ARTIGOS & OPINIÕES
A Importância de Gestores como Líderes: Desenvolvimento Profissional
Publicado em
24/04/2024por
Redação
*Por Raissa Anbo
Ser um gestor de pessoas vai muito além de ocupar uma posição de autoridade dentro de uma empresa. É sobre ser um exemplo, um mentor e um guia para aqueles que fazem parte de seu time. Quando opta por compreender e abraçar verdadeiramente essa responsabilidade, ele não se torna apenas um líder eficaz, mas também um catalisador para o crescimento e o desenvolvimento de seus colaboradores.
Para que um gestor de pessoas seja capaz de alcançar suas metas e objetivos, ele precisa, necessariamente, ser um bom líder. É impossível ser um bom gestor de pessoas e um líder ruim. Imagine a seguinte situação:
O gestor segue à risca as descrições técnicas do seu cargo: ele é eficiente em delegar tarefas, monitorar o progresso da equipe e alcançar metas estabelecidas. No entanto, para que esses resultados sejam sustentáveis a longo prazo e para que ele conte com a colaboração engajada de sua equipe, é fundamental que ele seja também um líder inspirador e capacitador.
É aqui que entram os insights poderosos dos livros de Brené Brown, uma grande estudiosa sobre a vulnerabilidade, vergonha e culpa: “A Coragem de Ser Imperfeito” e “A Coragem para Liderar”. Brown nos lembra da importância de abraçar a vulnerabilidade, de ser autêntico e de cultivar conexões genuínas com os outros. Esses princípios são fundamentais para a construção de relacionamentos significativos no ambiente de trabalho.
Ser capaz de admitir seus erros e buscar a autenticidade no dia a dia é, consequentemente, criar um ambiente onde o seu time se sente seguro para fazer o mesmo. Isso não apenas fortalece os laços dentro da equipe, mas também promove uma cultura de aprendizado e crescimento contínuo. Além disso, um gestor que pratica a empatia e a compaixão em suas interações diárias, inspira confiança e respeito em sua equipe.
Entretanto, o cenário nem sempre é assim tão ideal. Já pararam para analisar o porquê da geração Z ser relutante em assumir cargos de liderança? Uma razão para isso pode ser a falta de exemplos inspiradores em suas experiências profissionais. Ou seja, a necessidade de gestores que sejam verdadeiras referências nunca foi tão urgente.
Essa geração, que valoriza a autenticidade, a transparência e o propósito em seu trabalho, muitas vezes se sente desiludida com a abordagem hierárquica e autoritária. Eles não querem simplesmente seguir ordens de um superior distante; eles anseiam por conexões significativas e por um ambiente onde possam crescer e prosperar.
Para os líderes em início de carreira e para aqueles que são gestores há muito tempo e ainda abordam o formato antiquado de liderança, esse é um chamado para se tornarem os agentes de mudança que desejam ver no mundo corporativo. Não se contentem apenas com a entrega de resultados a curto prazo; aspirem a ser verdadeiros líderes que inspiram, capacitam e transformam.
Em última análise, quando os gestores de pessoas se comprometem a serem verdadeiras referências de liderança, eles não apenas impulsionam o sucesso de suas equipes e empresas, mas também criam um impacto positivo duradouro na vida de cada indivíduo que têm o privilégio de liderar. É hora de abraçar a coragem de sermos líderes autênticos, compassivos e capacitadores – para o benefício de todos.
*Raissa Anbo é especialista em marketing pela USP/Esalq, com MBA em Gestão de Negócios pela Universidade de Cuiabá. Coordenadora de Marketing e de Pessoas. https://www.linkedin.com/in/raissaanbo/
ARTIGOS & OPINIÕES
Driblando o tempo: a arte de esvaziar a cabeça
Published
5 dias atráson
29/04/2024By
RedaçãoPor Sonia Mazetto*
O tempo tem se tornado, a cada dia que passa, um dos mais preciosos recursos das nossas vidas. Quase não temos tempo para nada, já repararam? Muitas vezes, chegamos tão cansados em casa, alimentamo-nos no automático, nem ao menos conversamos com quem está ao nosso lado e já nos preparamos para um novo dia, tudo de novo, cheio de agendas e compromissos! A gente não tem mais tempo para nada!
Aí fica aquele questionamento: o tempo que mudou, nós que estamos mais acelerados, ou antes não percebíamos a mudança do tempo em si? E de fato, sim, estamos vivendo o tempo de forma mais acelerada. Gosto muito de me referir à pesquisa de Schumann para exemplificar esse contexto.
Schumann demonstrou que a Terra é cercada por um imenso campo eletromagnético pulsante, que funciona como se fosse o coração do planeta. Essa frequência de ressonância de 7,83 Hz, medida desde 1952, vem alterando significativamente desde 2014, quando o Observatório Russo do Sistema Espacial (Russian Space Observatory System) exibiu um aumento repentino de até 16,5 Hz. Recentemente, inclusive, a frequência chegou a mais de 30 Hz.
E é aí que vivenciamos essa aceleração cotidiana. Essa vibração do planeta é o que nos mantém seguros das interferências e velocidades de todo o movimento do universo. Esse anel energético, essa aura ao redor da Terra, nos mantém numa vibração segura. No entanto, essa alteração no sistema energético tem modificado profundamente a vida no planeta, e isso inclui o tempo.
Não há uma resposta científica, ainda, que explique o porquê de a frequência da Terra estar aumentando, mas as consequências podem ser sentidas na velocidade das coisas, como o descongelamento acelerado das geleiras, as estações descompensadas e até os ciclos das chuvas que não obedecem mais a nenhum cenário meteorológico. Enfim, nós temos hoje 24 horas, que não são mais iguais às 24 horas de antes.
Eu vejo isso no terreno biológico e orgânico. As pessoas estão envelhecendo mais rápido, àquelas que não têm condições de comprar as melhores e mais tecnológicas dietas ou mesmo fazer procedimentos estéticos, estão sim envelhecendo rápido! Estamos em um ritmo tão acelerado que temos visto jovens sofrendo AVCs e outras doenças cardíacas.
Então, o que podemos fazer em relação a esse ritmo? Acho que, primeiramente, temos que ter consciência que se nós continuarmos nessa velocidade, não vamos resistir! Estamos tão envoltos de informação, imersão, atualização, de uma forma tão frenética e assustadora, com um lançamento todo dia, uma novidade a cada minuto e, onde a gente vai guardar tudo isso? Precisamos mesmo guardar?
Este desespero para saber de tudo e ficar antenado com tudo tem enchido a cabeça das pessoas a um nível que ser humano nenhum dá conta, ficamos perdidos, perambulando, sentindo que estamos para trás, defasados, fora do mundo. Na verdade, precisamos é esvaziar a cabeça, precisamos de ócio produtivo, precisamos dar importância às pausas para que as respostas passem pelas sinapses e possam ter um canal para chegar.
Tal como existem adeptos a outros estilos de vida, é necessário adotarmos uma atitude mental diferente, mais pausada. Por exemplo, eu entendo que o burnout dentro da empresa se deve ao fato de que além de trabalhar na empresa, você vive a empresa, mas existe todo um processo de vida que está fora do seu ambiente de trabalho. E podemos analisar se estamos tendo espaço ao que realmente importa nesta vida.
As pessoas têm acumulado tantas coisas, uma luta incessante para ter sucesso, para ser rentável, para ser “útil” com o objetivo de alcançar uma qualidade de vida. Isso está equivocado, não é a renda maior que vai dar a qualidade de vida, mas sim a simplificação do que é viver.
Do jeito que estamos andando a cabeça não tem pausa, o fígado e o estômago não têm pausa, enfim, estamos afoitos até na hora de falar, parece que estamos falando sem parar, desesperadamente, como se não houvesse mais tempo. A cabeça não está parando no mesmo lugar, ela está ali pensando em centenas de coisas ao mesmo tempo, no que será feito depois do depois. O organismo inteiro descompensa, daí parece que estamos sofrendo um ataque cardíaco.
Aí eu pergunto, que tipo de vida é essa? A gente fala de prisão para quem não tem liberdade, mas que liberdade é essa que estamos criando? Estamos alimentando uma prisão de hábito cotidiano que não é preciso e temos que ter noção que estamos caminhando para o adoecimento.
Tendo consciência disso, eu tenho que olhar para dentro e observar o que eu posso simplificar, o que eu devo valorizar, em que devo “perder” meu tempo. Temos que buscar o estado flow, que é estar presente no presente, que é ouvir a respiração, olhar para o céu, sentar e conversar com alguém, amar. O tempo tem passado acelerado, mas cabe a nós gastá-lo com o que realmente vale a pena viver.
*Por Sonia Mazetto – Gestora de Potencial Humano, Terapeuta Integrativa, Fonoaudióloga e Palestrante
Por José Medeiros*
Em 2026, o Brasil completará 18 anos de Governo do PT. Luiz Inácio Lula da Silva assumiu uma economia estável advinda do plano real e teve a oportunidade de ouro de fazer o Brasil crescer, pela primeira vez, de forma sustentável, visto que as exportações principalmente do agronegócio “explodiram” em seu governo.
Porém, quesitos básicos para um crescimento sustentável foram ignorados, cito como exemplo a infraestrutura, o setor industrial foi esmagado e o protecionismo enterrou de vez as chances de o país decolar. A decisão de impulsionar empresas, chamadas de “campeãs nacionais”, com dinheiro do BNDES criou um verdadeiro capitalismo de amigos, em paralelo a isso o intervencionismo econômico minou a confiança no país, e o desequilíbrio fiscal e a corrupção acabaram por levar ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Após a queda de Dilma, um período de recuperação do Brasil foi instalado com importantes reformas nos dois anos do governo Michel Temer e no Governo de Jair Bolsonaro. Foco nas medidas como a criação do teto de gastos, a criação do Marco Legal do Saneamento que injetou bilhões de reais na economia, além de trilhões injetados através do programa PPI, da reforma trabalhista e da previdência, a simplificação do ambiente de negócios, diminuição de impostos, criação do PIX, diminuição da dívida pública em mais de R$ 200 bilhões, a autonomia do Banco Central, privatização de estatais. Destaque também para a infraestrutura como exemplo de ligação entre Mato Grosso e Pará, possibilitando o escoamento da produção agrícola pelo porto de Miritituba.
Essas ações estruturantes permitiram ao Brasil voltar a crescer de forma sustentável, mesmo enfrentando significativos contratempos como a tragédia de Brumadinho, com forte impacto na arrecadação no segmento de mineração, e a tragédia mundial da pandemia da COVID-19.
Novamente o Lula assume o país em condições ideais de crescimento. O governo do PT tem se orgulhado dos resultados da economia e das posições alcançadas desde o primeiro mês da gestão e bate “latas” dizendo que “o Brasil voltou”. Infelizmente o que voltou foram as práticas conhecidas, como o aumento de gastos, a substituição do teto fiscal por um arcabouço fiscal e agora anunciam o que já suspeitávamos: o não cumprimento das metas estabelecidas. Com isso, a economia brasileira, só com 14 meses de governo, chega a um rombo de quase R$ 400 bilhões, com consequente piora do necessário equilíbrio na relação dívida/PIB. Os gráficos de desempenho da economia demonstram que as conquistas alcançadas nesse período são frutos de uma trajetória inercial, com clara desaceleração que eu débito à resistência gerada pelo “atrito” das ações do governo em sentido contrário.
Ninguém em sã consciência torce para que o carro em que está viajando quebre, mas conhecendo o motorista e o modo como conduz, se perguntarem se espero que o “carro” continue “rodando” de forma satisfatória e com conforto para os “passageiros”, eu diria que sim, mas acho que não.
*José Medeiros – Ex-senador e atual deputado federal por Mato Grosso pelo PL
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