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MEIO AMBIENTE

Tamanduá-bandeira resgatada durante queimada no Pantanal em 2020 inicia processo para voltar à natureza

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Uma tamanduá-bandeira fêmea resgatada em Poconé durante os incêndios florestais registrados no Pantanal em 2020, quando ainda era filhote, está prestes a ser reintegrada à natureza. Após ser acolhida no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Lucas do Rio Verde, “Miga”, como é chamada, foi levada pela equipe da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), na sexta-feira (27.04), para a Transpantaneira, onde iniciará o processo de readaptação ao ambiente selvagem.

O laudo médico veterinário que autorizou o transporte até Poconé atesta que o animal apresentou desenvolvimento normal e perfeito estado de saúde, sem indicativos de patologia, má formação e ectoparasitas, o que a tornou apta para o transporte entre municípios e para a soltura.
Registro de Miga filhote – Foto: Karen Ramos

A coordenadora do Cetas, Rose Spindler, explicou que o nome ‘Miga’ foi escolhido como um diminutivo de formiga, e destacou que a tamanduá sempre foi muito saudável. Em 2022, inclusive, ela foi doadora de sangue para um tamanduá atropelado que necessitava urgentemente de transfusão. Agora, após quatro anos vivendo no centro, o animal silvestre está apto a voltar à vida livre.

Rose também compartilhou alguns detalhes sobre os hábitos do tamanduá, como o gosto por se refrescar na água e seu temperamento bravo durante as refeições. A alimentação diária do animal silvestre no Cetas incluía frutas como banana, maçã e mamão, vegetais, ração, leite, gemas de ovo, suplementos e vitaminas.

A analista de meio ambiente e médica veterinária, Danny Moraes, que acompanhou o tamanduá até a Transpantaneira, explicou o processo de aclimatação necessário para a sobrevivência do animal silvestre na vida selvagem. Por ter recebido abrigo e alimentação durante anos de cativeiro, o tamanduá poderá aperfeiçoar sua capacidade de buscar cupins e formigas, além de encontrar abrigo seguro.

“Aclimatar animais silvestres mantidos em cativeiro por certo perigo é fundamental para a sobrevivência com qualidade ao animal. Por ter recebido abrigo e alimentação nesses anos de cativeiro, a Miga vai aperfeiçoar a capacidade de buscar cupins e formigas, além de buscar abrigo seguro”, destacou.

Para o processo de aclimatação, o tamanduá ficará em um recinto da Organização Não Governamental Ampara Silvestre na Transpantaneira. Esse recinto é uma área grande e telada.

Veja AQUI o vídeo de Miga filhote e AQUI dela no recinto da Ampara.

Fonte: Governo MT – MT

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MEIO AMBIENTE

Pedido da AGU ao TJMT para Anulação do Processo de Extinção do Parque Cristalino II

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A Advocacia Geral da União (AGU) solicitou ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que intervenha na ação que contesta a legalidade do decreto que instituiu o Parque Cristalino II. A AGU argumenta que a Sociedade Comercial e Agropecuária Triângulo Ltda não possui legitimidade para requerer a dissolução da reserva ambiental, alegando que a empresa possui títulos inválidos, emitidos com base em certidões falsificadas, conforme reconhecido em decisões judiciais anteriores.

A AGU contesta as alegações da empresa Triângulo, que diz ter adquirido propriedades na área em 1999. Segundo a AGU, o Governo do Estado de Mato Grosso promulgou o decreto de criação do parque mais de sete anos após a suposta aquisição, o que invalidaria os títulos pré-existentes.

A AGU requer que o TJMT reconheça a falta de legitimidade da parte autora, a ausência de representação válida e a incapacidade de postulação, devido à falta de um procurador nomeado. Isso fundamenta o pedido de anulação dos procedimentos processuais desde o início e a extinção imediata da ação, sem análise do mérito.

Edilene Fernandes, consultora jurídica do Observatório Socioambiental de Mato Grosso (Observa-MT), enfatiza que a legitimidade da empresa já está sendo questionada em outra ação judicial. Ela acredita que o TJMT deve deferir o pedido da AGU e, caso contrário, transferir o caso para a Justiça Federal, dada a implicação da União no assunto.

Além do Observa-MT, outras entidades como a Rede Nacional Pró-Unidades de Conservação (Rede Pró-UC), o Instituto Centro de Vida (ICV), a Fundação Ecológica Cristalino (FEC) e o Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad-MT) têm atuado ativamente na defesa do parque.

Fernandes ressalta que a decisão do tribunal estadual de extinguir o parque intensificou as ameaças ao meio ambiente. Desde a publicação da decisão em dezembro de 2021, houve um aumento significativo no desmatamento, nos pedidos de mineração e nos incêndios florestais na região.

Defesa da Legitimidade da AGU

A AGU defende sua posição, alegando que não foi notificada para participar do processo, apesar da evidente relevância dos fatos para a União. Portanto, solicita que a Justiça Federal avalie e aceite seu pedido de ingresso na ação, reforçando seu compromisso jurídico com a preservação do Parque Cristalino II.

Parque Estadual Cristalino II é um parque estadual localizado no estado de Mato Grosso, Brasil. Ele protege uma área de savanas e florestas tropicais ricas em biodiversidade. Partes do parque foram invadidas por madeireiros, posseiros e criadores de gado, frequentemente apoiados por políticos locais e estaduais1.

Detalhes sobre o Parque Cristalino II:

  • Localização: O parque está situado no município de Novo Mundo, no norte de Mato Grosso. Sua área abrange 118 mil hectares e faz fronteira com o estado do Pará a leste e com o Parque Estadual do Cristalino a oeste. O rio Teles Pires ou São Manuel delimita o canto sudoeste do parque. A Serra Rochedo é fonte de muitas nascentes de água pura e cristalina, que dão nome ao parque1.
  • Biodiversidade: A vegetação inclui savana, floresta sazonal, floresta tropical e floresta de transição. A região é rica em biodiversidade, com 850 espécies de aves registradas, das quais 50 são endêmicas, além de 43 espécies de répteis, 29 de anfíbios, 36 de mamíferos e 16 de peixes. O parque é um excelente local para observação de aves1.
  • Ameaças: As principais ameaças ao parque vêm da extração ilegal de madeira e dos assentamentos ao redor. A criação do parque foi contestada judicialmente, e sua extinção pode ter implicações significativas para a conservação da região

Da assessoria

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MEIO AMBIENTE

Governo aplicou R$ 478 milhões em multas por crimes ambientais de janeiro a abril

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O Governo de Mato Grosso deflagrou 142 operações contra crimes ambientais entre janeiro e abril de 2024 em todo o Estado, que resultaram em R$ 478 milhões em multas. A maioria das autuações, R$ 314,2 milhões, ocorreu no bioma amazônico. As ações tiveram como alvos principais os desmatamentos e queimadas ilegais.

Crédito – Karla Silva/Sema-MT

As equipes de fiscalização embargaram 83 mil hectares contra desmatamento ilegal. Nos primeiros quatro meses do ano, a Sema atendeu 1.413 alertas de desmatamento e emitiu 1.401 autos de infração.

“O Estado tem atuado com tolerância zero contra crimes ambientais com equipes da Sema e Forças de Segurança agindo de forma integrada. O investimento em tecnologia e os equipamentos de ponta melhoram cada vez mais a resposta e a responsabilização”, destaca a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.

As ações foram coordenadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), em parceria com Polícia Militar (PMMT) e Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA). Do total de operações, 13 aconteceram com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer) e algumas ações foram comandadas pelo Batalhão de Emergência Ambiental (BEA).

Nas operações do quadrimestre foram apreendidos 27 tratores, 27 esteiras, 26 caminhões, 16 motosserras, 14 veículos e motos, 5 escavadeiras, 3 retroescavadeiras, 11 dragas ou balsas, 14 barcos e 40 motobombas e motores estacionários.

Das autuações realizadas entre janeiro e abril de 2024, 46,7% foram feitas de forma remota e 53,3% in loco. As principais infrações são: impedir ou dificultar a regeneração natural da vegetação, desmatamento ilegal, empreendimentos sem licença, exploração seletiva e descumprimento de embargo.

Além da Superintendência de Fiscalização (SUF), as nove Diretorias de Unidades Desconcentradas (DUD) da Sema também coordenaram operações contra crimes ambientais.

Operação Amazônia

A Operação Amazônia foi colocada em prática por órgãos estaduais e federais, sob a coordenação da Sema. O Governo do Estado irá destinar R$74,5 milhões para o combate de crimes ambientais em todo o território mato-grossense ao longo de 2024. Desde 2019, foram aportados mais de R$ 314,5 milhões para combate aos incêndios florestais e desmatamento ilegal.

As equipes têm como auxílio equipamentos de monitoramento em tempo real por satélite de todo o território de Mato Grosso e mantêm fiscalização contínua no local onde é identificado o crime ambiental.

A ferramenta, contratada pelo REM, age de forma preventiva, minimiza os danos, aumenta a celeridade na resposta, facilita a responsabilização e permite o embargo da área de forma imediata por meio do monitoramento diário e alertas semanais de desmatamento.

Os agentes também apreendem e removem maquinários flagrados em uso para o crime, efetivando a responsabilização, já que apreensão de bens promove a descapitalização do infrator.

Denúncias

Os crimes ambientais devem ser denunciados à Ouvidoria Setorial da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, pelo 0800 065 3838, pelo aplicativo MT Cidadão ou em uma das regionais da Sema.

Quem se deparar com um crime ambiental também pode denunciar à Polícia Militar, pelo 190.

Fonte: Governo MT – MT

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