução de boas práticas para a Atenção Primária

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O Ministério da Saúde lançou, nesta quarta-feira (21/5), os novos indicadores do componente de qualidade do cofinanciamento federal da Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS. Esses indicadores servirão como referência para o monitoramento das ações ofertadas pelas equipes nos territórios e fazem parte do incentivo financeiro de melhoria contínua do cuidado.

Ao todo, são 15 indicadores, organizados em três blocos: Equipes de Saúde da Família (eSF) e de Atenção Primária (eAP); Equipes Multiprofissionais (eMulti); e Equipes de Saúde Bucal (eSB).

Os indicadores integram o componente de qualidade, um dos pilares da nova metodologia de cofinanciamento federal da APS, instituída em 2024. O modelo considera o desempenho das equipes e a oferta efetiva de ações e serviços como critérios para a definição do valor mensal repassado aos municípios. A mensuração levará em conta os resultados alcançados em cada indicador, envolvendo todos os membros da equipe na oferta do cuidado integral à população.

Durante a transmissão ao vivo, realizada em parceria com o Conasems e o Conass, a secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, apresentou os novos indicadores e explicou como será feita a avaliação do desempenho das boas práticas pelas equipes. São eles:

  • Ações interprofissionais realizadas pela eMulti
  • Média de atendimentos por pessoa assistida pela eMulti
  • Mais acesso à APS
  • Cuidado da pessoa com diabetes
  • Cuidado da pessoa com hipertensão
  • Cuidado da gestante e do puerpério
  • Cuidado da mulher na prevenção do câncer
  • Cuidado da pessoa idosa
  • Cuidado no desenvolvimento infantil
  • Escovação dentária supervisionada em faixa etária escolar
  • Primeira consulta odontológica programada
  • Tratamento odontológico concluído
  • Tratamento restaurador atraumático
  • Procedimentos odontológicos preventivos
  • Taxa de exodontias realizadas

“Os indicadores vão apoiar e orientar profissionais e gestores na ponta a compreender melhor o padrão esperado do cuidado a ser ofertado pelas equipes. O componente de qualidade permite identificar melhor as lacunas nas ações ofertadas e avançar no planejamento e na qualificação dos serviços prestados nos territórios”, afirmou a secretária Ana Luiza.

Composição do financiamento

  • Além do componente de qualidade, o cofinanciamento federal da APS inclui outros dois componentes:
  • Fixo, baseado na classificação do município segundo o Índice de Equidade e Dimensionamento (IED);
  • Vínculo e Acompanhamento Territorial, que considera critérios como vulnerabilidade social, cadastro e acompanhamento das pessoas pelas equipes, além da satisfação dos usuários atendidos.

Acesse as fichas completas com a descrição dos indicadores, orientações de uso e critérios de avaliação

Luciano Marques
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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