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AGRONEGÓCIO

Queda do dólar pressiona exportações, mas reduz custos de produção no agronegócio

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A contínua desvalorização do dólar frente ao real agora em janeiro tem gerado impactos significativos para o agronegócio brasileiro, especialmente no setor exportador. A moeda norte-americana encerrou a semana em R$ 5,7649, acumulando uma sequência de quedas desde o recorde registrado no mês passado.  Em dezembro a moeda norte-americana havia saltado de R$ 5,67 para a cotação recorde de R$ R$ 6,267 (em 18.12), atingindo o maior nível nominal da história.

A sequencia de quedas registradas agora em janeiro, reduz a competitividade das commodities agrícolas no mercado externo, ao mesmo tempo que alivia os custos de insumos importados, como fertilizantes e defensivos.

A valorização do real torna as exportações menos atraentes para compradores estrangeiros, já que os produtos brasileiros se tornam mais caros em dólar. No curto prazo, isso reduz a rentabilidade dos exportadores, que recebem menos reais ao converter suas receitas em moeda estrangeira.

O impacto é mais evidente em culturas como soja, milho, café e açúcar, altamente dependentes das vendas internacionais. Além disso, um câmbio mais baixo favorece as importações, elevando a concorrência interna e pressionando os preços domésticos.

Por outro lado, um real mais forte beneficia produtores que dependem de insumos importados. Os custos de fertilizantes, defensivos agrícolas e máquinas agrícolas tendem a cair, melhorando as margens de produção no médio prazo. Esse efeito pode ser positivo para a safra de 2025, especialmente considerando a expectativa de aumento na produção de soja, milho e algodão.

A retração do câmbio ocorre em um momento de desaceleração das exportações do agronegócio. Em 2024, o Brasil exportou US$ 164,4 bilhões (aproximadamente R$ 947,8 bilhões, considerando o câmbio atual), o que representa uma queda de 1,3% em relação a 2023, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). Essa redução interrompe uma sequência de quatro anos consecutivos de crescimento no faturamento externo do setor.

O recuo nas exportações ocorreu principalmente devido à queda de 3% no volume exportado, puxado pelo complexo soja (grão, farelo e óleo) e pelo milho, que registraram retração de 28,8% nas vendas internacionais. Apesar disso, alguns segmentos apresentaram crescimento expressivo, como o algodão em pluma (+71%), café (+30%), açúcar (+22%) e carne bovina (+26%), impulsionados por demanda externa aquecida.

Para 2025, as projeções indicam uma ampliação da oferta de soja, milho e algodão, o que pode aumentar a disponibilidade desses produtos para exportação e abastecimento do mercado interno. No setor de proteínas animais, a oferta de bovinos deve continuar restrita devido ao ciclo pecuário, enquanto a demanda da China será um fator-chave na precificação da carne bovina, já que o país asiático é o principal comprador da proteína brasileira.

A taxa de câmbio seguirá sendo um fator determinante para o agronegócio. O Cepea projeta que o dólar deve permanecer acima de R$ 5,50 ao longo do ano, o que pode favorecer os exportadores em relação ao patamar atual. No entanto, incertezas globais, como novas tarifas e barreiras comerciais, podem influenciar os preços e alterar a dinâmica do comércio internacional, exigindo planejamento estratégico do setor para manter a competitividade.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Seguro rural enfrenta desafios e setor agropecuário cobra reforço orçamentário

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A necessidade de reforço nos recursos destinados ao Seguro Rural tem mobilizado o setor agropecuário, que enfrenta desafios crescentes devido às mudanças climáticas e ao aumento da inadimplência no crédito rural. Em resposta, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) encaminhou ao governo federal um pedido emergencial para a liberação de R$ 1,05 bilhão, visando garantir a continuidade das apólices e ampliar a segurança dos produtores.

A cobertura do seguro rural tem sido impactada pela redução de subsídios e pelo contingenciamento orçamentário. Em 2024, o setor solicitou R$ 2,1 bilhões, mas a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovou apenas R$ 964,5 milhões. Com os cortes, esse montante caiu para R$ 820,2 milhões, menos de 60% do valor inicialmente requerido. Enquanto isso, programas como o Proagro apresentaram ineficiência, com uma sinistralidade de 428% em 2023, tornando o custo da proteção ainda mais elevado.

Isan Rezende   –   Imagem: assessoria

“A redução dos subsídios para o seguro rural coloca os produtores em uma situação vulnerável. Precisamos garantir estabilidade para que o agronegócio brasileiro continue competitivo e seguro diante das incertezas climáticas e econômicas”, afirma Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA).

A falta de um sistema robusto de proteção para os produtores também tem reflexos diretos no mercado de crédito. Com a inadimplência triplicando em operações de mercado no último ano, os financiamentos se tornaram mais restritivos e caros, dificultando o acesso ao capital para investimento e produção.

“Se compararmos com os Estados Unidos, vemos que lá o seguro rural é altamente subsidiado e estruturado para garantir previsibilidade ao produtor. No Brasil, estamos muito atrás e precisamos corrigir essa distorção para manter nossa competitividade no mercado global”, pontua Rezende.

A FPA tem ressaltado que o fortalecimento do Seguro Rural é essencial para a segurança da produção nacional e para evitar impactos negativos na economia do agronegócio. Os parlamentares da bancada defendem um planejamento orçamentário de longo prazo, com previsibilidade e gestão eficiente dos recursos.

O setor agropecuário tem insistido na necessidade de um plano de longo prazo para o Seguro Rural, que inclua ampliação da cobertura, previsibilidade orçamentária e melhorias na gestão dos recursos. Para especialistas, essa é a chave para evitar prejuízos catastróficos decorrentes de eventos climáticos extremos, como El Niño e La Niña, que nos últimos anos afetaram produções inteiras de grãos e pecuária.

“Não se trata apenas de um pedido por mais verba, mas de uma política pública estruturada que dê segurança ao produtor e permita um planejamento eficiente da produção agropecuária. Isso é fundamental para evitar desabastecimento e oscilações abruptas de preços que penalizam toda a população”, finaliza o presidente do IA.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Show Safra Mato Grosso 2025 começa amanhã em Lucas do Rio Verde

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Começa nesta segunda-feira (24.03) o Show Safra Mato Grosso 2025, um dos maiores eventos do agronegócio no estado, reunindo tecnologia, inovação e oportunidades de negócios para produtores rurais e empresas do setor. A feira, que acontece até sexta-feira (28) no parque tecnológico da Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde, celebra 25 anos de história com uma programação ampliada e novas atrações.

A edição deste ano contará com a participação de 525 expositores, apresentando máquinas agrícolas de última geração, sementes de alto desempenho, soluções digitais e novas tecnologias voltadas para a produtividade e sustentabilidade no campo. O evento também aposta em espaços temáticos como o Show Safra Aero, voltado para inovações aeroespaciais e drones, e o Show Safra Mulher, que valoriza a crescente participação feminina no agronegócio.

Com uma expectativa de público superior a 127 mil visitantes, o Show Safra movimenta não apenas o setor agrícola, mas também a economia local, gerando mais de 2 mil empregos diretos e indiretos e impulsionando serviços de hospedagem, alimentação e comércio na região.

O evento também será palco de debates sobre o futuro do agronegócio, com painéis e palestras abordando temas como tecnologia, mercado de grãos, clima e sustentabilidade. Além disso, as áreas demonstrativas apresentam culturas como soja, milho e algodão, além de experimentos com alternativas promissoras como gergelim e canola.

Com uma estrutura ampliada e estacionamento com 9.800 vagas, o Show Safra Mato Grosso 2025 reforça seu papel como uma das principais vitrines de inovação do agronegócio brasileiro.

Fonte: Pensar Agro

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