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ARTIGOS & OPINIÕES

Suplementos: Benefícios e Avaliação Médica

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Por Max Lima*
 
Nos últimos anos, os suplementos alimentares ganharam destaque na busca por uma vida mais saudável e equilibrada. Entretanto, é crucial compreender que, embora possam ser ferramentas úteis, seu uso deve ser fundamentado em evidências científicas e acompanhado por avaliação médica regular.

Principais Suplementos e Seus Benefícios:

1. Whey Protein: O whey protein é amplamente utilizado por pessoas que buscam aumento de massa muscular. Estudos mostram que a suplementação com proteínas de alta qualidade pode otimizar a recuperação muscular e favorecer a síntese proteica, especialmente em indivíduos que praticam exercícios de resistência.

2. Ômega-3: Rico em ácidos graxos essenciais, como EPA e DHA, o ômega-3 tem benefícios comprovados na saúde cardiovascular, incluindo a redução de triglicerídeos e a melhora da função endotelial. Ele também desempenha papel relevante na saúde cerebral, ajudando a combater processos inflamatórios e o declínio cognitivo.
3. Creatina: A creatina é um dos suplementos mais estudados no mundo. Suas principais vantagens incluem aumento de força, melhora no desempenho físico e maior capacidade de recuperação muscular. Além disso, há evidências promissoras sobre seus benefícios para a saúde cerebral e prevenção de doenças neurodegenerativas.
4. Vitamina D: Indispensável para a saúde óssea, a vitamina D também atua na modulação do sistema imunológico. A suplementação é especialmente recomendada para pessoas com deficiência comprovada, que pode estar associada a maior risco de fraturas, infecções e até doenças cardiovasculares.
5. Multivitamínicos: Embora não substituam uma alimentação balanceada, os multivitamínicos podem ser úteis em casos específicos de carências nutricionais, como em idosos, grávidas ou pessoas com restrições alimentares severas.
6. Probióticos: Esses micro-organismos vivos podem contribuir para a saúde intestinal, regulando a microbiota e auxiliando na melhora de condições como a síndrome do intestino irritável. Há também estudos que relacionam o consumo de probióticos a uma melhor resposta imunológica.
A Necessidade de Avaliação Médica Regular:
Apesar dos benefícios, o uso indiscriminado de suplementos pode trazer riscos, como sobrecarga renal, interações medicamentosas e intoxicações. Por isso, a avaliação médica é fundamental. Apenas um profissional pode:
• Identificar necessidades reais com base em exames laboratoriais.
• Indicar a dosagem ideal para cada indivíduo.
• Monitorar possíveis efeitos colaterais ou interações.
Além disso, muitos suplementos podem ser desnecessários quando a alimentação está equilibrada. Portanto, o uso responsável deve ser sempre priorizado.

Conclusão:

Suplementos alimentares podem ser aliados importantes para alcançar objetivos específicos, desde que utilizados com critério e sob supervisão médica. A saúde não é sobre adotar tendências, mas sobre tomar decisões informadas e personalizadas. Consulte seu médico antes de iniciar qualquer suplementação.

*Max Lima é Especialista em Clínica Médica pelo Instituto dos servidores do Estado de São Paulo (HSPE-FMO ), Especialista em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese, Especialista em Terapia Intensiva pela AMIB, Fellow pela Sociedade Europeia de Cardiologia, Ex Conselheiro Federal de Medicina (2019-2024), Presidente da SBC MT – biênio 2016-2017, CRMT 6194

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Por um 2025 com objetivos: Uma agenda para uma melhor discussão legislativa

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Uma newsletter com histórias, pensamentos e indicações sobre temas ligados ao Poder Legislativo, política e afins.


O que você irá fazer em 2025? Quais são os seus planos e intenções no ano novo?

Praticamente todo mundo tem uma ideia do que fazer no ano que vai se iniciar. Manter o que está funcionando, tentar ajustar alguma prática ou até mesmo começar alguma atividade nova.

Nos legislativos, algo parecido também acontece. Parlamentares e partidos já têm seus propósitos para o novo ano. O governo e agentes externos também têm seus interesses para o legislativo.

Talvez a única instituição que não possua uma agenda própria para o ano que se inicia seja o próprio legislativo.

Durante a 27ª Conferência Nacional da UNALE¹, o jornalista Pedro Dória ressaltou que os parlamentos se tornaram casas de dissenso, em vez de locais de consenso.

É natural que as propostas sejam debatidas e a maioria deva prevalecer, mas muitas vezes falta uma linha condutora, como se fosse uma grande ordem do dia anual, com a previsão de temas a serem discutidos durante o ano seguinte.

Não seria uma garantia de aprovação de propostas sobre esses temas, mas sim uma garantia de discussão desses temas.

Já que o parlamento busca cada vez mais protagonismo por meio do controle do orçamento público, uma estruturação é muito bem-vinda.


O exemplo de Minas Gerais

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais estruturou sua função de fiscalização nas atividades do Assembleia Fiscaliza, e dentro dessas atividades há o Tema em Foco, que consiste no monitoramento intensivo de temas de políticas públicas feito pelas comissões permanentes da ALMG, com exceção das Comissões de Redação e de Constituição e Justiça. Esse monitoramento será feito por até dois anos e pode desenvolver uma série de ações, como envio de pedidos de informações, realização de audiências e visitas e elaboração de estudos técnicos.

Uma iniciativa que merece atenção.


Agenda externa influenciando a agenda interna

Nada mais comum que grupos de interesse influenciem, mas quero aproveitar a oportunidade para destacar uma iniciativa que merece destaque a aprofundamento.

Recentemente, uma série de entidades apresentou o Câmara Aberta, uma Agenda de Reformas Regimento Interno da Câmara dos Deputados, O objetivo é pautar as discussões das eleições marcadas para o dia 1º de fevereiro.

A proposta pede uma série de medidas, tais como:

  • Revisão das Regras de Votação Híbrida;
  • Estabelecimento de Critérios para o Regime de Urgência;
  • Revisão do Regramento para o Uso de Sessões Extraordinárias;
  • Revisão da Tramitação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs);
  • Institucionalização do Colégio de Líderes;
  • Fortalecimento das Comissões (esse tema em si merece muita atenção).

Uma agenda para 2025

Esta edição surgiu a partir de uma discussão sobre o tema no congresso estadunidense.

Na referência, a discussão era sobre uma agenda no sentido mais literal, de quando serão as sessões plenárias e as reuniões de comissão. Tenho a impressão de que, por aqui, isso já está mais organizado.

Mas, imaginemos um 2025 em que o parlamento brasileiro tenha uma agenda clara e estruturada, capaz de guiar debates essenciais ao longo do ano.

Isso não garantiria consenso, mas traria foco e organização a uma casa que busca cada vez mais protagonismo.

E se, assim como Minas Gerais, o legislativo brasileiro decidisse olhar para o que realmente importa e monitorar os temas mais críticos?

Seria um passo importante rumo a um parlamento mais eficaz e conectado com a sociedade.


A black book with the number twenty five on it
Photo by Kelly Sikkema on Unsplash

Aproveito a nossa última QPD de 2024 para agradecer a todo mundo que lê a newsletter e desejar ótimo 2025 para você e sua família!

Vale o clique


Vizinhança

O Substack de Alexandre
Em primeiro lugar, a informação necessária: estou adequando minha rotina para dar mais espaço ao Mestrado em Direito na USP, que vai começar a demandar muito em 2025. A intenção é manter essa carta ao vazio com periodicidade semanal, e para tentar fazer com que isso aconteça, ela passa a sair de segunda, com os comentários aleatórios sobre assuntos que …
16 days ago · 1 like · Alexandre Mendonca
cinco ou seis coisinhas
olá vocês…
7 days ago · 39 likes · 33 comments · Júnior Bueno

Quinze por Dia, ou simplesmente QPD, é uma newsletter quinzenal com histórias, pensamentos e indicações sobre temas ligados ao Poder Legislativo, política e afins, por Gabriel Lucas Scardini Barros. Estou à disposição para conversar no Instagram @gabriel_lucas. Caso tenha recebido esse e-mail de alguém ou chegou pelo navegador, siga esse link para assinar.

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As palestras estão disponíveis aqui.

Se você gostou do QPD – Quinze por Dia, que tal compartilhar?

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Cresce a violência no Brasil

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Por Ricardo Viveiros*

A violência no Brasil, que antes se concentrava em contextos específicos, ganhou novos contornos nos últimos anos. A partir da ascensão de movimentos de extrema-direita que a campanha e, mais ainda, a eleição de Jair Bolsonaro deram palco e luz, o país entrou em uma fase de polarização aguda, onde a intolerância deixou de ser um fenômeno apenas político para se espalhar por outros setores da vida cotidiana. No trânsito, nos estádios de futebol, nas residências e até mesmo nas interações cotidianas no trabalho, escolas, praças o ódio tornou-se uma presença crescente, ameaçando o tecido social brasileiro.

A violência no trânsito é um exemplo claro. Casos emblemáticos, como o do motorista de um carro de luxo que matou um motoboy por um choque no espelho do carro, ganham as manchetes e refletem uma crescente impaciência e desrespeito às leis de convivência. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) mostram um aumento significativo de mortes no trânsito nos últimos anos, muitas das quais motivadas pela agressividade, pela imprudência e pelo preconceito social. O perfil de vítimas e agressores revela, em muitos casos, uma divisão de classes e uma falta de empatia por parte dos motoristas de veículos de luxo.

Esse mesmo espírito de confrontação é evidente nos estádios de futebol, onde torcedores de diferentes clubes transformam as arquibancadas e os arredores em arenas de violência. O ano de 2023, por exemplo, registrou um número alarmante de mortes e agressões nas brigas entre torcidas organizadas. O Observatório da Violência no Futebol (OVF) revelou que as mortes relacionadas a confrontos entre torcedores aumentaram em cerca de 30% nos últimos anos, levando a uma onda de pedidos por medidas mais rígidas de segurança e punições.

Assim como os regimes autoritários do passado, a ultradireita se vale do discurso de ódio e da desumanização do adversário político, que considera inimigo, para manter sua base de apoio mobilizada. No caso brasileiro, essa retórica violenta não se restringe à esfera política, mas permeia todas as esferas da sociedade. E a crescente onda de violência alcança outras parcelas da sociedade, atingindo mulheres, pretos, LGBTQIA+, imigrantes, indígenas – enfim, seres humanos que merecem nosso respeito.

Ao agir com arrogância e desdém por valores como respeito e ética, os radicais não apenas aumentam o número de conflitos diretos, mas também legitimam um comportamento agressivo que desestabiliza as relações sociais.

Como nos ensina a história, os regimes autoritários muitas vezes se valem da violência como meio de controle. Na atual conjuntura, as autoridades brasileiras precisam refletir sobre o papel que cumprem ao não combaterem a violência com rigor e sobre o tipo de país que desejam construir. A violência não é um indicador de avanço, mas de retrocesso. Ao ignorar os direitos humanos e incitar a intolerância, o Brasil corre o risco de se tornar refém de uma escalada de ódio que ameaça tanto a segurança pública quanto a dignidade de seus cidadãos.

A ultradireita não é apenas perigosa; é também ineficaz e contraproducente. Em vez de oferecer soluções para os problemas reais do país, ela aposta em uma política de divisão que enfraquece a nação. E, como observou Norberto Bobbio, o uso indiscriminado da violência é uma arma que, no longo prazo, tende a virar-se contra aqueles que a manejam. Combater a violência exige não apenas políticas públicas eficazes, mas também uma sociedade disposta a dialogar e respeitar as diferenças.

*Ricardo Viveiros, jornalista, professor e escritor, é doutor em Educação, Arte e História da Cultura; autor, entre outros livros, de A vila que descobriu o BrasilJustiça seja feita e Memórias de um tempo obscuro.

 

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