Moradores dos municípios de Bom Jesus do Araguaia, São Félix do Araguaia, Porto Alegre do Norte, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu e Vila Rica já podem se programar para serem atendidos nas ações do Mutirão Rural. Serão mais de 30 serviços ofertados gratuitamente à população da zona rural, nos meses de junho e julho.
A iniciativa é do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Sindicatos Rurais e parceiros determinados a levarem serviços de qualidade sem custo à comunidade. Os municípios dessa localidade são atendidos pela Regional de Confresa do Senar-MT. Segundo a supervisora da Regional, Daniela Fernanda Socolowski, o mutirão rural é apenas uma das mais diversas ações previstas para 2022.
“Estamos com boas expectativas para este ano. Além do Mutirão, estamos com novos projetos de construção de Núcleos Avançados de Capacitação (NACs) em parceria com dois Sindicatos Rurais, duas turmas formadas no Concurso Jovens Líderes do Agro, projeto de equoterapia sendo solicitado e muitas outras ações”, explicou.
Para 2022, estão previstas mais de 400 ações educacionais pelos Sindicatos Rurais que compõem a Regional. Dentre os cursos mais demandados estão relacionamento interpessoal, atendimento ao cliente, inclusão digital rural, classificação de produto de origem vegetal – soja e milho, manutenção de tratores agrícolas, panificação artesanal, produção de derivados do leite – requeijões, doces, iogurtes e manteigas.
Os interessados em realizarem algum treinamento devem entrar em contato com o Sindicato Rural responsável por seu município. Com ele, é possível verificar as turmas disponíveis ou solicitar novas demandas para a região.
Regionais – O Senar-MT conta com o apoio de dez regionais, a fim de organizar a demanda e ser um elo entre a instituição e os Sindicatos Rurais. Cada Regional possui um supervisor que é responsável por dar suporte aos municípios e conhecer as necessidades de cada região.
A regional de Confresa abrange os Sindicatos Rurais de: Confresa, Porto Alegre do Norte, Santa Cruz do Xingu, São Félix do Araguaia, São José do Xingu e Vila Rica. Além dessas cidades, os Sindicatos estendem o atendimento Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia, Canabrava do Norte, Luciara, Novo Santo Antônio, Santa Terezinha e Serra Nova Dourada.
De acordo com o superintendente do Senar-MT, Francisco Olavo Pugliesi de Castro, mais conhecido como Chico da Pauliceia, as Regionais são cruciais para o acompanhamento das localidades. “As Regionais são um braço do Senar-MT que nos ajudam a acompanhar cada parte desse nosso estado grandioso e cheio de particularidades”, afirma.
Os agricultores começaram a colher algodão em pluma, uma das culturas cultivadas em Mato Grosso. Nesta safra, a área plantada aumentou para 1,18 milhão de hectares e, em 2021, foram plantados 960 mil hectares.
A produção deve ser de 278 arrobas de algodão em caroço por hectare, apenas um arroba a mais em relação à temporada do último ano.
No entanto, como a área é grande, o volume de algodão colhido deve crescer e ficar próximo de 5 milhões de toneladas, cerca de um milhão a mais que no ano passado.
Na primeira safra, plantada em dezembro, os resultados são bons, enquanto a segunda safra, plantada em janeiro logo após a colheita da soja, não teve o mesmo efeito. O algodão foi cultivado durante o que foi considerado uma boa estação, mas o clima não colaborou com os produtores.
Em uma fazenda em Novo São Joaquim, a 487 quilômetros de Cuiabá, o resultado foi diferente nesta temporada. Segundo o gerente local, Jackson Ferreira, o algodão colhido ocupa 3.000 hectares, 15% a mais que na safra passada.
No início do ciclo, o clima afetou o crescimento da safra e a taxa média de produção foi de 5% em relação ao ano anterior.
“No ano passado choveu muito durante a janela de plantio e não executamos dentro do ideal. Já neste ano a chuva foi muito boa e conseguimos plantar dentro da janela. Durante o ciclo da cultura a chuva foi bem distribuída, mas a safrinha recebeu bem menos volume. Isso vai afetar um pouco na produtividade do algodão. Esperávamos colher 250 arrobas, mas vai chegar no máximo 230 arrobas”, disse Jackson.
Em uma fazenda em Campo Verde, a 139 quilômetros de Cuiabá, a colheita já começou. Segundo o agricultor Rodolfo Bertani Lopes da Costa, foram plantados mais de 1.500 hectares, sendo 580 em dezembro e o restante no mês seguinte.
“Esse ano choveu antes. Eu terminei o plantio do algodão safrinha em 20 de janeiro. Então foi dentro da janela e, com o preço do algodão, resolvemos aumentar as áreas de sarfinha. Só que tivemos um corte de chuva antecipado e isso ocasionou perda e a perspectiva de produção foi reduzida. A gente esperava produzir 120 arrobas de pluma e agora a produção vai ser por volta de 80 arrobas de pluma por hectare. Este ano estamos trabalhando com 40% de algodão safra e 60% de safrinha”, concluiu.
As exportações de grãos da Ucrânia tiveram uma queda de 40% na primeira quinzena de junho, se comparada ao mesmo período de 2021, com 613 mil toneladas.
O país embarcava até 6 milhões de toneladas de grãos por mês, antes da invasão russa, que teve início no final do mês de fevereiro, desde então, os volumes diminuíram para cerca de 1 milhão de toneladas.
Isso porque a Ucrânia costumava exportar a maior parte dos seus produtores por portos marítimos e agora foi forçada a fazer o transporte de grãos por meio de trens pela fronteira ocidental.