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Saúde

Programa Nacional de Imunizações completa 52 anos de história na proteção da saúde pública brasileira

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O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde (MS) celebra, em 2025, 52 anos de compromisso com a proteção da saúde da população brasileira. Criado em 1973, foi pioneiro ao estabelecer um sistema nacional de vacinação que, ao longo das décadas, se consolidou como um dos maiores e mais eficazes do mundo. Trata-se de um patrimônio de todos os brasileiros e referência internacional, reconhecido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS). Sua trajetória é marcada por desafios superados, inovações e constante busca por uma cobertura vacinal ampla e inclusiva, que tem garantido a prevenção de doenças e a promoção da saúde em todos os cantos do País. 

O início de uma revolução na saúde pública  

O Brasil enfrentava sérios problemas com doenças infecciosas como poliomielite, sarampo, tétano e difteria quando o PNI foi criado. À época, se fazia necessário estabelecer uma estrutura organizada e eficiente de vacinação, pois o País tinha altas taxas de morbimortalidade. A resposta a esse cenário foi a criação do Programa Nacional de Imunizações, para coordenar as ações de vacinação, garantindo o acesso universal e gratuito às vacinas para toda a população.

Entre os principais marcos, destacam-se a erradicação da poliomielite (paralisia infantil) em 1994, o controle dos surtos de sarampo nas décadas de 1990 e 2000, a erradicação da febre amarela em áreas urbanas, a vacinação contra a hepatite B incorporada ao calendário nacional; e a luta contra a Covid-19 no enfrentamento da pandemia, com a implementação de um dos maiores e mais rápidos programas de vacinação em massa do mundo.  

Inovações e desafios  

Mesmo com os êxitos alcançados, o PNI também enfrentou desafios, especialmente em períodos de crise política e econômica. A desinformação sobre vacinas e a resistência a imunizações em algumas populações têm sido obstáculos a serem superados. Nos últimos anos, as campanhas de vacinação contra doenças como sarampo e poliomielite enfrentaram dificuldades devido à diminuição das taxas de cobertura vacinal que, em algumas regiões, está abaixo do ideal. 

Desta forma, o Ministério da Saúde tem investido, cada vez mais, em campanhas de comunicação e divulgação, com a utilização de redes sociais, parcerias com influenciadores digitais e com a mídia para combater fake news e aumentar a confiança nas vacinas. Além disso, a incorporação de novas tecnologias, como sistemas de monitoramento em tempo real das coberturas vacinais, têm sido uma estratégia crucial para identificar lacunas e direcionar as ações para as populações mais vulneráveis. 

Impacto na saúde dos brasileiros  

A relevância do PNI para a saúde pública brasileira vai além das vacinas. Ao promover a vacinação em massa e garantir o acesso universal e gratuito às vacinas, o programa contribui diretamente para a redução da carga de doenças no país, o que resulta em uma população mais saudável e produtiva. Assim os benefícios alcançam, inclusive, a economia brasileira com a diminuição dos custos com internações e tratamentos de doenças evitáveis por vacinas.

O programa tem papel fundamental na promoção da justiça social, garantindo que populações em situação de vulnerabilidade, como aquelas em áreas remotas ou em contextos de desigualdade social, tenham acesso à imunização. O trabalho é essencial para reduzir as disparidades em saúde e garantir que todos os brasileiros, independentemente da sua localização ou condição socioeconômica, tenham proteção contra doenças infecciosas. 

De olho no futuro 

Para a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, o Programa Nacional de Imunizações é uma das maiores conquistas da saúde pública brasileira. “Esses 52 anos de existência reforçam o impacto positivo na vida de milhões de brasileiros, possibilitando que o País continue a ser um exemplo mundial de saúde preventiva. Olhamos para o futuro mantendo o compromisso com a saúde da população, garantindo que as gerações futuras possam crescer em um Brasil mais seguro e saudável”, declarou. 

O Brasil vive um cenário de grandes avanços no campo das vacinas. Nos últimos anos, foram incorporadas novas vacinas ao calendário nacional, como aquelas contra o HPV e a meningite C. Por meio do investimento em pesquisas científicas, outras vacinas devem ser introduzidas no calendário nacional, ampliando ainda mais a cobertura de prevenção. O objetivo para os próximos anos é continuar oferecendo vacinas para a população para garantir proteção de doenças imunopreveníveis e alcançar as metas de coberturas vacinais. 

Suellen Siqueira 
Ministério da Saúde 

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

Novo Cartão Nacional de Saúde com CPF: como funciona na prática

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O Ministério da Saúde iniciou a emissão do Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS) com o CPF como identificador único no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa mudança vai tornar o atendimento na rede pública mais simples e seguro para o cidadão, além de fortalecer a transformação digital e a qualidade das informações utilizadas na gestão pública.

O que muda para o cidadão

  • Novo cartão: o Cartão SUS agora é emitido com nome e CPF no CadSUS Web e estará disponível no aplicativo Meu SUS Digital a partir de outubro de 2025;
  • Histórico unificado: ao adotar o CPF, todos os registros ficam vinculados a um único identificador, para evitar fragmentação de informações e melhorar a continuidade do cuidado;
  • Sem CPF: ninguém deixa de ser atendido no SUS. Para populações indígenas, ribeirinhas, nômades, estrangeiros em trânsito e pessoas em situação de rua, será possível manter cadastros sem CPF, desde que justificados em campo próprio no sistema;
  • Atendimento de emergência: pacientes sem documento continuam a ser atendidos. O registro é feito pelo CadSUS Web e, caso o CPF não seja informado depois, o sistema poderá inativar o cadastro.

O que muda para os profissionais de saúde

  • Identificação: a orientação oficial é que o cidadão seja identificado pelo CPF, que passa a ser o número prioritário nos atendimentos do SUS. O novo Cartão SUS passa a apresentar o CPF como número principal. Já o antigo número do cartão de saúde passa a ser identificado como Cadastro Nacional de Saúde (CNS), permanecendo como identificador secundário;
  • Praticidade: a unificação vai eliminar duplicidades, reduzir riscos de erro e garantir maior agilidade no atendimento;
  • Continuidade: o histórico de saúde estará disponível de forma integrada em qualquer unidade de saúde do país.
  • Garantia: é necessário prestar atendimento a todo cidadão mesmo que esteja ou não tenha CPF. O registro deverá ser feito no CadSUS Web.

O que muda para os gestores

  • Higienização da base: desde julho de 2025, foram inativados 54 milhões de registros inconsistentes ou duplicados. A meta é alcançar 229 milhões de registros ativos vinculados ao CPF até abril de 2026, número equivalente aos CPFs válidos na Receita Federal;
  • Ajustes de sistemas: o Ministério da Saúde identificou 41 sistemas nacionais que serão ajustados para adoção do CPF como identificador único. A conclusão dessa frente de ajustes está prevista para dezembro de 2026;
  • Pactuação federativa: os sistemas que não são mantidos diretamente pelo Ministério da Saúde serão ajustados pelos próprios gestores estaduais e municipais, em articulação com o SUS, o Conass e o Conasems.
  • Capacitação: o Ministério da Saúde promoverá capacitações técnicas a partir de outubro de 2025, além de oferecer o apoio necessário para gestores e profissionais de saúde durante o processo de unificação ao CPF. Serão disponibilizados workshops, manuais, vídeo-aulas e lives para orientar e apoiar tanto gestores quanto profissionais da ponta.

Avanços para a gestão e políticas públicas

O CPF como identificador único, o CadSUS vai passar a operar de forma segura e padronizada com outras bases do governo federal, como IBGE e CadÚnico. A medida está alinhada à Estratégia Nacional do Governo Digital, conduzida pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. 

Max de Oliveira
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Saúde

“O SUS que cuidou de mim foi o mesmo que me acolheu de volta ao mercado de trabalho”, conta profissional do Mais Médicos

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O Sistema Único de Saúde (SUS)  é uma referência mundial. Ele cresceu não apenas em tamanho, mas em significado, e se tornou uma rede de cuidado para milhões de pessoas. E para que essa expansão siga acontecendo, o SUS conta com a atuação de trabalhadores em todo o Brasil.  

São 3,5 milhões de profissionais, entre gestores, médicos, enfermeiros, agentes de saúde, fisioterapeutas, dentistas, psicólogos e residentes, lotados em hospitais, unidades básicas de saúde, ambulatórios e unidades de pronto atendimento nos 5.570 municípios brasileiros.  

Em 35 anos de história, o SUS é o cenário em que importantes iniciativas são desenvolvidas como o Programa Mais Médicos, que hoje assegura assistência a cerca de 67 milhões de pessoas em todo o Brasil. Atualmente, mais de 26 mil profissionais atuam em 4,5 mil municípios pelo programa. Entre essas cidades, 1,7 mil apresentam altos níveis de vulnerabilidade social.  

Para o médico de Saúde da Família, Walder Amaral (38), foi só depois que iniciou sua atuação no SUS que compreendeu a força do sistema de saúde “É um instrumento de vida, que garante acesso ao cuidado mesmo nos lugares mais distintos. Para mim, o SUS representa inclusão, equidade e dignidade”.  

Walder faz parte do Mais Médicos em Natal (RN) e conta que sua ligação com a rede pública vai além do programa. “Sofri um acidente de carro que fez com que eu perdesse minha visão de forma irreversível. E foi no SUS que fui cuidado. Passei por uma reconstrução de face, procedimentos dentários e um longo período de adaptação. A rede pública esteve presente em cada etapa desse processo, desde o atendimento de urgência até a reabilitação. O SUS que cuidou de mim foi o mesmo que me acolheu de volta ao mercado de trabalho como médico, provando que ele é feito não só de políticas públicas, mas também de humanidade e inclusão, se emociona.  

Outras ações de destaque contaram com a articulação e colaboração da União, estados e municípios. Dentre elas está o Mais Saúde com Agente, o maior programa de formação técnica nas áreas de saúde para qualificar Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) por meio de cursos semipresenciais.  

O Mais Saúde com Agente valorizou e ampliou o conhecimento de diversos profissionais como Maicon de Mattos (41), agente de saúde do município de Mendes (RJ).Cada trabalhador do SUS, independentemente da função, é essencial para o sistema funcionar e ser valorizado. Hoje, consigo realizar atendimentos com mais qualidade, fortalecendo o vínculo com as famílias e oferecendo um cuidado ainda mais humano e próximo da comunidade”. 

Foto: arquivo pessoal
Foto: arquivo pessoal

E, com mais de 10 anos de existência, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) se consolidou como uma estratégia fundamental para a integração entre ensino, serviços de saúde e comunidade, com foco na formação de profissionais qualificados para o SUS. A ação promove a formação prática de estudantes de graduação em saúde e aprimora as competências dos profissionais de saúde e docentes. Em 12 edições, cerca de 1,2 mil projetos já foram contemplados, ofertando mais de 70 mil bolsas para todas as regiões do Brasil. 

A farmacêutica Melissa Costa (45) participou do programa e ressalta a importância da relação ensino, serviço e comunidade. “O SUS oferece campo de prática para os estudantes e, em contrapartida, as universidades formam futuros profissionais, com perfil adequado para trabalhar no sistema de saúde e atender a população. Essa relação é enriquecedora e resulta em equipes mais motivadas e engajadas com a comunidade.  

O Ministério da Saúde atua como o maior financiador de bolsas do país, para garantir recursos para o Programa de Residências em Saúde, outra iniciativa fundamental. Só em 2025, a pasta custeou 31,3 mil bolsas, oferecidas em 3,3 mil programas, que abrangem 120 especialidades e áreas de atuação médicas, além de 35 áreas de especialização voltadas para outras profissões da saúde. 

Uma das vidas transformadas pelo projeto foi a da médica sanitarista Cristina Sette (62). “Ter cursado um programa de residência fez toda diferença na minha vida profissional. A oportunidade de estudar e aprender durante dois anos em serviço sob supervisão, recebendo uma bolsa do governo brasileiro, propiciou o aprofundamento do conhecimento e o desenvolvimento de habilidades necessárias para a atuação no SUS”, destaca. 

Victor Almeida 
Ministério da Saúde 

Fonte: Ministério da Saúde

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