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AGRONEGÓCIO

Uso de agrotóxicos no Brasil segue em alta, apesar da queda na receita

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O uso de agrotóxicos no Brasil continua em ritmo de crescimento. De janeiro a março de 2025, a área total tratada com esses produtos aumentou 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando a marca impressionante de 831 milhões de hectares. Esse número, divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg), inclui todas as aplicações feitas, inclusive as repetidas no mesmo local.

Não foi só a área que cresceu: o volume dos defensivos usados também subiu 3,4% no trimestre. Quando se olha para os tipos de produto mais utilizados, os herbicidas lideram com 42%, seguidos pelos inseticidas (28%), fungicidas (22%), e uma fatia menor (8%) de adjuvantes, reguladores de crescimento, inoculantes e produtos para sementes.

Entre as lavouras mais tratadas com agrotóxicos, milho e soja dominam, com 36% e 35% da área, respectivamente. Em seguida vêm algodão (13%), pastagens (7%), cana-de-açúcar (3%), hortifrúti (1%), e outras culturas que somam 5%.

Apesar do aumento no uso, o dinheiro movimentado caiu. No primeiro trimestre de 2025, os produtores rurais brasileiros gastaram cerca de R$ 37,6 bilhões (o equivalente a US$ 6,6 bilhões), uma queda de 11,1% na receita do setor em relação ao mesmo período de 2024.

Entre as regiões que mais compraram defensivos, Mato Grosso e Rondônia ficaram no topo, com 37% dos gastos. O grupo Matopiba (formado por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e o Pará somaram 16%, enquanto São Paulo e Minas Gerais responderam por 14%. O Paraná ficou com 10%, Mato Grosso do Sul com 8%, Goiás e o Distrito Federal com outros 8%, o Sul (RS e SC) com 5%, e o restante dos estados com 2%.

O levantamento também trouxe dados consolidados de 2024, mostrando que a área total tratada com agrotóxicos no país cresceu 12,2% em relação a 2023, somando 2,5 bilhões de hectares. O volume de produtos aplicados subiu 13,6%, enquanto os valores pagos pelos produtores somaram R$ 113,4 bilhões (cerca de US$ 19,9 bilhões), uma queda de 6,6% no comparativo anual.

Se olharmos mais para trás, o cenário mostra uma escalada impressionante. Entre 2003 e 2021, o Brasil aumentou em 392% o consumo de agrotóxicos, passando de 183 mil toneladas para 720 mil toneladas por ano. Isso colocou o país no topo do ranking mundial de uso desses produtos, ultrapassando os Estados Unidos, que consumiram 457 mil toneladas em 2021.

Outro dado que chama atenção: a quantidade média usada por hectare no Brasil saltou de 3,1 kg para 10,9 kg entre 2003 e 2021, um crescimento de quase três vezes e meia. Isso significa que, além de plantar mais, o país está usando cada vez mais veneno por metro quadrado de terra cultivada.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Programa federal entrega máquinas agrícolas para 301 municípios mineiros

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O Governo Federal realizou nesta quinta-feira (12.06) a entrega de 318 máquinas e equipamentos agrícolas destinados a 301 municípios de Minas Gerais. A solenidade foi realizada na CeasaMinas, em Contagem (MG), como parte do Programa Nacional de Modernização e Apoio à Produção Agrícola (Promaq), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Com investimentos que somam R$ 150 milhões, a ação tem como objetivo fortalecer a infraestrutura rural, melhorar o escoamento da produção e apoiar o desenvolvimento sustentável no campo. Foram repassados equipamentos como tratores, retroescavadeiras, pás carregadeiras, motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas e rolos compactadores.

O Promaq foi criado para ampliar o acesso dos municípios a máquinas que viabilizem a melhoria das estradas vicinais, o preparo do solo e a manutenção de áreas produtivas. O programa prioriza localidades com menor nível de mecanização, desafios logísticos e maior vulnerabilidade social, sempre alinhado às práticas de sustentabilidade e às exigências ambientais.

Para acessar os benefícios, as prefeituras devem apresentar diagnóstico técnico que comprove a necessidade dos equipamentos, considerando fatores como extensão da zona rural, perfil produtivo e situação das vias de acesso. Além de Minas Gerais, o programa já beneficiou outros nove estados, totalizando 515 máquinas entregues a 460 municípios em todo o país.

A iniciativa é fruto de parcerias institucionais que buscam fortalecer a agricultura familiar, gerar emprego, aumentar a competitividade e impulsionar o desenvolvimento das regiões produtoras.

Fonte: Pensar Agro

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AGRONEGÓCIO

Setor produtivo reage e pede retirada da MP que amplia tributos sobre crédito e consumo

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Representantes de setores estratégicos da economia, liderados pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e por outras 19 frentes que integram a Coalizão do Setor Produtivo, divulgaram um manifesto conjunto contra a Medida Provisória 1303/2025. A proposta altera regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e retira incentivos fiscais essenciais, tanto para o financiamento da produção quanto para o consumo de alimentos básicos.

O documento reforça que a MP amplia a carga tributária de forma generalizada, atingindo diretamente atividades como agropecuária, indústria, construção civil e comércio. Também alerta que a proposta encarece operações de crédito fundamentais para o campo e para as cadeias produtivas, além de reduzir a competitividade do país. O impacto não se restringe ao setor produtivo — recai sobre toda a sociedade, com efeito direto no custo de vida da população e no preço dos alimentos.

O presidente da FPA, o deputado federal Pedro Lupion destacou que a tentativa do governo de extinguir isenções tributárias sobre alimentos da cesta básica – como arroz, feijão, carne, leite e ovos afetaria especialmente a população de baixa renda. “Dos R$ 158 bilhões apontados como renúncia fiscal pelo Ministério da Fazenda, mais de R$ 88 bilhões são referentes à desoneração desses alimentos. É uma conquista histórica que está sendo ameaçada”, declarou.

O Instituto do Agronegócio (IA) também se manifestou de forma firme. O presidente da entidade, Isan Rezende (foto), classificou a proposta como um erro grave na condução da política econômica. “O agronegócio brasileiro vem se mantendo competitivo justamente por contar com instrumentos de financiamento adequados. Retirar incentivos das LCAs, por exemplo, é limitar o acesso do produtor ao crédito, encarecer a produção e, inevitavelmente, gerar aumento no preço dos alimentos que chegam às famílias”, afirma.

Para o presidente do IA, o momento exige medidas que fortaleçam a produção, e não que a penalizem. “O país precisa de ambiente favorável para gerar emprego, produzir mais e crescer. O caminho não é aumentar imposto, mas sim enfrentar os verdadeiros gargalos, como o custo da máquina pública e a necessidade urgente de uma reforma administrativa”, defende Rezende.

Ele também chama atenção para o impacto social da medida. “Quando se tenta resolver desequilíbrios fiscais por meio de mais impostos, quem sofre primeiro é a população mais vulnerável. Encarecer alimentos, cortar instrumentos de crédito e reduzir direitos como o auxílio-doença é transferir a conta para quem não pode pagar. Isso não é política pública responsável”, conclui.

A mobilização da Coalizão pede que o Congresso Nacional devolva a MP, evitando que os efeitos da proposta avancem sobre setores que são pilares da economia. O grupo defende que o equilíbrio fiscal seja buscado por meio de redução de gastos, combate à sonegação e melhorias na gestão pública — sem ampliar a carga sobre quem produz, trabalha e consome.

Clique e leia aqui o manifesto na íntegra.

Fonte: Pensar Agro

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